ESBOÇO 1488 *
TÍTULO: O ESPINHO NA CARNE.
TEXTO-BASE: “E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” 2 Coríntios 12:7-9
Quando o céu se abre e a dor permanece. Imagine alguém sendo elevado a dimensões celestiais, ouvindo coisas que nenhum outro mortal jamais ouviu, e ainda assim voltando à realidade com um fardo doloroso. Esse alguém é o apóstolo Paulo. Em meio a tantas experiências sobrenaturais, ele nos ensina uma das maiores lições da fé cristã: a graça de Deus é suficiente, mesmo quando a dor persiste. Neste sermão, refletiremos sobre três aspectos dessa experiência:
· A visão celestial que Paulo teve,
· E a oração sincera feita em busca de alívio.
Paulo fala de uma revelação gloriosa, algo que o marcou profundamente. “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado...” — 2 Coríntios 12:2. O que aconteceu?
1. Um arrebatamento inexplicável:
Ele foi levado ao terceiro céu, mas nem sabia dizer se estava no corpo ou fora dele — tamanha era a magnitude da experiência.
2. O Paraíso revelado:
A palavra grega usada aqui é paradeisos, indicando um “jardim fechado”, um lugar de delícias divinas reservado aos santos.
3. Palavras indizíveis:
Paulo ouviu mistérios que não são permitidos aos homens repetirem. Não era apenas uma visão, mas uma imersão no invisível.
Logo após esse momento glorioso, Paulo fala de um espinho – uma dor que o acompanhava.
“E para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne...” — (2 Coríntios 12:7). Revelado:
1. Um mensageiro de Satanás:
O espinho, embora permitido por Deus, era instrumento do inimigo. Deus não enviou, mas permitiu com um propósito redentor.
2. Uma disciplina preventiva:
Para que Paulo não se exaltasse pelas revelações recebidas. O espinho foi um instrumento de humildade, para lembrá-lo de sua total dependência da graça divina.
3. O mistério da permissão divina:
A lógica humana falha aqui: por que Deus permitiria que Satanás ferisse um de seus apóstolos? A resposta está no caráter de Deus: Ele transforma o mal em bem (Gênesis 50:20). Assim como em Jó, a aflição fortaleceu a fé (Jó 42:5).
Paulo orou três vezes para que o espinho fosse retirado. A resposta de Deus foi surpreendente:
“A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (2 Coríntios 12:9). Qual a respostas?
1. Um "não" cheio de graça:
Deus não retirou o espinho, mas deu a Paulo uma revelação maior: Sua graça é suficiente! Às vezes, a resposta divina não é o que queremos, mas é sempre o que precisamos.
2. A teologia da fraqueza:
Paulo entendeu que nas fraquezas, perseguições e angústias, ele era mais forte — porque a força vinha de Cristo.
3. Um ministério frutífero apesar da dor:
Mesmo com o espinho, Paulo curava enfermos, fundava igrejas e escrevia cartas que edificariam a Igreja por milênios. A dor não o paralisou — o fortaleceu!
Amados, talvez você esteja enfrentando um espinho na carne. Pode ser uma enfermidade, uma luta familiar, uma limitação que insiste em te acompanhar. A mensagem de Paulo ecoa até hoje: a graça é maior que a dor. Não se desespere. Deus não perdeu o controle. Todas as coisas cooperam para o bem dos que o amam (Romanos 8:28). Mesmo sem entender, creia: Deus está trabalhando em silêncio. “Nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:39). Se o espinho permanecer, lembre-se: ele não veio para destruir, mas para alinhar seu coração ao céu. A graça de Deus te basta. Nela, há força, esperança e vitória! A GRAÇA É MAIOR QUE O ESPINHO!
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