ESBOÇO 1021
TEMA: A
CONSCIÊNCIA JULGA AS NOSSAS ATITUDES.
TEXTO: “Sucedeu, porém, que, depois, o coração doeu a Davi, por ter cortado a orla do manto de Saul” I Samuel 24:5
Definimos a consciência como o poder alojado dentro da nossa mente para formular juízos morais sobre nós mesmos, aprovando ou desaprovando as nossas ações, pensamentos e planos dizendo-nos, se aquilo que fazemos é tido por errado e o que merecemos sofrer por isso.
Segundo BUTLER, a consciência é como uma faculdade mental, e de fato, capacidade da razão que é capaz de distinguir entre o certo e errado, uma faculdade inerente (inseparavelmente ou que está ligado a alguma coisa) divinamente outorgada. Eu disse anteriormente que Deus nos deu essa capacidade de fazermos julgamentos.
A consciência é composta de dois elementos; a percepção das coisas como certas ou erradas e a capacidade de aplicar leis e regras em situação especificas, no sentido cristão, naturalmente a consciência humana nunca se manifesta isolada, mas supõe-se que o Espírito de Deus tem acesso à consciência, sendo capaz de influenciá-la de forma diferente, interna (no próprio homem) e externa, quando é despertada por alguém. Como no caso de Natã para com Davi (II Sm 12.1-8) e o despertamento de Pedro através do cantar do galo (Mt 26. 75; Mc 14.72).
Para John Henry, a consciência é uma espécie de visão luminosa, concedida por Deus à sensibilidade humana, mediante a qual a pessoa concorda que certas coisas são erradas ou não. Nesse ponto de vista a consciência é uma forma de elo entre Deus e o homem, intrínseco, a uma qualidade de espírito.
A consciência insiste em julgar-nos pelos mais altos padrões que conhecemos por isso a chamamos da voz de Deus na alma e em certo sentido ela representa a voz de Deus. O apóstolo Paulo afirma em sua carta aos Romanos; Deus gravou certo conhecimento de sua lei em cada coração humano (Rm 2.14,15) e a experiência nos confirma.
A consciência pode estar enganada ou condicionada e considerar o mal como bem, mas quando isso acontece? Quando ela torna-se cauterizada ou entorpecida por meio dos pecados repetidos, (I Tm 4.2) isso acontece com muitas pessoas quando vivem constantemente na prática da iniquidade (Hb 10.26). (O mal deixa de ser mal, ou seja, pecado não é mais pecado), são valores que se invertem “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!” (Is 5:20-22).
A consciência é a faculdade de estabelecer julgamentos morais dos nossos atos realizados, quando ela se corrompe não conseguimos estabelecer esses julgamentos justos. È como um instrumento que avalia as nossas atitudes. Quando ela está sã conseguimos estabelecer julgamentos retos, mas quando ela está corrompida torna-se incapaz de fazer julgamentos equitativos e produzir boas ações, e isso leva o homem a mudança de conduta e a dureza de coração (Jr 7.26; 16.12).
Os julgamentos da consciência podem ser considerados a voz de Deus, somente quando reflete a própria verdade dele e a sua lei. A nossa consciência deve ser educada a julgar segundo as escrituras (Jo 7.24). A consciência sã é sensível às leis do Senhor, quando Davi cortou parte da orla das vestes de Saul, ele se sentiu culpado por cobiçar enormemente a realeza e por um ato de agressão contra o ungido do Senhor, ele foi julgado pela sua própria consciência (Davi sentiu bater o coração) (I Sm 24.5).
“Não há testemunha tão terrível e nem acusador tão poderoso, como a consciência, que habita no peito de todo homem” Políbio.
“O verme da consciência observa as mesmas
horas que a coruja” Schiller.
A nossa consciência deve estar limpa para Deus e os homens (At 23.1; 24.16) com ela limpa você pode dormir tranquilo (Sl 3.5; 4.8; Pv 3.24) entrar em todos os lugares, andar de cabeça erguida, sem temer a nenhuma língua que se levante (Is 54.17) isso acontece quando se tem uma consciência pura. Mantenha a sua consciência purificada e liberta em Cristo, pois é a única maneira de você ter paz.
Pr. Elis Clementino
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