O ESPINHO NA CARNE.

 

ESBOÇO 1047

TEMA: O ESPINHO NA CARNE.

TEXTO: 2 CORINTIOS 12:1-10

O apóstolo Paulo teve uma revelação de algo não bom, mas importante que o edificaria. A visão foi inconfundível sobre algo que ele jamais havia visto. A revelação foi um tipo arrebatamento de sentido, algo sem uma explicação exata. Nesse assunto falarei sobre a revelação, oração e a reação de Paulo após a resposta de Deus sobre o seu pedido.

Uma visão que não era uma exaltação de Paulo, pois nenhuma revelação divina é para exaltação humana, qualquer revelação de Deus para nós não é motivo de se ufanar, nem para mostrar que somos mais crentes que os outros. Há algo que devemos destacar aqui “Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor” (2 Co 12:1), ele teve uma revelação, mas o que impressiona é a maneira como ele começa a contar (V2). A visão era algo inexplicável, o que podemos entender foi a sua humildade ao narrar à visão (V3), ao lermos as suas cartas a sua sabedoria nos impressiona.

Arrebatamento de sentidos.

Na revelação houve particularidades que não deveria contar, na realidade nem tudo o que o Senhor nos revela devemos contar, pois são mistérios que é de Deus exclusivamente para você e mais ninguém (V4), no entanto parte daquela visão ele achou que devia contar porque serviria para edificação dos crentes. “De um eu me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas” (V5). “Porque, se quiser gloriar-me não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isso, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim houve” (V6).

Aquela visão não foi um sonho e nem um pesadelo, geralmente algumas visões sempre trazem algo que não é muito agradável e que contrariam as nossas expectativas, isso acontece para que não venhamos a nos gloriar “E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar” (V7). Essa opressão satânica o incomodou, Paulo orou por três vezes para que aquilo se desviasse dele (v8), mas a resposta do Senhor foi: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa nas fraquezas (v9), isso já indicava que Deus estava no controle da sua vida.

Cristo habitando em nós.

Essa é uma expressão de reconhecimento dos benefícios das suas fraquezas, nas imperfeições e que Cristo habita no coração humilde e isso lhe faria feliz em sofrer injurias, nas perseguições, nas angústias por amor a aquele a quem servia “Cristo”, por isso quando ele se sentia forte nas suas fraquezas (V9-10).

Muitas vezes há espinhos que não podemos nos livrar deles, no entanto não é do querer de Deus livrar-nos deles, mesmo que a gente ore e faça jejum, pois somente Deus sabe que os espinhos contribuem para os nossos aperfeiçoamento, lembro-me de uma palavra que Jesus disse a Hananias “Eu lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome” (At 9:15-16), pois muitos cristãos não podem viver sem provações. Eu conheci um irmão que todas as vezes que ele melhorava financeiramente se afastava da igreja, a sua ficha na secretaria da igreja não havia mais lugar para marcar a quantidade das disciplinas, porém quando entrava em crise financeira ele retornava a igreja e se reconciliava, ainda hoje existem crentes que fazem o mesmo. Deus conservou Paulo na graça, crendo eu, ser o óleo da conservação “A minha graça te basta”. A graça de Deus é o maior conservante espiritual, então tudo o que acontece há um porque, “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28). Essa é uma realidade incontestável, finalmente tudo nessa vida, sem exceção trabalham em conjunto para o nosso melhor.

Pr. Elis Clementino

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