ESBOÇO 1527 *
TEMA: PERDÃO, UMA NECESSIDADE DIÁRIA.
TEXTOS: MATEUS 18:21-22; EFESIOS 4:26,32.
Autor: Pr. Elis Clementino.
INTRODUÇÃO:
Certa vez, um homem procurou um velho sábio e perguntou: “Quantas vezes devo perdoar alguém que me fere? Não basta apenas uma vez?” O ancião sorriu e disse: “Enquanto houver ofensa, haverá a necessidade do perdão, porque o perdão é o oxigênio da alma”. Todos nós, sem exceção, convivemos com falhas, as nossas e as dos outros.
Nenhum relacionamento humano sobrevive sem a prática
do perdão. É por isso que Jesus, ao ser questionado por Pedro sobre quantas
vezes deveria perdoar seu irmão, respondeu com uma expressão que nos
desconcerta: “Setenta vezes sete”. Ele não estava falando de uma conta
matemática, mas de uma disposição constante de perdoar. O perdão, meus irmãos,
não é um favor que oferecemos a quem nos feriu — é uma necessidade diária que
liberta primeiro quem decide perdoar. Negar o perdão é como beber veneno
esperando que o outro morra.
Quando não perdoamos, colocamos correntes pesadas
sobre a nossa própria alma. Neste sermão, vamos refletir sobre como o perdão
era visto nas leis civis, o que significa realmente perdoar, como Deus nos
perdoa, por que temos tanta dificuldade em perdoar, como o perdão afeta nossos
relacionamentos e como podemos exercitá-lo na prática. Prepare-se, pois Deus
deseja limpar o seu coração hoje, e isso começa quando você decide
liberar aquilo que ainda te prende.
A. AS LEIS CIVIS.
As leis civis foram estabelecidas por Deus para organizar a vida social do povo de Israel. Elas tinham dois propósitos: beneficiar o cidadão e condenar quem praticasse injustiça. Escritas por Moisés, eram normas rigorosas e deveriam ser obedecidas integralmente. Aquele que violasse uma parte da lei se tornava culpado de toda ela, como afirma Tiago 2:10–11.
Por isso, não havia flexibilização na aplicação da
justiça. A punição seguia o princípio da equivalência: “olho por olho, dente
por dente” (Levítico 24:20). Ou seja, quem praticasse violência contra o
próximo deveria receber uma penalidade proporcional ao dano causado.
B. SIGNIFICADO DE PERDÃO?
De maneira bem simples, compreendemos que o perdão é a remissão de uma pena ou indulto que livra o indivíduo da culpa ou ofensa. As penas contra quem pecasse foram estabelecidas por Deus, sendo ele o único que pode indultar o pecador, pois a ele pertencem o perdão e a misericórdia (Daniel 9:9). Perdoar não é uma opção, é uma necessidade, embora tenhamos a livre escolha entre perdoar ou não; porém, as decorrências para quem não perdoa serão inevitáveis.
C. O PERDÃO DIVINO
Ele alcança a todos, mas é condicional; para alcançar a graça do perdão, depende do arrependimento e se for de coração. Feliz o homem que tem seus pecados perdoados (Romanos 4:6-8). Quando o Senhor perdoa, ele lança para trás das suas costas os nossos pecados (Isaías 43:25; Miqueias 7:19). O diabo é o acusador dos nossos irmãos e pai da mentira (Apocalipse 12:10; João 8:4); ele tenta nos acusar usando o nosso passado, mas lembrai a ele que Jesus já te perdoou na cruz, levando sobre si os nossos pecados e deles não se lembra mais (Isaías 53:4; 1 Pedro 2:24).
D. A DIFICULDADE EM PERDOAR.
Para algumas pessoas, perdoar é uma das tarefas mais difíceis de serem executadas, pois isso faz parte da natureza pecaminosa do homem; ela impossibilita essa ação. Geralmente isso acontece quando a pessoa é magoada ou mexeram com os seus sentimentos; mesmo assim, elas podem até sofrer algumas consequências por reter o perdão, mas não perdoam. É difícil você reconquistar um irmão ofendido, porque vai depender do que ofendeu e do ofendido (Provérbios 18:19).
O egoísmo é um dos fatores que pode
contribuir para que as pessoas não perdoem, elas acreditam que se pedirem
perdão ou demonstrar arrependimento estão declinando ou se humilhando perante
aquelas pessoas ofendidas por elas.
Pedir perdão é algo que machuca e muito os
rancorosos, é aquele tipo, eu sei que ofendi, mas não peço perdão, eu sei
que me ofenderam, mas eu não perdoo, eu não me curvo, porém, algumas pessoas
com algum transtorno do humor podem se tornar ainda mais difícil para liberar
perdão.
Geralmente, algumas pessoas não assumem
a culpa, tampouco serão libertas das amarras das mágoas, dos rancores e das
coisas negativas do coração, no entanto, muitas são as consequências que podem
proliferar-se pelo corpo causando-lhes muitos incômodos, como as enfermidades e
até causar a morte.
De onde vêm as depressões e as doenças
neurológicas, os infartos, os AVC(s)? Muitas delas são provenientes das mágoas
não curadas; no entanto, perdoar é uma ação libertadora e uma faxina no
coração. A mágoa nada mais é do que uma raiz de amargura brotando no coração;
portanto, não permita que essa raiz de amargura ou mágoa, angústia, lhe prive
da graça divina (Hebreus 12:15).
E. PERDÃO NOS RELACIONAMENTOS.
As pessoas que sentem dificuldades em perdoar
sempre encontrarão dificuldades nos relacionamentos, lembrando que
relacionamento é uma via de mão dupla. Existem momentos em que temos que perder
para ganhar, ou seja, abrir mão de algo que possa comprometer o relacionamento.
