ESBOÇO 912 PROVA OU PUNIÇÃO?


ESBOÇO 912
TEMA: PROVA OU PUNIÇÃO?
TEXTO: DEUTERONÔMIO 8:2; 8:15,16.

No mundo religioso, principalmente entre aqueles que acreditam em Deus há uma ideia que tem prevalecido até o presente, que os sofrimentos humanos sempre foram castigos pelas desobediências a Deus, por isso muitas pessoas não sabem diferenciar o que seja provação ou punição divina. Nesse mote discorrerei de maneira simples sobre as diferenças entre prova e castigo, embora tanto uma quanto a outra os homens são submetidos.

Prova - é aquela coisa que serve para estabelecer uma verdade por comprovação ou demonstração, ato de ratificar, amostra, dar sinal (Dt 8:2).

O castigo ou punição é sofrimento corporal ou moral infligido por uma culpa, punição, pena por algum ato cometido. Uma pessoa recebe um castigo após a identificação de alguma falta cometida contra a uma pessoa, e biblicamente ao Senhor (Hb 3:9,8).

I. A finalidade da prova.
1. Porque Deus nos prova?
a) Porque todo homem é tendencioso a desobedecer a Deus, e só ele sabe o porquê e o que há no coração do homem (Dt 8:2);
b) Além da aula teórica, Deus nos leva a aula prática e só se sabe o que está no coração do homem quando é manifesto pelas suas ações (ato ou efeito de atuar, resultado de uma força física ou moral e modo de proceder) e atitudes (atitude norma de proceder ou ponto de vista, postura, disposição interior, maneira de como enfrentar um problema) (Gn 22:1,2);
c) A prova serve também como experiência para aproximar o crente de Deus, visto que a prova produz sofrimento e o sofrimento produz paciência e a paciência produz a perseverança e a perseverança a esperança (Rm 5:3,4;Tg 1:3; Jó 42:5). A prova não separa o crente de Deus (Rm 8:35).

II. A finalidade da punição.
1. Para correção ou disciplina. A disciplina de Deus envolve o amor (Hb 12:5,6,8; Pv 3:12; Dt 8:5: Jó 5:17,18; Ap 3:19);
2. É para o aperfeiçoamento da vontade de Deus em nós (Hb 13:21);
3. Ela aproximar o crente de Deus (At 9:16).

III. Nem tudo é prova, e nem tudo é castigo?
1. Cada dia trás o seu mal (Mt 6:34);
2. Quando enfrentamos problemas comuns, como:
a) O cego de nascença (Jo 9:2,3);
b) A mulher do fluxo de sangue (Mt 9:20);
Como Jesus falou, no mundo tereis aflições, dentro deste contexto estamos sujeitos a passar por qualquer situação sem que seja prova ou castigo (Jo 16:33), embora se saiba que tudo o que acontece com a humanidade são as consequências do seus próprios erros (de que se queixará o homem?)

IV. Prova
Exemplos na vida de alguns homens de Deus.
1. Abraão foi provado por Deus ao ser tirado do meio da sua parentela, Deus pediu seu filho como prova de amor e obediência (Gn 12:1; 22:2);
2. Jó perde seus filhos, bens, saúde e enfrenta abandono dos amigos e da sua própria mulher (Jó 1:14-19; 2:9);
3. Noemí perdeu o esposo e seus dois filhos e todos os bens (Rt 1:20,21,22).

V. Castigo
- Homens que foram castigados pelas faltas cometidas.
1. Miriã, irmã de Moisés, foi ferida com lepra por causa da sua rebelião contra ao seu próprio irmão (Nr 12:10);
2. Geasi foi ferido com lepra, porque mentiu ao profeta Elizeu (2 Rs 5:27);
2. Ezequias adoeceu de uma chaga mortal (Isa 38:1);
4. Uzias, ferido de lepra, ao tentar queimar incenso no altar (2 Cr 26:19);
5. Nabucodonozor, que comeu capim com os animais, ficou louco (Dn 4:33);
6. Zacarias ficou mudo por duvidar da promessa (Lc 1:20);
7. Herodes, comido de bicho, porque não deu glória a Deus (At 12:23);
8. O paralítico de Betesta (Jo 5:14);
9. Ananias e Safira, ambos feridos com morte instantânea (At 5:5,10).

Não é por ser menos ou mais religioso que a pessoa esteja isento dos sofrimentos ou provações, se o ímpio sofre e morre o justo também “o que acontece com os justos acontece com o ímpio” (Ec 9:2). Em uma visão geral sobre os sofrimentos eles são as consequências do pecado humano. “Por um só homem entrou no mundo e a morte passou a todos, por isso que todos pecaram” (Rm 5:12). e por consequência disso tem como sentença a morte (Rm 6:23), assim de que se queixará o homem? Dos seus próprios pecados (Lm 3:39). O importante é que tanto o provado como o castigado têm as mesmas oportunidades diante de Deus, tanto para confirmação da fé, como correção. Toda prova tem uma finalidade

Pr Elis Clementino

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