ESBOÇO 1528
ASSUNTO: A VISÃO DE ASAFE NO ALTAR.
TEXTO: SALMOS 73:1-28.
Autor: Pr. Elis Clementino
Introdução:
Ao ler o Salmo 73, somos confrontados com um dilema que inquieta tanto hoje quanto no passado: por que os ímpios parecem prosperar enquanto os justos lutam para entender o que Deus está fazendo? Nos primeiros versículos, Asafe reconhece a bondade de Deus, mas confessa sua crise ao olhar para a aparente vantagem dos perversos (Salmo 73:1-3). Esse salmo expõe a tensão entre a fé que sabemos ser verdadeira e a realidade que parece contradizê-la. Nesta reflexão, veremos como Asafe sai da confusão para a convicção, e como sua experiência nos ensina a enxergar com os olhos de Deus, não apenas com os nossos.
I. O dilema de Asafe.
Inicialmente, ele declara a sua confiança em Deus e sua bondade para com Israel e os limpos de coração, mesmo em meio às dúvidas. Vejamos quatro pontos importantes:
1. Asafe, numa visão
contraditória, descreve a prosperidade dos ímpios e enfrenta as dificuldades
para compreender o porquê da prosperidade deles (Salmo 73:4-16). Mesmo que o ser
humano seja temente a Deus, ele é tentado a focar a sua visão nas riquezas ou
bens materiais. Davi recomendou não olhar para a prosperidade dos ímpios e não
ter inveja deles (Salmo 37:1).
2. Ter inveja da prosperidade dos ímpios nos coloca em terreno escorregadio.
Quando o olhar se volta para aquilo que os ímpios possuem, o coração corre o risco de escorregar. Foi exatamente isso que quase aconteceu com Asafe: ao observar a riqueza e a tranquilidade daqueles que viviam longe de Deus, ele se sentiu abalado em sua fé (Salmo 73:2). Não foi apenas ele. Jó, em meio à sua dor, também questionou por que os perversos prosperavam e viviam aparentemente seguros, apesar de rejeitarem a Deus (Jó 21:7-15).
Esse
é um alerta necessário para os nossos dias. Há vozes religiosas que afirmam que
ser abençoado significa necessariamente enriquecer, levando muitos a medir a
vida espiritual pelo tamanho de posses. Contudo, Jesus nos direciona a buscar primeiro
o Reino de Deus — e só depois as demais coisas (Mateus 6:33).
A verdade é simples: o que vale não é ter, mas ser. O “ter” é consequência de quem somos diante de Deus, e não prova de espiritualidade. Quem fixa o olhar no material perde a visão do eterno.
ASSUNTO: A VISÃO DE ASAFE NO ALTAR.
TEXTO: SALMOS 73:1-28.
Autor: Pr. Elis Clementino
Ao ler o Salmo 73, somos confrontados com um dilema que inquieta tanto hoje quanto no passado: por que os ímpios parecem prosperar enquanto os justos lutam para entender o que Deus está fazendo? Nos primeiros versículos, Asafe reconhece a bondade de Deus, mas confessa sua crise ao olhar para a aparente vantagem dos perversos (Salmo 73:1-3). Esse salmo expõe a tensão entre a fé que sabemos ser verdadeira e a realidade que parece contradizê-la. Nesta reflexão, veremos como Asafe sai da confusão para a convicção, e como sua experiência nos ensina a enxergar com os olhos de Deus, não apenas com os nossos.
Inicialmente, ele declara a sua confiança em Deus e sua bondade para com Israel e os limpos de coração, mesmo em meio às dúvidas. Vejamos quatro pontos importantes:
2. Ter inveja da prosperidade dos ímpios nos coloca em terreno escorregadio.
Quando o olhar se volta para aquilo que os ímpios possuem, o coração corre o risco de escorregar. Foi exatamente isso que quase aconteceu com Asafe: ao observar a riqueza e a tranquilidade daqueles que viviam longe de Deus, ele se sentiu abalado em sua fé (Salmo 73:2). Não foi apenas ele. Jó, em meio à sua dor, também questionou por que os perversos prosperavam e viviam aparentemente seguros, apesar de rejeitarem a Deus (Jó 21:7-15).
