ESBOÇO 849
TEMA: PASSE A LIMPO OS PROBLEMAS
FAMILIARES
TEXTO: GÊNESES 13:8,9
Existem
coisas que ninguém toma facilmente conhecimento, a não ser que observem alguns
detalhes pelas ações do indivíduo, ou então somente Deus que é conhecedor das
mentes e dos corações. Existem pessoas que são capazes de camuflar seus
sentimentos de mágoas e ódios e ninguém praticamente percebe, outros não, eles
põem para fora tudo o que está no coração. Atualmente existem técnicas capazes
de identificar algo que está camuflado na mente e no coração do ser humano,
mesmo que ele tente esconder. O importante é que a mágoa não seja alimentada, pois
ela pode resultar em problemas maiores e mais difíceis de serem resolvidos.
Queremos nesse assunto destacar dois belos exemplos que muito me chama atenção
Abraão e Ló e Jacó e Esaú.
A
mágoa
É
um sentimento de desgosto motivado por algo externo, uma decepção, uma
desconsideração de alguém, desprezo e contenda. A mágoa é solucionada através
de uma reconciliação ou um perdão verdadeiro, mas nem sempre é resolvido dessa
maneira, às vezes a pessoa guarda esse ressentimento consigo muitos anos causando-lhe
um profundo sofrimento, a mágoa somente permanece enquanto houver a ausência de
algo capaz de dissolvê-la “o perdão”, quando perdoamos a quem nos magoou, ou
somos perdoados por alguém que magoamos estamos nos livrando de algo muito mais
amargo.
O
pedido de perdão e a reconciliação são fatores fundamentais para a manutenção do
relacionamento, mas um dos lados, tanto o ofendido quanto o ofensor deve dar o
primeiro passo em direção à reconciliação, vejam os dois belos exemplos:
(1)
Abraão se chegou a Ló para resolver uma situação de conflito entre seus
pastores, talvez Ló não tivesse o mesmo interesse em resolver as contendas, mas
Abraão levou em consideração algo muito mais especial, o seu compromisso com
Deus e se ele não interviesse poderia comprometer a sua comunhão com Deus, situações
assim pesa mais sobre os ombros daquele que tem maior responsabilidade de
manter a sua comunhão com Deus (Gn 13:8,9), mesmo assim Abraão continuou
intercedendo pelo seu sobrinho.
(2)
Jacó desejou se reconciliar com seu irmão Esaú, mas tinha receio que ele lhe
fizesse algum dano, embora houvesse motivos para Esaú odiá-lo, mas Jacó partiu primeiro
para o encontro (Gn 32:9). Nesse exemplo podemos destacar que as desavenças
familiares são problemas que pode perdurar por muitos anos e não é tão fácil de
ser resolvido, principalmente quando envolve herança, a separação entre Jacó e
Esaú já fazia 20 anos, eles perderam tempo demais sem compartilharem os laços
familiares. PASSAR a LIMPO as mágoas era tudo o que precisavam, podemos ver que
desfecho maravilhoso entre aqueles dois irmãos “E ele mesmo passou adiante e inclinou-se à terra sete vezes, até que
chegou a seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abençoou-o, e
lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.” (Gn 33:3,4). Muitos
cristãos não levam em consideração esses magníficos exemplos citados nesse
esboço, de sorte que permanecem guardando ira em seus corações, muitas vezes
dentro das igrejas, e o pior entre líderes.
Os
problemas familiares, como brigas e disputas por bens são capazes de tirar a
paz, no entanto os exemplos de reconciliações citados podem servir de motivação
para reaver os laços familiares e no meio cristão. As mágoas entre os cristãos
não devem permanecer de maneira nenhuma, isso compromete a vida devocional com
Deus, leiamos o que Paulo escreveu aos gálatas cristãos “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a
liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos
outros mediante o amor. Toda a lei se resume num só mandamento: “ame o seu
próximo como a si mesmo”. Mas se vocês se morderem e se devorarem uns aos
outros, cuidado para não se destruírem mutuamente.” (Gl 5:13-15). Se
atentarmos para esses conselhos e praticarmos o perdão são possíveis a
reconciliação, principalmente na família da fé. As pessoas que membros de uma
família e por algum motivo houve afastamento deve-se de alguma maneira se reaproximar
e reconstruir os laços de amizade, após isso ver-se o que Deus é capaz de
realizar em suas vidas.
Tenhamos
cuidado com a falsidade, ela é a maquiagem da mágoa, as pessoas que usa desse
meio abraça, beija, lisonjeia e assim consegue enganar. Eu presenciei certa
ocasião uma pessoa abraçar outra e no momento do abraço sem que a pessoa
abraçada percebesse piscou o olho para quem estava atrás presenciando o abraço,
para mim isso se constituiu um ato de covardia. A sinceridade é o melhor método
para destruir uma ação de falsidade, Abrão e Ló resolveram uma inimizade “Que não haja discórdia entre mim e ti, nem
desavenças entre meus pastores e teus pastores; a final somos irmãos” (Gn
13:8,9; Am 3:3), muitas vezes abrimos mão algo que estamos apegados para conseguir
reativar um relacionamento. Os números dos discípulos cresceram, ou seja, a
família cresceu e houve queixa entre os discípulos Jesus os repreendeu quando
questionavam e disputavam pelas coisas fúteis, leve em consideração que quanto
mais cresce a família os problemas também crescem. Deus nos dê sabedoria para saber conviver
entre irmãos.
Pr.
Elis Clementino
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