ESBOÇO 1119
TEMA: CUIDADO COM OS JULGAMENTOS.
“Tu, porém, quem és que julgas o próximo?” Tg 4:12. “Não julgueis, para não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também” Mateus 7:1, 2.
Julgar as pessoas de maneira precipitada não é bom, isso deve ser levado em consideração por todos nós. A bíblia nos mostra que a lei da semeadura sempre esteve em ação, ela é válida para ricos e pobres, grandes e pequenos, todos serão julgados com a medida com que julgarem.
A. JULGAMENTO PRECIPITADO.
É o ato de pré-julgar, ou seja, julgar antes, esse ato faz o indivíduo carregar sobre si uma grande responsabilidade. O homem sempre foi tendencioso a julgar o seu próximo precipitadamente, isso faz parte da sua própria natureza, infelizmente esses julgamentos são feitos sem nenhum critério, às vezes apenas por ouvi dizer (I Co 4:5). No meio cristão acontecem muito desses ajuizamentos, o pior é que eles afetam três coisas no indivíduo, o seu estado emocional, espiritual e familiar, porquanto quando julgamos os atos das pessoas logo as condenamos sem pensar nessas consequências. Há uma recomendação do apóstolo Paulo para obreiros e extensivos aos demais membros (I Tm 4:16), o mesmo cuidado quando corrigir aquele que está em falta Gl 6:1-5).
Não há nada que não venha a luz, um dos maiores reveladores das coisas ocultas se chama “tempo”, ele mostrará tudo o que precisamos saber (I Co 4:5), pois fazer julgamento antes do tempo constitui-se uma falta grave, Deus revelará tudo no momento certo e retribuirá a cada um conforme seus feitos. Julgar antes do tempo constitui-se: (1) Falta de amor e comiseração (Jo 8:4,5); (2) Justiça própria (Rm 14:10); (3) Incoerência com as verdades (Jo 7:22, 23; Lc 10:14-16); (4) Autoengano (Lc 18:11,20-23); (5) Hipocrisia (Mt 7:5).
B. O LÍDER RELIGIOSO.
O líder religioso tem a prerrogativa para aconselhar, corrigir, e aplicar uma pena dependendo da falta, dependendo da organização religiosa, mas isso deve ser feito com o amor de pai para com um filho, o próprio Deus nos trata como filhos (Hb 12:7), mas sempre houve muitos abusos por parte desses líderes, principalmente para com os novos convertidos que ainda estão em fase de regeneração espiritual e processo de adapitação no meio cristão, porém esses cristãos estão ainda tomando leite (I Co 3:2; I Pe 2:2-10). Muitos líderes esquecem que eles estão no mesmo caminho e que precisam ter o mesmo cuidado, “Quem tiver em pé, olhe não caia!” (I Co 10:12). Necessariamente carecemos ser prudentes ao julgarmos os nossos irmãos, pois à medida que julgarmos seremos julgados também; onde vale ressaltar que antes de julgarmos os nossos irmãos devemos ter a responsabilidade de corrigir também os nossos excessos (Mt 7:3). Muitas vezes queremos corrigir os erros dos outros quando os nossos erros são maiores, o cisco que representa o pecado alheio, não é de nossa responsabilidade corrigir, uma vez que nossos pecados são como uma trave nos impedindo de ver.
C. COMPAIXÃO.
A compaixão é o exercício da misericórdia, isso é o que não nos deve faltar, sobretudo no ministério pastoral. Quem não exercita a piedade um dia pode ele pode sentir falta dela. Muitas vezes queremos ser perdoados, mas não queremos perdoar. Jesus apresentou uma parábola interessante, portanto irei usá-la, como exemplo, um homem devia dez mil talentos e outro lhe devia cem dinheiros, vendo aquele rei que ele não havia como pagar perdoou a sua dívida, só que perdoado foi cobrar do que lhe devia cem dinheiros espancando aquele pobre homem, porém vendo alguém disse ao rei o que ele havia feito com seu conservo, o rei o chamou deu-lhe uma boa lição e disse agora me paga o que deves (Mt 18:21-35), embora seja uma lição sobre perdão, portanto, não se perdoa sem compaixão.
É importante ter muito cuidado ao fazermos determinados julgamentos, pois quando antecipamos um julgamento sem ter um conhecimento prévio das razões, automaticamente estamos prejudicando a quem julgamos. Quantas pessoas estão sofrendo por conta de julgamentos precipitados? Quantos estragos acontecem por conta de algo aparente. Quando se trata de ajuizamento sem a veracidade dos fatos ocasionamos sérios contratempos, tanto para nós quanto para os outros, pois quando isso acontece no sentido espiritual é muito pior porque pode causar um estrago na vida espiritual do crente. Não devemos julgar a ninguém a não ser pelas suas atitudes quando incoerentes aos princípios da palavra de Deus, antes de tomar qualquer atitude contra o suposto faltoso pense em você, sabendo que quando julgamos as pessoas nos assentamos no lugar de Juiz e condenamos sem misericórdia, e lembre-se que há um justo juiz que julga e pode destruir (Tg 4:12; 5:9). Líder religioso tenha cuidado, pois uma alma custou muito caro para Deus.
Pr. Elis Clementino –
prelisclementino@hotmail.com
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