A verdade é simples: o que vale não é ter, mas ser. O “ter” é consequência de quem somos diante de Deus, e não prova de espiritualidade. Quem fixa o olhar no material perde a visão do eterno.
3. A
ambição e a inveja cegam o entendimento espiritual.
Os ímpios não percebem as consequências de sua própria inveja, riqueza e rejeição a Deus, porque seus olhos estão “engordurados”, isto é, obscurecidos pelo desejo de possuir sempre mais (Salmo 73:7). Asafe quase caiu nesse mesmo engano: ao olhar demais para o que os ímpios tinham, sua visão espiritual se tornou pesada e confusa. Quando a adoração deixa de ser prioridade, o coração perde sensibilidade, e aquilo que antes era claro torna-se nebuloso.
Os ímpios não percebem as consequências de sua própria inveja, riqueza e rejeição a Deus, porque seus olhos estão “engordurados”, isto é, obscurecidos pelo desejo de possuir sempre mais (Salmo 73:7). Asafe quase caiu nesse mesmo engano: ao olhar demais para o que os ímpios tinham, sua visão espiritual se tornou pesada e confusa. Quando a adoração deixa de ser prioridade, o coração perde sensibilidade, e aquilo que antes era claro torna-se nebuloso.
Isso
também pode acontecer conosco. Quando não buscamos discernimento em Deus, nossa
visão espiritual fica ofuscada; corremos ansiosamente atrás de riquezas e não
percebemos que corremos rumo à tentação e à destruição. Paulo adverte que o
desejo de enriquecer sem limites pode afundar o homem em muitas dores (1
Timóteo 6:9-11).
A
Bíblia não condena possuir bens, mas condena a ambição que ocupa o lugar de
Deus. Podemos prosperar, sim, desde que seja fruto de trabalho, honestidade e
fidelidade, sem invejar o que é de outros e sem deixar de buscar o Reino. Paulo
mesmo disse que, embora fosse pobre, tornava muitos ricos, porque sua
verdadeira riqueza estava em Cristo (2 Coríntios 6:10). O problema
não é ter riquezas, mas deixar que elas governem o coração.
4. Questionamos a prosperidade dos ímpios porque comparamos nossa vida
com o que vemos.
Muitas vezes nos perguntamos: Por que os ímpios prosperam tanto? Por que tudo o que fazem parece dar certo? Por que não sofrem pelos seus pecados? Essas perguntas surgem quando medimos o valor da nossa vida pelo que vemos ao redor, e não pelo propósito de Deus para nós.
O profeta Jeremias também questionou a Deus a respeito da prosperidade
dos perversos, e o Senhor o corrigiu, mostrando que a verdadeira questão não
era o sucesso deles, mas o preparo espiritual dele próprio (Jeremias 12:1-5). Paulo
reforça essa lição ao aconselhar: “Não ambicioneis coisas altas, mas
acomodai-vos às humildes” (Romanos 12:16).
Quem deseja demais aquilo que é elevado e valorizado pelo mundo corre o
risco de perder o que já tem — e ainda colher frustração. Quando a
comparação assume o lugar da confiança, o coração perde a paz e a fé perde o
foco.
II. Reflexão na Presença de Deus
Quando estamos longe do altar do Senhor, olhamos a prosperidade dos ímpios como vantagem e até desejamos o que eles têm. Mas, quando entramos na presença de Deus, nossa percepção muda. O que antes parecia invejável passa a ser visto à luz do seu fim.
