TEMA: AS ESCOLHAS DE DEUS E DOS HOMENS

ESBOÇO 353

TEMA: AS ESCOLHAS DE DEUS E DOS HOMENS

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, pois eu rejeitei. O Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos seus olhos, porém o Senhor olha para o coração” (I Sm 16.7).

O ser humano tem a liberdade dada por Deus de fazer escolhas importantes e decisivas para todas as finalidades da vida, tanto para o bem quanto para o mal, no entanto ele é responsável pelo resultado da escolha, todo indivíduo está consciente das suas preferências (Dt 30.15; 11.26; 30.1,19). As escrituras apresentam pessoas que tiveram oportunidades de fazer escolhas ruins e boas, finalmente o próprio Deus também fez escolhas importantes, de povos e homens para o seu serviço. Nesse mote falaremos sobre algumas escolhas feitas por Deus, as nossas escolhas, as decorrências delas e a dupla cidadania do cristão.

I. Deus escolhe líderes e profetas

1. Líderes

O Senhor elegeu pessoas para governar à frente dos povos como seus representantes. Deus escolheu Moisés para liderar o êxodo (Ex 3.10,11); Moisés escolheu homens capazes para lhe ajudar na liderança (Ex 18.25); Deus nomeou Josué no lugar de Moisés (Js 1.); Davi foi nomeado o homem segundo seu coração para reinar sobre Israel (I Sm 13.14) e tantos outros líderes que poderemos comentar verbalmente. O governo de Deus é denominado teocrático por exercer a teocracia, essa palavra vem de dois termos gregos “Theos” = Deus e Kratéo = governar, a propriedade peculiar de Deus é eleger pessoas para estar no comando do seu povo, e um grande exemplo foi Moisés (Ex 19.4-9; Dt 33.4,5; Ex 19.20), relação entre Deus e o seu povo, é interessante não confundir teocracia com democracia, hierocracia e monarquia.

2. Profetas

Deus escolheu profetas para falarem as suas palavras: Samuel (I Sm 3.20); Isaias (Is 6.); Jeremias (Jr 1.5); inclusive Amós um boiadeiro que não era profeta e nem filho de profeta, mas Deus o escolheu como profeta (Am 7.14,15), e tantos outros.

3. Deus não escolhe como o homem escolhe

Deus não elege pela aparência e capacidade física, ele não vê como o homem (Dn 1.4). Ele conhece o que está dentro do coração (I Sm 16.7). Entendemos que as coisas simples são apreciáveis aos olhos do Senhor (I Co 1.27,28).

II. Pessoas que Deus não escolhera

Daremos alguns poucos exemplos: Arão para o lugar de Moisés (Ex 4.13,14); os irmãos de Davi (I Sm 16.6-10); e Saul como rei (I Sm, 10.19).

III. Homens escolhendo homens

Um indivíduo pode orientar outro concernente as escolhas, Moisés foi orientado pelo sogro a escolher homens para ajudar-lhe na liderança (Ex 18.17,21,22); Deus orientou Moisés para escolher homens de quem ele sabia ser anciãos de Israel para lhe ajudar no ministério (Nr 11.16,17); Os israelitas queriam a todo custo um rei como tinha as outras nações, não importava quem, eles rejeitaram o governo divino (I Sm 10.19). No NT Matias foi escolhido para o lugar de Judas (At 1.23-26); A escolha dos diáconos (At 6.3). Levemos em consideração o perfil desses homens e a forma de como foram escolhidos, fazendo essa avaliação chegaremos à conclusão de quem devemos escolher para ser o nosso representante social.

Dupla cidadania

1. Cidadão da terra – Os cristãos como cidadão devem escolher os seus representantes sociais (exercer a identidade terrena com responsabilidade), as leis humanas estão em constantes mudanças, entretanto devemos excluir as ideias de que não temos direito de nomear alguém para nos representar socialmente, dizendo que quem escolhe é Deus, isso é pura inverdade.

2. Cidadãos do céu - como tal fazemos as nossas escolhas concernentes às coisas espirituais, pois necessitamos de homens fiéis para o bom desempenho da obra de Deus. A lei moral de Deus não se altera e não necessita de defesa, o ser humano é quem deve ponderá-las.

Os Cristãos não devem jamais espiritualizar todas as coisas, esse é uma das grandes falhas de muitos religiosos imaturos e fanáticos, entretanto aquilo que nos cabe fazer, Deus não fará por nós, o apóstolo Paulo foi um grande defensor do evangelho perante as autoridades (At 22 e 23). Devemos constituir homens sérios e comprometidos com a defesa do bem comum e do evangelho. Eleger pessoas para defender os nossos direitos, é exercer a nossa cidadania com dignidade é um dever. As escolhas dos nossos representantes sociais devem ser feitas levando em consideração alguns critérios, principalmente nas questões morais. Tenha cuidado para não dizer que a voz da maioria é a voz de Deus, a voz do povo e não de Deus “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda deporás, acompanhando a maioria, para torcer o direito” (Ex 23.2).

Glossário

Decisivas – Terminantes, definitivas, determinantes, peremptórias e contundentes

Decorrências – Implicações, consequencias, efeitos, seqüelas e resultados.

Apreciáveis - Admiráveis, vultosas, estimáveis e consideráveis

Episódio – acontecimento, ocorrência, fato

Teocracia – Governo de Deus

Democracia – Governo nas mãos do povo

Hierocracia – Governo dos sacerdotes

Monarquia – governo de rei

Pr. Elis Clementino – Itapissuma/PE - Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Paz do Senhor Sandro, agradeço por ter vistado o meu blog,vou visitar o seu e certamente seguí-lo.

Elis Clementino

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