ESBOÇO 1473 TÍTULO: A FÉ QUE MARAVILHOU JESUS: O MILAGRE DO CENTURIÃO.

ESBOÇO 1473 *
TÍTULO: A FÉ QUE MARAVILHOU JESUS: O MILAGRE DO CENTURIÃO.
TEXTO: MATEUS 8:5-8; LUCAS 7:1-10.
 
Introdução:
A fé verdadeira não se limita ao que podemos ver ou tocar, mas confiar plenamente no poder de Deus, mesmo à distância. O relato do centurião de Cafarnaum é descrito nos evangelhos de Mateus 8:5-8 e Lucas 7:1-10. A principal diferença entre Mateus e Lucas é que Mateus dá a impressão de que o centurião fala diretamente com Jesus, enquanto Lucas destaca que ele enviou mensageiros, o que era comum na cultura da época. Isso não é uma contradição, mas uma diferença de destaque na narração. Esse é um dos episódios mais marcantes dos evangelhos porque revela uma fé que surpreendeu o próprio Jesus. Este oficial romano, habituado à hierarquia e ao comando, descobriu algo que muitos judeus ainda não sabiam compreender: a autoridade absoluta de Cristo. Ele não pediu sinais nem procedimentos à presença física de Jesus, mas acreditou que uma simples palavra do Mestre era suficiente para o milagre acontecer. Essa história nos desafia à reflexão: será que teremos essa mesma confiança no poder de Deus? Em um mundo cheio de incertezas, onde muitas vezes buscamos respostas imediatas e visíveis, a fé do centurião nos ensina que confiar verdadeiramente em Cristo significa descansar em Sua palavra, mesmo quando não vemos a solução diante de nós. Hoje, vamos explorar essa passagem e aprender como essa fé pode impactar nossas vidas.
 
A. O centurião e suas funções.
1. Era um oficial do exército romano responsável pelo comando de uma centúria, que originalmente consistia em cerca de 100 soldados (embora o número real pudesse variar). Sua função era essencial para a organização e disciplina das legiões romanas.
2. Funções:
·        Comandar tropas – Liderava sua centúria no campo de batalha, garantindo que os soldados seguissem ordens e estratégias militares.
·        Manter a disciplina – Aplicava punições e assegurava que os soldados cumprissem as rígidas normas do exército romano.
·        Treinar soldados – Supervisionava o treinamento militar, garantindo que os legionários estivessem fisicamente preparados e bem treinados em combate.
·        Executar ordens superiores – Respondia diretamente a oficiais superiores, como tribunos e legados, e cumpria suas ordens.
·        Servir como intermediário – Fazia a ponte entre os soldados comuns e os altos oficiais, transmitindo ordens e relatórios.
·        Defender posições estratégicas – Em batalhas e acampamentos militares, ele organizava a defesa e mantinha a segurança da unidade. Os centuriões eram altamente respeitados e, muitas vezes, promovidos com base no mérito e experiência. Eles podiam subir na hierarquia militar e até alcançar cargos administrativos no Império Romano.
 
B. Local do milagre.
Cafarnaum, uma cidade estratégica pela sua importância comercial, também foi chamada de cidade de Jesus (Mateus 8:1,5), porque lá ele exerceu grande parte do seu ministério, realizando muitos milagres.
 
C. Seu pedido.
1. O centurião rogou-lhe a cura para o seu criado:
·        Ele descreve a situação do seu criado: (Mateus 8:5-6).
·        A humildade do centurião: A humildade e um coração quebrantado o Senhor não suporta (Salmos 51:17).
·        Jesus maravilhou-se com a fé do centurião: “E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” (Mateus 8:10).
·        Os versículos Mateus 8:11 e 12 – fazem parte do episódio em que Jesus elogia a fé do centurião romano. O contexto: Jesus se maravilha com a fé desse gentio e afirma que muitos como ele, pessoas de diferentes nações, terão lugar no reino dos céus. Porque Deus não faz acepção de pessoas e o reino dos céus não é exclusivo dos judeus. Os gentios também tomarão parte no reino dos céus no banquete onde estão Abrão, Isaque e Jacó. Mateus 8:12 – Este versículo contrasta com o verso 11, onde Jesus diz que muitos gentios entrarão no reino dos céus. Mas aqui ele faz um alerta dizendo que alguns judeus chamados “filhos de Deus” por serem descendentes de Abraão não entrarão no reino dos céus, porque rejeitam a fé verdadeira.
·        A resposta de Jesus: “E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.” (Mateus 8:7). A ênfase não é o fato de ir, mas aquele que vai, ou seja, Cristo; “Eu” é enfático, significando “Eu posso, e Eu quero!” Uma vez mais, “Quero” estabelece a questão quanto à cura divina. Comentário B.E. O querer de Jesus não seria impedido, ou seja, aquilo que o Senhor quer realizar, ninguém impede (Jó 42:2; Isaías 14:27; 43:13; Provérbios 19:21; Daniel 4:35). A resposta de Jesus é de conformidade com a sua fé.

D. O milagre.
1. O centurião já possuía todos os requisitos necessários para que o milagre acontecesse. Jesus havia determinado e o milagre já estava acontecendo: “A cura”. Ao chegar em casa, o servo estava curado, mas é importante destacar:
·        A importância da fé em Deus, a fé remove montanhas (Mateus 17:20).
·        Confiar na autoridade de Jesus para efetuar milagres em nossas vidas. "E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra."  (Mateus 28:18).
·        Encorajar outros crentes a confiarem no Senhor. (Provérbios 3:5-6; Salmos 37:5; Isaías 41:10; Salmos 125:1; Jeremias 17:1). Esses versículos nos mostram que Deus é fiel e digno da nossa confiança.
·        Jesus curou o servo, os milagres de Jesus continuam até o presente.
·        Aplicação: Você está confiante no milagre de Deus em sua vida? Qual o milagre que você precisa? Jesus está atento para suas necessidades. Receba a cura para essa enfermidade que tem lhe acometido ou lhe abalado.

Conclusão:
A história do centurião nos ensina que a verdadeira fé não depende do que vemos, mas da confiança absoluta na autoridade de Jesus. Ele não precisou da presença física de Cristo para acreditar no milagre, e essa mesma fé é o que Deus espera de nós hoje. Quantas vezes limitamos o agir de Deus em nossas vidas por falta de confiança? Se Jesus foi admirado pela fé do centurião, será que Ele será admirado pela nossa? Será que depositamos nossa confiança em Sua palavra, mesmo quando as circunstâncias parecem desfavoráveis? A boa notícia é que Cristo continua o mesmo. Sua autoridade não mudou, e seu poder ainda opera milagres. Mas Ele nos convida a crer antes de ver, a confiar antes de receber. Que possamos sair daqui hoje decididos a viver essa fé inabalável, crendo que, quando entregamos tudo nas mãos de Deus, Ele sempre tem o melhor para nós. Eu creio que um milagre divino está vindo em sua direção!

Pr. Elis Clementino.

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