Foi isso que aconteceu com Asafe. Apenas depois de entrar no santuário —
lugar de oração e discernimento — ele compreendeu o destino dos ímpios (Salmo
73:17). Diante de Deus, Asafe percebeu duas verdades:
A inveja era pura insensatez. A presença de Deus era a maior riqueza de
sua vida (Salmo 73:20-28). Quando reconhecemos isso a tempo, nossa mente é
corrigida e nosso coração volta ao lugar certo. Entender isso já é um tesouro,
porque nos poupa de viver como Asafe viveu antes de buscar o altar: confusos,
ofuscados e iludidos pelo brilho passageiro da prosperidade dos ímpios. Só quem
entra no altar entende o valor do que realmente importa.
III.
A Confiança de Asafe é Restaurada
Depois de entrar na presença de Deus, Asafe entende que a riqueza dos ímpios é passageira e que somente confiar no Senhor traz segurança verdadeira. Sua visão muda: ele passa a crer como Davi, que declara — “Mais vale o pouco do justo do que a abundância de muitos ímpios” (Salmo 37:16).
Esse entendimento restaura sua
fé e desperta o desejo de permanecer em Deus. A confiança renovada faz Asafe
afirmar que estar próximo do Senhor é o seu bem maior
(Salmo 73:28).
Quando a confiança é restaurada, o coração para de correr
atrás de ilusões e se firma na verdadeira riqueza. Nossa herança não é
o que possuímos, mas Quem nos possui: o próprio Deus.
Conclusão:
É importante confiarmos em Deus, mesmo quando confrontados com as aparentes injustiças na vida. O Senhor diz ser o tudo para Abraão (Gênesis 15:1); Ele disse a Arão: "Tu não terás herança, nem prosperidade alguma na terra deles, e nenhuma parte haverá para ti no meio dos israelitas". Eu sou a tua parte e a herança no meio dos filhos de Israel; da mesma forma, os levitas (Números 18:20-26; Deuteronômio 10:9; Ezequiel 44:28) também são sustentados, pois Deus não os deixou desprovidos de manutenção e comeriam das ofertas. Davi compreendia que a sua herança e sorte eram o Senhor (Salmo 16:5). Quando entramos no altar de Deus por meio das orações, os nossos olhos serão abertos para contemplar as riquezas do Senhor sobre as nossas vidas. A tua porção é o SENHOR (Lamentações 3:24-26).
Muitas vezes nos perguntamos: Por que os ímpios prosperam tanto? Por que tudo o que fazem parece dar certo? Por que não sofrem pelos seus pecados? Essas perguntas surgem quando medimos o valor da nossa vida pelo que vemos ao redor, e não pelo propósito de Deus para nós.
Quando estamos longe do altar do Senhor, olhamos a prosperidade dos ímpios como vantagem e até desejamos o que eles têm. Mas, quando entramos na presença de Deus, nossa percepção muda. O que antes parecia invejável passa a ser visto à luz do seu fim.
Depois de entrar na presença de Deus, Asafe entende que a riqueza dos ímpios é passageira e que somente confiar no Senhor traz segurança verdadeira. Sua visão muda: ele passa a crer como Davi, que declara — “Mais vale o pouco do justo do que a abundância de muitos ímpios” (Salmo 37:16).
É importante confiarmos em Deus, mesmo quando confrontados com as aparentes injustiças na vida. O Senhor diz ser o tudo para Abraão (Gênesis 15:1); Ele disse a Arão: "Tu não terás herança, nem prosperidade alguma na terra deles, e nenhuma parte haverá para ti no meio dos israelitas". Eu sou a tua parte e a herança no meio dos filhos de Israel; da mesma forma, os levitas (Números 18:20-26; Deuteronômio 10:9; Ezequiel 44:28) também são sustentados, pois Deus não os deixou desprovidos de manutenção e comeriam das ofertas. Davi compreendia que a sua herança e sorte eram o Senhor (Salmo 16:5). Quando entramos no altar de Deus por meio das orações, os nossos olhos serão abertos para contemplar as riquezas do Senhor sobre as nossas vidas. A tua porção é o SENHOR (Lamentações 3:24-26).