Há pessoas que tiram proveito de alguma inconveniência entre amigos; às vezes,
ao invés de aplacarem os ânimos, elas fomentam ainda mais. Basta ler “O homem
perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos”
(Provérbios 16:28,32; 26:20).
F. EXERCITANDO O PERDÃO.
A modéstia e a humildade são as únicas maneiras que dispomos para liberarmos perdão, lembrando que perdoar não é uma opção, mas uma necessidade inerente. Na Bíblia, as palavras "perdão" e perdoar" são ressaltadas muitas vezes e sem limites. As vezes reacendemos dentro de nós aquele velho sentimento de quando alguém nos ofende e pede perdão; geralmente queremos impor limite quando ele reincide dizendo: “De novo”. No entanto, a recomendação de Jesus em resposta sobre o perdão foi setenta vezes sete ao dia (Mateus 18:21-35).
CONCLUSÃO:
As palavras não são neutras. Elas têm direção, têm peso e têm consequências. Jesus foi claro ao dizer: “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12:37). Isso nos mostra que o céu leva a sério o que sai da nossa boca.
O que você tem construído com suas palavras? Lares
ou ruínas? Pontes ou muros? Corações curados ou feridos? Talvez hoje você
precise pedir perdão por palavras que machucaram, ou talvez precise liberar
perdão por palavras que ainda ecoam como feridas abertas. Mas, acima de tudo, é
tempo de consagrar a nossa língua ao Senhor. Que nossas palavras sejam fontes
de vida, instrumentos de paz, expressões de fé e canais do amor de Deus.
Lembre-se: se as palavras têm poder, então que o
nosso falar seja cheio do Espírito Santo. Que da nossa boca fluam palavras que
glorifiquem a Deus, edifiquem o próximo e testifiquem de um coração
transformado por Cristo. Hoje, você tem a oportunidade de mudar a direção da
sua vida — começando pelo que você fala. Que o Senhor nos ajude a usar bem esse
dom poderoso que Ele nos confiou: a palavra.
TEMA: PERDÃO, UMA NECESSIDADE DIÁRIA.
TEXTOS: MATEUS 18:21-22; EFESIOS 4:26,32.
Autor: Pr. Elis Clementino.
Certa vez, um homem procurou um velho sábio e perguntou: “Quantas vezes devo perdoar alguém que me fere? Não basta apenas uma vez?” O ancião sorriu e disse: “Enquanto houver ofensa, haverá a necessidade do perdão, porque o perdão é o oxigênio da alma”. Todos nós, sem exceção, convivemos com falhas, as nossas e as dos outros.
As leis civis foram estabelecidas por Deus para organizar a vida social do povo de Israel. Elas tinham dois propósitos: beneficiar o cidadão e condenar quem praticasse injustiça. Escritas por Moisés, eram normas rigorosas e deveriam ser obedecidas integralmente. Aquele que violasse uma parte da lei se tornava culpado de toda ela, como afirma Tiago 2:10–11.
B. SIGNIFICADO DE PERDÃO?
De maneira bem simples, compreendemos que o perdão é a remissão de uma pena ou indulto que livra o indivíduo da culpa ou ofensa. As penas contra quem pecasse foram estabelecidas por Deus, sendo ele o único que pode indultar o pecador, pois a ele pertencem o perdão e a misericórdia (Daniel 9:9). Perdoar não é uma opção, é uma necessidade, embora tenhamos a livre escolha entre perdoar ou não; porém, as decorrências para quem não perdoa serão inevitáveis.
Ele alcança a todos, mas é condicional; para alcançar a graça do perdão, depende do arrependimento e se for de coração. Feliz o homem que tem seus pecados perdoados (Romanos 4:6-8). Quando o Senhor perdoa, ele lança para trás das suas costas os nossos pecados (Isaías 43:25; Miqueias 7:19). O diabo é o acusador dos nossos irmãos e pai da mentira (Apocalipse 12:10; João 8:4); ele tenta nos acusar usando o nosso passado, mas lembrai a ele que Jesus já te perdoou na cruz, levando sobre si os nossos pecados e deles não se lembra mais (Isaías 53:4; 1 Pedro 2:24).
D. A DIFICULDADE EM PERDOAR.
Para algumas pessoas, perdoar é uma das tarefas mais difíceis de serem executadas, pois isso faz parte da natureza pecaminosa do homem; ela impossibilita essa ação. Geralmente isso acontece quando a pessoa é magoada ou mexeram com os seus sentimentos; mesmo assim, elas podem até sofrer algumas consequências por reter o perdão, mas não perdoam. É difícil você reconquistar um irmão ofendido, porque vai depender do que ofendeu e do ofendido (Provérbios 18:19).
F. EXERCITANDO O PERDÃO.
A modéstia e a humildade são as únicas maneiras que dispomos para liberarmos perdão, lembrando que perdoar não é uma opção, mas uma necessidade inerente. Na Bíblia, as palavras "perdão" e perdoar" são ressaltadas muitas vezes e sem limites. As vezes reacendemos dentro de nós aquele velho sentimento de quando alguém nos ofende e pede perdão; geralmente queremos impor limite quando ele reincide dizendo: “De novo”. No entanto, a recomendação de Jesus em resposta sobre o perdão foi setenta vezes sete ao dia (Mateus 18:21-35).
As palavras não são neutras. Elas têm direção, têm peso e têm consequências. Jesus foi claro ao dizer: “Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado” (Mateus 12:37). Isso nos mostra que o céu leva a sério o que sai da nossa boca.
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