ESBOÇO 873
TEMA: DIÓTREFES, MAL OBREIRO.
TEXTO 3 JOÃO 1-15
“Tenho
escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura entre eles a primazia, não nos
recebe...”. 3 João 9-11.
A fraqueza do
indivíduo pode conduzí-lo a comportamentos que comprometam tanto a si quanto as
outras pessoas, inclusive a própria obra de Deus. Essas coisas têm acontecido
com muita frequência, principalmente no meio cristão, onde também existem
pessoas de todas as naturezas, boas, ambiciosas, egoístas e desobedientes etc. O
Apostolo João escreve a terceira carta a uma das igrejas do qual ele era
presbítero para tratar de assuntos atinentes aos problemas existentes naquela
igreja. Trataremos nesse assunto sobre o teor da carta e o péssimo exemplo do
obreiro Diótrefes, bem como o belo exemplo dos obreiros Gaio e Demétrios. Esse
assunto é de grande acuidade para os dias de hoje, a péssima conduta de Diótrefes
serve exemplo para todos obreiros, principalmente os que aspiram e outros iniciantes.
I. Endereço da carta
A carta foi escrita por João provavelmente
em Éfeso nos anos 90 d.C. dirigida ao amado Gaio, presbítero da igreja, ele foi
mencionado na Macedônia como sendo companheiro de Paulo em sua terceira viagem
missionária, Gaio se mantinha fiel ao ancião daquela igreja “João”, por essa
razão ele recebeu elogios. Três personagens são citados por João na carta:
Gaio, Diótrefes e Demétrio.
II. O propósito da carta
Corrigir problemas existentes
naquela igreja, e enfrentar um obreiro chamado Diótrefes, esse obreiro gozava
de grandes prestígios naquela igreja, mas nele havia algo ruim que precisava
ser corrigido (1) Não considerava a liderança de João; (2) Era egoísta, toda
primazia seria para ele; (3) Não era hospitaleiro para com os professores
missionários que por ali passavam. Na carta João aborda a responsabilidade
pessoal envolvendo falsos ministros.
III. Quem era Diótrefes?
Não se sabe muito sobre ele, porém Diótrefes era
convertido ao cristianismo e aspirava ser líder da igreja e excluir qualquer
outro que ameaçasse a sua liderança. O significado do seu nome era “alimentado
por Júpter” ou Zeus, deus da mitologia greco-romana. Diótrefes era cheio de
superstições pagãs, e ambicioso por glórias humanas, ele cresceu orgulhoso,
arrogante e apinhado de prepotência, incapaz de respeitar as autoridades,
principalmente as da igreja na época, o apóstolo João foi um deles. Diótrefes
foi atraído pelo cristianismo e professou a sua fé em Cristo e tornou-se membro
da igreja local, ele passou a ter uma grande influência na igreja até chegar a
ser ordenado a Ministro do Evangelho. Elevou-se entre as lideranças da igreja,
mas havia algo que estava guardado no seu coração, o ciúme doentio ao ver a
influência do apostolo João como líder da Igreja, ele aspirava altas
posições, era indomável, presunçoso e orgulhoso e não aceitava João, pressupõe
que ele era quem aparecia diante das outras pessoas como líder da igreja e
tinha algumas atitudes estranhas e inconvenientes, com essas atitudes ele
prejudicava o bom andamento da obra. A carta endereçada a Gaio pedia-lhe que houvesse
hospitalidade para com os missionários que por ali passassem, já que Diotrefes não
os recebiam, ele era ciumento gostava exercer
a primazia, ele sempre procurava estar em destaque, esse era o seu prazer, ele
não punha em pratica os ensinamentos de Jesus (Mc 10.44), além do mais ele não
estava disposto a sofrer pela Igreja, mas se ufanava através dos trabalhos
fundados pelo outros. Demonstrava defender a justiça social, com isso ele
promovia a justiça própria e não a divina.
As pessoas
com características de Diótrefes sempre busca aquilo que é do seu interesse,
ele fingia que estava a serviço de todos, mas arquitetava a tomada do poder
para sustentar a sua primazia, para isso ele tinha habilidade, influenciava as
pessoas com a finalidade de alcançar a supremacia, usava a demagogia como
muitos usam nos dias de hoje, ele só pensava em si, cuidava dos seus próprios
interesses. Diótefes era do tipo de obreiro que não comparecia as reuniões que
tivesse a frente outra liderança, e quando estava presente tratava com descaso
quem estivesse liderando a reunião, como também os trabalhos organizados pelos
outros colegas, ele desestimulava qualquer pessoa que tivessem interessadas
ajudar no desenvolvimento da Igreja e do evangelho, o que ele mais gostava era de
ser louvado, se fosse hoje, certamente ele gostaria de está na mídia, na
televisão, jornais, nas redes sociais, ou seja, nos meios de comunicações sendo
aplaudido por todos, entretanto o egoísmo estava arraigado no seu coração, pessoas
assim não se contentam com nada e nessa corrida menospreza as outras pessoas.
IV. O desprezo a João
Obreiro
egoísta despreza o seu líder espiritual e subestima os colegas, contrariando
todo o princípio cristão. Diótrefes não considerava João, mesmo sabendo que ele
havia sido discípulo do Senhor, embora os demais membros da Igreja tivessem uma
grande consideração a João como “pai espiritual” menos Diótefes, principalmente
quando o ouvia pregar, enquanto João pregava, ele resmungava, era um
procedimento maligno, não aceitava os enviados de João, muito menos ouvi-lo pregar
e visitar a igreja, mas a admirável coragem de João não retrocedia e nem se
intimidava com tais atitudes de Diótrefes. João era obreiro de verdade e tinha
convicção de sua chamada. O mau comportamento de Diótrefes é de grande valia
para os dias de hoje, principalmente em relação a aqueles que desejam o
episcopado.
Devemos ter muito cuidado
para não agirmos da mesma maneira de Diótrefes. Consideremos os homens de Deus,
deixe de lado toda arrogância e exaltação prefira o caminho da humildade,
apreenda o que disse o apóstolo Paulo: - “cada
um considere o seu irmão superior a si mesmo” (Fp 2.3), o obreiro tem a
responsabilidade de servir de modelo para o rebanho. O obreiro Diótrefes não
tinha atributos para viver em harmonia, era um dominador e brigão, ele não
reconhecia a legitimidade de João como apóstolo de Cristo, pois ele queria ter
a primazia de apostolo no lugar de
João, em compensação havia na igreja dois obreiros que foram elogiados por João
por terem comportamentos excelentes Gaio e Demétrio, estes eram obreiros de
verdade. Os bons obreiros com seus bons exemplos podem contagiar os mais novos.
Pr. Elis Clementino
– AD Excelência
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