ESBOÇO 1502 *
TEMA: A MALDIÇÃO SEM CAUSA NÃO PROSPERARÁ.
TEXTO BASE: Provérbios 26:2 “Como o pardal no seu vaguear, e como a andorinha no seu voo, assim a maldição sem causa não virá.” Salmo 91: 10 - "Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda."
Autor: Pastor Elis Clementino
 
INTRODUÇÃO:
Imagine uma pessoa aflita, que vive atormentada porque um dia ouviu alguém lhe dizer: “Você nunca será feliz, eu te amaldiçoo!” Desde então, tudo que dá errado em sua vida, ela atribui a essa maldição. Infelizmente, esse é o drama de muitos. Pessoas que vivem presas ao medo de palavras lançadas por outros, como se tivessem poder definitivo sobre seu destino. A Bíblia nos ensina que maldição sem causa não encontra pouso, como uma ave que voa sem direção. Vamos aprender, à luz das Escrituras, que em Cristo Jesus, toda maldição é anulada, e a nossa vida está segura nas mãos de Deus.
 
1. O SIGNIFICADO DAS MALDIÇÕES HUMANAS.
1.1. Definição e motivação.
ü  Maldição é uma palavra proferida com o desejo de causar dano, desgraça ou destruição a alguém.
ü  Geralmente é fruto de ira, mágoa ou espírito de vingança.
ü  Pode ser lançada de forma religiosa ou supersticiosa, em nome de “deuses” ou até mesmo “em nome de Deus”.
1.2. Exemplo bíblico: Maldição por vingança.
ü  Noé amaldiçoou Canaã (Gênesis 9:25), como reação ao que lhe fora feito.
ü  Muitos pais amaldiçoavam filhos no passado, movidos pela frustração ou desapontamento.
1.3. A maldição do pecado e o ensino sobre "maldição hereditária"
ü  O pecado de Adão trouxe maldição para toda a humanidade (Romanos 5:12-19).
ü  Muitos falam sobre maldição hereditária (Salmos 109:19), mas em Cristo essa cadeia é quebrada (Romanos 6:6).
1.4. Nova vida em Cristo: ruptura com o passado
ü  Em Cristo somos nova criatura (2 Coríntios 5:17).
ü  Quem nasce de novo não carrega maldições do passado (João 3:3).
ü  Deus protege os seus (Salmo 91:1-16; Isaías 54:17).
Aplicação prática - Não aceite como verdade definitiva aquilo que foi lançado contra você. Palavras humanas não têm autoridade sobre aquele que está debaixo da graça de Deus.

2. MALDIÇÃO SEM CAUSA NÃO TEM PODER.
2.1. A promessa de proteção divina
ü  "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem" (Salmo 34:7).
ü  “Nenhuma arma forjada contra ti prosperará” (Isaías 54:17).
ü  Praga alguma chegará à tua tenda (Salmo 91:10).
2.2. O mal não encontra espaço na vida do justo
ü  “Envergonhados e confundidos serão os que desejam o mal” (Salmo 34:4-6).
ü  A justiça de Deus guarda a nossa casa (Salmo 112:7).
2.3. Jesus levou sobre si toda maldição
ü  “Certamente, ele tomou sobre si as nossas dores” (Isaías 53:4).
ü  “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Isaías 53:5).
ü  “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gálatas 3:13).
 
Aplicação prática - Viva com segurança e paz, sem medo de palavras lançadas ou maldições declaradas. A tua vida está selada em Cristo. Ele te libertou de toda acusação.
 
3. COMO DEVO ME POSICIONAR DIANTE DAS MALDIÇÕES?
3.1. Não temas – confie em Deus:
ü  “Eis que Deus é a minha salvação, confiarei e não temerei” (Isaías 12:2).
ü  “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum” (Salmo 23:4).
ü  “O Senhor é minha luz e minha salvação; a quem temerei?” (Salmo 27:1).
3.2. Não retribua mal com mal:
ü  Não amaldiçoe de volta. Ore pelos que vos perseguem (Mateus 5:44).
ü  “A nossa luta não é contra carne ou sangue” (Efésios 6:12).
3.3. Declare a Palavra – viva em fé:
ü  “O justo viverá pela fé” (Hebreus 10:38).
ü  Fortaleça sua mente com a Palavra.
ü  Confesse as promessas de Deus diariamente.
 
Aplicação prática - Se alguém te amaldiçoar, ore por essa pessoa e confie que nenhuma palavra lançada contra você terá efeito. A maior resposta à maldição é uma vida abençoada por Deus.
 
