ESBOÇO 1400 *
TEMA: OS MALES DA INSENSATEZ.
“Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento
do perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco estultícia.”
Eclesiastes 10.1.
Aos nossos
olhos, uma mosca-morta talvez seja insignificante para estragar perfumes e
alimentos, entretanto ela consegue deteriorar. A lição que desejo passar para
os irmãos é: um pouco de insensatez pode destruir os bons feitos de muitos
obreiros. Essa é uma brilhante metáfora, ela ilustra que uma pequena falta de
sabedoria ou uma ação insensata podem prejudicar a reputação e o valor de
alguém que é geralmente considerado sábio.
I.
A INSENSATEZ.
A insensatez é como um pouco
de fermento velho, ele pode estragar toda massa (I Co 5:6). É como uma mosca-morta
que pode estragar o perfume do perfumista (Ec 10:1). É semelhante ao insensato
que constrói a sua casa sobre a areia (Mt 7:26), a insensatez é como um pouco
de precipitação. Muitas vezes o indivíduo é muito inteligente, mas um pouco da
sua insensatez desmerece toda a sua inteligência. Os nossos planos podem ser
magníficos, mas um pouco da nossa precipitação pode estragar todos eles. “Todo
prudente age com conhecimento, mas o tolo espraia a sua loucura” (Pv 13.16;
12,23; 15.2).
A mosca-morta significa
as nossas atitudes, sejam elas, por palavras ou ações irrefletidas no nosso
cotidiano.
A insensatez conduziu muitas
pessoas à desventura. Os insensatos não valorizam as coisas importantes,
principalmente no âmbito espiritual. É importante saber que as nossas ações
precipitadas influenciam diretamente na nossa vida espiritual, vejamos alguns
exemplos:
·
A insensatez do rei Ezequias: Após a cura
milagrosa recebeu uma embaixada do Rei de Babilônia para presenteá-lo, e a sua
insensatez mostrou tudo o que havia em sua casa, inclusive os seus tesouros,
isso não pareceu bem aos olhos do Senhor, por isso foi repreendido pelo profeta
declarando-lhe as consequências da sua atitude (2 Rs 20.12-18; Pv 18.2). Basta
um pouco de insensatez para desmerecer tudo de bom que você fez.
·
O orgulho do rei Uzias, apesar de ele ser tão
inteligente, não soube valorizar o seu reinado e nem a riqueza do seu
conhecimento (2 Cr 26.15.16). E quando isso acontece o indivíduo termina sendo
ofuscado pela insensatez. “
Todavia o
homem em honra e não permanece; antes
é como os animais, que perecem…” (Sl 49:12; Dn
4.30-32). Existem obreiros que não sabem valorizar o que recebe por mais
humilde que ela seja, isso se configura falta de senso (Mt 25.24,25).
·
Saul foi insensato achando que podia tudo, até
oferecer sacrifício no lugar dos sacerdotes (
1 Sm 13:9).
·
O
orgulho do obreiro pode levar-lhe ao autoritarismo, ele nunca deve se valer
da sua autoridade para cometer abusos. O autoritarismo não deve prevalecer no
nosso ministério cristão, vale salientar que há prestação de contas de todos os
nossos atos (Mt
24.45-51; Tg 3.1; I Pe 5.3). Ela é extensiva a todos os líderes.
·
Diótrefes,
um obreiro insensato.
O obreiro com características de Diótrefes sempre
busca aquilo que é do seu interesse, ele fingia estar a serviço de todos, mas
arquitetava a tomada do poder para sustentar a sua primazia, para isso ele
tinha habilidade. Ele influenciava as pessoas para alcançar a supremacia, ele
usava a mesma demagogia que se usa atualmente, cuidar dos seus próprios
interesses, com isso ele causava divisão na igreja, ele rejeitava a liderança do apóstolo João, era aquele
tipo de obreiro que não queria prestar conta ao seu líder.
A
insensatez atropela muitos obreiros no início da sua carreira ministerial por
não saberem lidar com as suas emoções, nem todos estão preparados para determinada
missão. Houve uma discussão entre Barnabé e Paulo, devido a João Marcos, pois
havia feito algo que desagradou a Paulo, João Marcos ainda não estava preparado
(At 15:37,38), mas ele recuperou, de servo inútil se tornou útil, e agora Paulo
diz: traz João Marcos que ele me será útil (2 Tm 4:11). Quem serve bem e
permanece em submissão é considerado servo bom e fiel, sendo digno de
confiança. “Em verdade vos digo que o porá sobre todos
os seus bens.” (Mt 24.47). Na confiança você amplia a sua ação ministerial.
II.
A PRUDÊNCIA.
A
prudência, o “antidoto da insensatez” é uma das virtudes importantes para ser
posta em prática, ela nos faz prever os perigos. Jesus mostrou aos
discípulos o valor e a necessidade da prudência (Mt 10.16). Os prudentes não
edificam a casa sobre a areia, mas sobre a rocha. Prudência, “cautela, atenção,
prevenção”, é resultado de uma mente sensata. (Mt 7.24,25). É importante
avaliarmos todas as nossas atitudes para termos uma vida saudável (Pv 4.11,12);
“todo prudente age com conhecimento.” (Pv 13.16a). O prudente vê o mal e se esconde, mas o
simples prossegue e sofre a pena. (Pv 22.3). Portanto,
vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios. (Ef 5.15). “Os insensatos enxergam o presente, e os prudentes
enxergam; o presente e o que está adiante dele.”
Amados, necessitamos de termos uma mente fértil em sensatez, inteligente,
cautelosa em todas as nossas ações. Por falta delas, muitas pessoas
consideravelmente inteligentes são abarbadas nos seus projetos.
Os nossos cuidados devem ser permanentes,
pois uma pequena bobagem pode ser tão danosa quanto uma mosca-morta no unguento
do perfumista. Um
pouco da sua insensatez faz desmerecer toda a
inteligência que você tem (Ec 10.1). “A loucura é a causa de muitas
desgraças”. Guardemos as recomendações de Salomão (Pv 9.6; 21.20). Jesus diante
dos escribas e fariseus (Mt 23.17,19). Paulo considera os gálatas insensatos
(Gl 3.1,3; Ef 5.17). Devemos abandonar toda insensatez e seguir caminhos que
nos levem à compreensão das coisas (Tt 3.3).
“A sensatez deve presidir todos os atos da vida do homem.” “Diz o insensato no seu coração: Não há
Deus.” (Sl 14.1).
Pr. Elis Clementino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário