ESBOÇO 961
TEMA: “TODAS AS COISAS SOBREVÉM IGUALMENTE A TODOS”
TEXTO: “Certamente considerei no meu coração todas estas coisas, para declarar
tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus,
e que o homem não conhece nem o amor e nem o ódio; tudo acontece diante dele.”
(Ec 9:1)
Esse é um assunto que
necessita de muita atenção, ele apresenta Deus como o controlador de todas as
coisas, da vida dos ímpios e dos justos, aqui todos passam pelos mesmos
caminhos nas suas filosofias de vida, e que as provações da vida também são
controladas por Deus. As obras de Deus são difíceis de entender devido às
limitações humanas. (Ec 11:5; Jo 3:8)
De modo geral todos caminham debaixo
do mesmo sol, tanto o justo quanto o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o
que consagra sacrifícios e louvores e o que não os oferece. O que acontece com
o homem bom, ocorre também com o pecador; e o que faz juramentos passa pelas
mesmas circunstâncias que aquele que evita jurar. Este é o mal que paira sobre
tudo o que se realiza debaixo do sol: Todos nós estamos expostos às mesmas
coisas. O que gera toda essa situação é o coração do ser humano que está
repleto de malignidade e de insensatez, mal que o acompanha durante a vida.
Finalmente todo homem se juntará aos mortos... (Ec 9: 1-3), No entanto em Cristo
há esperança da ressurreição (I Ts 4:13-17).
Todos vão para o pó.
Todas as obras tanto do justo
quanto do ímpio estão nas mãos de Deus, ele controla todas as coisas durante a
vida deles. O destino natural da vida é se tornar pó “... e o pó volte a terra
como era...” (Ec 12:7; Gn 2:7), o espírito do homem foi dado por Deus e para
ele voltará. O homem é um ser tricótomo (I Ts 5:23; Hb 4:12) espírito, alma e
corpo, e finalmente o homem desfalecem e morre, essa é a lei da vida (Sl 146:4),
toda a sua esperança de vida na terra acaba, porém bem-aventurado aquele cuja
esperança está posta no Senhor. (Sl 140:5), Os que têm esperança em Deus sabem
que quando a vida aqui acabar e o corpo descer ao pó se inciará outra vida com
Deus na eternidade, por isso a morte do justo é preciosa à vista do Senhor (Sl
116:15).
As consternações da vida
Todo homem está exposto a
elas, é o que a própria vida faculta, de maneira que ninguém escapa, segundo a
tradição rabínica atribuiu-se a Salomão que escreveu concernente a vida terrena,
os sofrimentos que o indivíduo enfrenta independe de ser justo ou injusto. Quando
refletimos nesse ponto de vista sem fazer uma ponderação achamos inicialmente que
Deus é injusto quando trata o justo igual ao ímpio, Deus trata o homem por
aquilo que ele escolhe (Dt 30: 15-20), debaixo do sol é uma realidade inegável.
Os sofrimentos tanto do justo quanto do ímpio são as consequências da
desobediência (Lm 3:19), finalmente todos sofrem, pois o sol que aquece o
ímpio aquece o justo, da mesma maneira a chuva cai sobre ambos. Muitas pessoas
têm um conceito equivocado a respeito dos sofrimentos enfrentados nesta vida,
alguns acham que Deus é injusto castigar o ímpio com o justo, a prosperidade do
ímpio e a falta dela para o justo.
A doutrina da prosperidade
Atualmente muitos pregadores
neo pentecostais pregam a prosperidade desconhecendo os propósitos divinos para
com os homens, como já citamos acima, tanto os ímpios quanto os justos estão
sujeitos às dificuldades. Muitos pregadores isentam os sofrimentos dos justos
em suas pregações e os incitam a buscarem riquezas. Em uma das palavras de Jesus
aos seus discípulos foi: “o mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo...” (Jo
16: 8,33). Todas as pessoas estão inseridas nesse contexto, ninguém escapa.
Devemos ter cuidado para não fazer como Asafe que quase se desviava por ver a
prosperidade dos ímpios (Sl 73:1-28).
Jó, do meu ponto de vista,
tudo ocorre sobre um mesmo plano aqui: Deus permite que tanto os íntegros
quanto os ímpio sofram (Jó 9:22); Todavia, um e outro jazem no pó, e serão
tomados e consumidos pelos vermes da terra (Jó 21:26); Entendi que o sábio tem
olhos que enxergam melhor e além, mas o tolo tateia pelas trevas; entretanto
notei que ambos têm a mesma sorte (Ec
2:14); Porquanto a sorte do ser humano e a do animal é idêntica: quanto a morte,
assim morre um morre o outro, e ambos tem o mesmo de vida, o mesmo fôlego de
vida; de fato, o ser humano não tem vantagem alguma sobre os animais nesse
sentido.
Devemos pedir a Deus sabedoria
para entender os caminhos de Deus e não nos frustarmos quando as dificuldades
baterem em nossas portas. Todos debaixo do sol estão no mesmo caminho, a única
diferença é a vida espiritual quando os destinos não são os mesmos dos ímpios.
O justo mesmo que sofra aqui e o seu corpo desça ao pó ele terá descanço junto
a Deus, entretanto não há como isentar o justo dos sofrimentos terrenos (Rm
8:18; 2 Co 4:17). “Este é o meu consolo no meu sofrimento: A tua presença dá-me
vida.” (Sl 119:50).
Pr. Elis Clementino
Nenhum comentário:
Postar um comentário