CONCLUSÃO:
Você não precisa mais viver com medo de pragas, palavras negativas, maldições proferidas por outros. A Palavra de Deus garante que a maldição sem causa não se cumpre. Em Cristo, você é bendito, você é protegido, você é liberto! Se alguém lançou sobre você palavras de destruição, hoje Deus está cancelando essas sentenças. Receba a verdade do céu: nenhuma maldição lançada por homens pode anular o propósito que Deus tem para sua vida! Declare com fé: "Estou em Cristo." Sou nova criatura. Toda maldição foi quebrada. Eu sou abençoado pelo Senhor!"

ESBOÇO 1501 * TEMA: EQUILÍBRIO: O ANTÍDOTO CONTRA OS EXTREMOS DA VIDA.

 

ESBOÇO 1501 *
TEMA: EQUILÍBRIO: O ANTÍDOTO CONTRA OS EXTREMOS DA VIDA.
TEXTO: “Não sejais demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; porque destruirias a ti mesmo?” ECLESIASTES 7:16.
Autor: Pr. Elis Clementino.
 
Introdução:
Falarei sobre a importância da humildade e do equilíbrio, reconhecendo os limites humanos estabelecidos diante da soberania divina. Em Eclesiastes 7:16, “o pregador” ou Salomão, no contexto, reflete a ênfase do seu livro em uma abordagem equilibrada da vida. O autor aconselha contra os extremos, seja em justiça ou em sabedoria. Ser “demasiadamente justo” onde a busca pelo perfeccionismo ou legalismo leva à autodestruição, enquanto ser “demasiadamente sábio” pode sugerir um orgulho intelectual que também é prejudicial para o homem. Neste esboço destacaremos alguns pontos fundamentais para esse equilíbrio.
 
I. O perigo de ser demasiadamente justo.
1. Ser demasiadamente justo é o excesso de justiça, o que pode resultar em:
ü  Legalismo: o que significa viver preso a regras e julgamentos rígidos, como os escribas e fariseus no tempo de Cristo (Mateus 15:8-9). Eles colocavam as tradições acima dos mandamentos de Deus.
ü  O orgulho espiritual, ou considerar-se superior aos outros (Lucas 18:9-14). Paulo confirma essa verdade em sua carta aos filipenses 2:3.
ü  As consequências do extremismo na justiça:
       Isolamento social e espiritual.
       Falta de misericórdia e compaixão pelas pessoas (Mateus 23:23).
       Desgastes emocional e autodestruição.
 
II. O perigo de ser “demasiadamente sábio”.
ü  Sabedoria em excesso – é julgar-se excessivamente mais sábio que os outros, isso leva o homem a se tornar:
·        Arrogante intelectual: Confiar no próprio entendimento (Provérbios 3:5-7).
·        A tentativa de compreender tudo e ignorar os limites humanos.
ü  As consequências da sabedoria extrema:
·        Afastamento de Deus pelo orgulho.
·        Frustração ao tentar resolver questões além do controle humano (Deuteronômio 29:29).
·        Morte espiritual, como resultado do excesso de sabedoria.
 
III. Buscando o equilíbrio.
ü  O valor do equilíbrio na Bíblia:
·        Ser moderado “Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens” (Filipenses 4:5).
·        A prática do amor, da graça e da justiça em harmonia.
ü  O Exemplo de Jesus Cristo:
·        Jesus demonstrou equilíbrio entre a justiça e a misericórdia (João 8:1-11).
·        Sabedoria sem arrogância, mas com humildade (Mateus 11:29).
ü  Devemos praticar o equilíbrio:
·        A única maneira de praticar o equilíbrio é reconhecer os seus próprios limites.
·        Reconhecer e buscar a verdadeira sabedoria que vem do alto (Tiago 1:5).
 
Conclusão:
O perigo dos extremos está na tendência humana de confiar em si, seja na justiça ou na sabedoria. Deus nos chamou para viver com humildade, moderação e dependência d’Ele. Devemos refletir se estamos vivendo de forma equilibrada ou presos aos extremos que nos afastam de Deus e das pessoas? Para que isso não aconteça, precisamos cultivar uma vida de oração para pedir a Deus equilíbrio e discernimento. Portanto, estejamos atentos ao orgulho espiritual e intelectual e tomemos como exemplo Jesus Cristo, em todas as áreas das nossas vidas.

ESBOÇO 1500 * TEMA: A GRANDE CONFISSÃO.

 

ESBOÇO 1500 *
TEMA: A GRANDE CONFISSÃO.
TEXTO: Mateus 16:16 (ARA) – "Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."
Autor: Pr. Elis Clementino.
 
INTRODUÇÃO:
Todo ser humano, em algum momento, é confrontado com a seguinte pergunta: “Quem é Jesus para você?”. No texto de Mateus 16, os discípulos estão em um momento íntimo com Jesus, numa conversa particular, eles são interrogados diretamente. A forma como responderiam essa pergunta revelaria a maturidade espiritual, comunhão com Deus e convicção da fé. Nesta mensagem, vamos refletir sobre as perguntas de Jesus, a resposta que mudou a história da Igreja e como seria a nossa resposta diante da questão! Esta é a confissão fundamental da fé cristã.
 
I. OS QUESTIONAMENTOS DE JESUS AOS DISCÍPULOS.
1. Primeira pergunta: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
ü  Jesus não queria saber de sua reputação, mas da percepção popular sobre sua identidade (Mateus 16:13).
ü  As respostas dos discípulos mostram que as opiniões humanas são limitadas e diversas:
ü  Uns diziam que Ele era João Batista, outros Elias, Jeremias ou um dos profetas (v.14).
ü  Isso mostra como a ausência de revelação gera confusão sobre a identidade de Cristo.

2. Segunda pergunta: "E vós, quem dizeis que eu sou?"
ü  Agora, Jesus quer ouvir a confissão pessoal dos discípulos, sua experiência direta.
ü  É possível estar próximo de Jesus, mas não o conhecer verdadeiramente.
ü  Pedro, impulsionado pelo Espírito, toma a frente e declara: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).
 
II. A REVELAÇÃO ESPIRITUAL DE PEDRO.
1. A resposta de Pedro não veio da carne
ü  Jesus afirma: “Não foi carne nem sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (v.17).
ü  Há verdades espirituais que só podem ser compreendidas por revelação divina (1 Coríntios 2:10).
ü  O Senhor compartilha Seus segredos com os que têm intimidade com Ele (Salmo 25:14; Amós 3:7).

2. O significado da confissão e a mudança de nome
ü  Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (v.18).
ü  “Pedro” (do grego petros) significa pequena pedra, fragmento.
ü  A “pedra” sobre a qual a Igreja é edificada é a confissão de que Jesus é o Cristo, não o próprio Pedro.
ü  Cristo é a Pedra Angular (Atos 4:11; 1 Coríntios 10:4), o verdadeiro fundamento.

3. Autoridade espiritual concedida
ü  Jesus dá a Pedro as “chaves do Reino”, símbolo de autoridade (v.19).
ü  Essa autoridade, no entanto, não faz de Pedro o dono da Igreja nem o "chaveiro do céu".
ü  A autoridade pertence à Igreja como corpo de Cristo, e a confissão é a base da salvação (Romanos 10:9-10).
 
III. A IGREJA FIRMADA NA PESSOA DE CRISTO.
1. A segurança da confissão verdadeira:
ü  Quem confessa que Jesus é o Cristo tem firmeza espiritual.
ü  Essa confissão não é carnal, mas inspirada pelo Espírito de Deus (1 Coríntios 12:3).
ü  É essa fé que sustenta o crente nos dias difíceis.

2. A vitória da Igreja:
ü  “As portas do inferno não prevalecerão contra ela” (v.18).
ü  A Igreja, fundada sobre Cristo, tem resistido aos séculos, perseguições, heresias e ataques.
ü  A durabilidade da Igreja prova que o seu alicerce é firme — Jesus Cristo.

3. A importância de declarar quem é Jesus para nós
ü  Os melhores momentos de oração são aqueles em que confessamos o que Jesus representa para nossa vida.
ü  Isso ativa nossa intimidade com Deus e nos abre à revelação do Espírito.
 
CONCLUSÃO:
A pergunta que Jesus fez aos discípulos continua ecoando até hoje: “E você, quem diz que Eu sou?”
A resposta a essa pergunta determina nossa eternidade. Pedro declarou pela revelação divina que Jesus é o Cristo. Hoje, quem tem essa mesma revelação carrega consigo a convicção da salvação e da vida eterna. A Igreja não está firmada em homens, doutrinas ou instituições, mas em Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. Essa é a grande confissão que sustenta a fé cristã.

ESBOÇO 1499 * ASSUNTO: A EFICÁCIA DO EVANGELHO DE CRISTO.

 

ESBOÇO 1499 *
ASSUNTO: A EFICÁCIA DO EVANGELHO DE CRISTO.
TEXTO: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação a todo aquele que crer; primeiro ao judeu, e também ao grego. ROMANO 1:16.
Autor: Pr. Elis Clementino.
 
Introdução:
Vivemos numa época em que muitos falam em nome de Cristo, mas poucos anunciam, de fato, o evangelho de Cristo. Em meio a tantos púlpitos modernos repletos de técnicas de autoajuda, frases de efeito e mensagens voltadas para o bem-estar momentâneo, é urgente relembrar e proclamar com ousadia a verdade que jamais mudou: o evangelho de Jesus Cristo é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
 
Paulo, o apóstolo, declara sem hesitar: “Não me envergonho do evangelho de Cristo” (Romanos 1:16). Essa declaração não é apenas uma frase bonita; ela é uma convicção nascida da experiência, de alguém que conheceu o poder transformador do evangelho na própria vida. Paulo sabia o que era viver sob a religião sem Cristo, sabia o que era estar cego mesmo sendo zeloso da lei, até ser alcançado pela graça irresistível de Deus.
 
Hoje, o mesmo evangelho que tirou Paulo das trevas do fanatismo e o transportou para a luz da verdade continua agindo com poder. O problema não está no evangelho, mas na forma como ele tem sido apresentado. Muitos querem um evangelho sem cruz, uma fé sem renúncia, uma graça sem arrependimento, um Cristo sem senhorio. Por isso, precisamos urgentemente resgatar e proclamar o evangelho genuíno — o evangelho que salva, transforma, liberta e santifica.
 
O evangelho puro e simples não massageia o ego humano, mas confronta o pecado e conduz à vida eterna. Este é o evangelho que Paulo pregou.  Este é o evangelho que a igreja primitiva viveu. Este é o evangelho que ainda hoje salva pecadores. É sobre a eficácia desse evangelho eterno e poderoso que vamos refletir nesta mensagem.
 
I. Qual é o propósito do evangelho?
O evangelho é o meio pelo qual se produz em nossos corações uma condição que satisfaça a vontade de Deus e nos aproxime dele. Evangelho significa “Boa nova”, algo novo trazido por Deus para a humanidade por intermédio de Jesus Cristo. O evangelho é a arca pela qual alcançamos a salvação das nossas almas.
 
Os quatro evangelhos narram a história de Jesus Cristo, eles foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João. Todos eles destacaram os grandes milagres e ensinamentos que apontavam para o plano divino para a humanidade, com o desfecho final na cruz no Calvário. O objetivo do evangelho não é oferecer ao pecador vantagens terrenas como riqueza ou outros bens materiais, porque nada adianta ganhar tudo aqui e perder a eternidade (Marcos 8:36-37; Mateus 16:26; Salmo 49:16-17).
 
O resgate de uma alma não tem preço (Salmo 49:8). Paulo classificou o evangelho de Jesus Cristo como o poder de Deus e salvação para todo aquele que nele crer (Romanos 1:16). O evangelho é para todos (Mateus 11:5; Lucas 7:22). Ele não é meio de vida, e sim uma vida completa para Deus, por intermédio do seu amor.
 
II. O amor divino.
O amor de Deus é a causa do evangelho, foi a maior revelação de Deus para a humanidade (João 3:16; 15:13). Ninguém arriscaria dar o seu único filho para morrer por um pecador, como fez Deus (Romanos 5:7-8; 8:32).
 
III. Frutos do evangelho.
1.      Salvação “é um dos conceitos espirituais mais importantes no cristianismo”. A salvação é pela fé e provada pelas obras (Efésios 2:8; Tiago 2:18,20,24).
1.2.  Mudanças.
a.      Arrependimento é retroceder, é a compunção ou contrição, o que não é remorso.
b.      Perdão divino.
c.       Novo nascimento é renascer, uma nova vida com Cristo (2 Coríntios 5:17).
d.      Reconciliação com Deus.
e.      Conversão é um processo e uma decisão de mudança.
f.       Regeneração, restauração, reorganizar, ela acontece mediante a palavra de Deus.
g.      Justificação, o homem é justificado por Deus através dos processos anteriores (Atos 13:39; Romanos 5:1; Efésios 2:9), portanto é bom considerar o que disse Tiago (Tiago 2:18,20,24). O testemunho é a confirmação da fé, se tens fé, mostre através das tuas obras.
 
IV. A conduta por meio do evangelho.
Cada crente deve andar conforme o evangelho (Filipenses 1:27; 3:16-20). O evangelho nos permite andar pelo espírito e não pela carne (Gálatas 5:16-26). Não existe comunhão entre o crente e o mundo, ou seja, não podemos nos submeter a um jugo desigual (2 Coríntios 6:14-15). Não podemos andar segundo o mundo (Romanos 12:2). O evangelho não nos isenta de pecar, pois pecamos em três esferas: por pensamento, por palavras e por obras; se dissermos que não temos pecados, mentimos e a verdade não está em nós (I João 1:8), mas quando pecamos, a única coisa que devemos fazer é recorrer ao nosso advogado, Jesus Cristo (I João 2:1).
 
