A PROVISÃO DIVINA





ESBOÇO 532
TEMA: A PROVISÃO DIVINA
Texto: 2 Rs 4.1-7.

Desde a antiguidade muitas pessoas criam em deus e na sua fidelidade, assim sendo elas eram fiéis a ele e acreditavam em suas provisões. Sabiam que Deus não deixava de cuidar dos seus filhos, principalmente nas ocasiões mais difíceis da vida. Nas escrituras temos vários episódios que nos dão provas, essas histórias servem de alimentos para nossa fé. Discorreremos alguns fatos importantes relatados nas escrituras.

A busca por socorro
As pessoas em crise costumam buscar uma saída para aliviar seus sofrimentos. Certa mulher esposa de um dos discípulos dos profetas havia morrido há pouco tempo, ele era alguém que estava debaixo da proteção espiritual de Elizeu, e também um dos responsáveis pelas escolas dos profetas, tudo indica que ele era um homem pobre e não tinha deixado nenhuma fortuna para a esposa, apenas dívidas, a situação era tão séria que se elas não fossem pagas os credores venderiam seus filhos como escravos para a servidão. A mulher usou uma estratégia de humildade e reconhecimento da liderança do homem de Deus e que ele pelo menos teria uma palavra orientadora, pois ela estava enfrentando uma crise financeira avassaladora, mas nela havia uma esperança que a situação poderia ser revertida. No diálogo ela antecipou apresentando três coisas que foram fundamentais a respeito do seu marido: _ O meu marido, teu servo morreu, e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. (2 Rs 4.1b). Elizeu era o pai das escolas proféticas e tinha o dever de cuidar dos seus filhos e filhas. Israel estava envolvido com a instituição da escravidão, e muitos cativos de guerras eram transformados em escravos. Um israelita podia vender a si e aos filhos para pagamento de dívidas (Ez 21.7; Lv 25.39; Ne 5.5; Is 50.1; Jr 34.8-11).

A mulher desprovida
Um milagre pode acontecer nos momentos de desesperanças quando parece que tudo chegou ao fim, mas é nesse momento que uma luz no fundo do túnel se acende. Talvez com a primeira palavra de Elizeu dirigida a mulher ela perdesse qualquer esperança “Que te hei de fazer?”, mas o tom de humildade da mulher pode ter influenciado e feito toda diferença, Elizeu olha para ela e diz: “Declara-me o que tens”, ora, nada valioso ela tinha para pagar as dívidas e evitar a ocorrência de algo muito pior, pois lhe restava apenas uma única botija de azeite (2 Rs 4.2). O pouco era um bom começo de um milagre, pouca coisa para nós nada representar, porém para Deus é um começo para um grande milagre. A mulher sabia que ainda poderia usufruir das bênçãos divinas pelo serviço prestado e pela fidelidade do seu marido. As poucas coisas e os pequenos começos nos surpreendem. O que era apenas uma coisa desprezível na mão de Zorobabel se tornou um grande templo (Zc 4.10).

Crise, motivação para o milagre
Os problemas que enfrentamos podem ser uma porta para um milagre, e também despertar a nossa confiança em Deus (2 Rs 4.1; Rm 5.3,4), pois é na crise que crescemos, adquirimos maturidade, aperfeiçoamos as nossas atitudes e nos tornamos úteis para a obra de Deus (Jó 42.5). Deus nos conduz muitas vezes por caminhos de crise para nos moldar a sua vontade (Sl 119.71). Os obstáculos nos dão resistência para lutar e superar as dificuldades, o homem em grande perigo descobre os meios pelos quais ele se salva.

Profeta aconselha viúva
(1) A viúva é aconselhada pelo profeta Elizeu a pedir vasos emprestados aos vizinhos e deveria ser muitas vasilhas, só que naquele momento a fé da mulher seria medida pelo número de vasilhas que ela pedisse, naquela ocasião a fim de livrar seus filhos ela teria que usar a fé. Muitas vezes Deus quer nos dar mais e nós queremos pouco, isso é o que declaramos através da nossa fé, (se a sua fé é pequena, ou quase nenhuma, pequenos milagres, grande fé, grandes milagres); (2) A mulher teria que fazer a sua parte, pedir os vasos emprestados. Não devemos deixar de fazer a nossa parte, é verdade que Deus faz a dele, mas a nossa ela deve ser feita na base da confiança e obediência depositando nele a nossa fé para que os milagres aconteçam. (3) Põe as vasilhas no quarto entra e fecha a porta, o milagre estava prestes a acontecer, tem maravilhas que outras pessoas não podem compartilhar, aquilo que o Senhor tem para você é particular, os segredos do Senhor são para os seus servos (Sl 25.14). Uma lição que aprendemos é de obediência e bons relacionamentos com os vizinhos. A mulher fez tudo quanto o profeta lhe pediu; fechou a porta sobre si e sobre seus filhos; e eles lhe traziam as vasilhas, e ela as enchia com o azeite. E sucedeu que, cheias as vasilhas, disse a seu filho: Trazei-me ainda uma vasilha. Porém ele lhe disse: Não há mais vasilha alguma. “Então o azeite parou” (2 Rs 4.4-6). Enquanto houver vaso tem azeite e milagre. As bênçãos divinas somente são alcançadas de acordo com as necessidades, elas não serão desperdiçadas.

            Amados, não devemos procurar qualquer pessoa em busca de orientação, pois o milagre não acontece sem a orientação correta, aquela mulher estava vivendo um momento decisivo em sua vida, e ser dirigida pelo profeta seria o ideal. A proteção espiritual é uma realidade quando estamos em submissão, pois é nessa posição que os milagres acontecem. Elizeu foi procurado não somente pela viúva, mas por várias pessoas em busca de solução das dificuldades (2 Rs 4.21,22; 4.38-41; 5.1-10; 6.1-7). Deus pode realizar um grande milagre em sua vida de acordo com a sua fé, lembremo-nos dos milagres de Jesus quando um as mãos de um rapaz havia apenas dos cinco pães de cevada e dois peixinhos (Jo 6.9), pois saiba que nas necessidades Deus intervém, a situação da viúva foi resolvida, hoje ele pode fazer muito mais. Na tipologia o azeite representa o Espírito e a graça que são supridas por Cristo, essa é uma demonstração do cuidado de Deus por nós, seus filhos. “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra.” (II Co 9.8).

Pr. Elis Clementino – Paulista - PE

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