V. O evangelho das facilidades.
O evangelho das facilidades causa muitos problemas, não somente para a igreja, mas também para aqueles em que houve essas pregações, esse evangelho que oferece tudo e, em contrapartida, de nós nada é cobrado ou entregue por ele. Esse não é o evangelho da renúncia. Muitos cristãos e pregadores perderam o sentido do verdadeiro evangelho, alguns púlpitos estão cheios de enganadores pregando o evangelho do Senhor, utilizando mensagens de efeito, ou seja, trabalhando o psicológico das pessoas. Vejam bem o que Paulo diz sobre o caráter da pregação (I Coríntios 2:2-5).
 
Conclusão:
O evangelho de Cristo não precisa ser modernizado, maquiado ou adaptado para agradar os ouvidos desta geração. Ele é, por si só, o poder de Deus. Ele não depende da eloquência do pregador, nem de efeitos emocionais — porque é a Palavra viva de Deus que confronta, transforma e salva.
 
Infelizmente, muitos hoje trocaram o evangelho da cruz pelo evangelho do conforto. Trocaram a verdade que liberta por discursos que agradam. Mas o evangelho verdadeiro sempre exigirá renúncia, arrependimento e fé.
 
Paulo não se envergonhou do evangelho — e nós também não devemos nos envergonhar. Porque ele sabia que esse evangelho tira o pecador do lamaçal do pecado e o coloca em pé, como nova criatura diante de Deus.
 
Se há algo que esta geração precisa ouvir, não são mensagens de autoajuda, mas a mensagem da cruz. Se há algo que os pecadores precisam conhecer, não é uma religião disfarçada de espiritualidade, mas o evangelho de Jesus Cristo, que cura, que liberta e que salva.
 
Voltemos ao evangelho simples. Voltemos à mensagem da cruz. Voltemos ao poder de Deus.
E que, como Paulo, possamos declarar com coragem, fé e convicção:
 
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1:16).

ESBOÇO 1498 * SERMÃO: ESVAZIAMENTO: A CHAVE DA PLENITUDE ESPIRITUAL.

 

ESBOÇO 1498 *
SERMÃO: ESVAZIAMENTO: A CHAVE DA PLENITUDE ESPIRITUAL.
Texto-chave: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” (Filipenses 2:7).
Autor: Pr. Elis Clementino.
 
Introdução:
Certa vez, ouvi a história de um copo cheio de água suja. O dono queria enchê-lo de água limpa, mas, enquanto o copo permanecesse cheio daquela sujeira, não havia espaço para nada puro entrar. Assim também é a nossa vida diante de Deus. Muitas vezes estamos tão cheios de nós mesmos, de orgulho, de preocupações, de pecados e de autossuficiência, que não sobra espaço para que o Espírito Santo nos encha. Jesus Cristo nos deu o maior exemplo: Ele, sendo Deus, esvaziou-se de Sua glória, assumindo a forma de servo, para que nós tivéssemos vida. O caminho da verdadeira vida espiritual começa pelo esvaziamento de si mesmo.
 
1. O Exemplo Supremo do Esvaziamento:
Cristo Filipenses 2:7:
ü  Jesus, o Filho eterno de Deus, abriu mão da glória para se tornar homem.
ü  Ele não buscou privilégios, mas veio em humildade.
ü  O Seu esvaziamento foi voluntário, em obediência ao Pai.
Aplicação: Se até Cristo se esvaziou, quem somos nós para viver cheios de orgulho, vaidade e soberba? A vida cristã começa quando reconhecemos que não é sobre nós, é sobre Ele.
 
2. A Necessidade do Esvaziamento na Vida Cristã.
Mateus 16:24 – “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo...” João 15:5 – “Sem mim nada podeis fazer.”
ü  Esvaziar-se é negar-se a si mesmo, renunciar ao “eu” que deseja o controle.
ü  Significa reconhecer nossa dependência total de Deus.
ü  Aquele que não se esvazia, não pode ser cheio do Espírito Santo.
Aplicação: Muitos não experimentam a plenitude de Deus porque ainda estão cheios de si mesmos, cheios de ansiedade, de orgulho, de desejos carnais. Só quando nos rendemos, Ele nos enche.
 
3. O Caminho do Esvaziamento: Humildade e Quebrantamento.
Tiago 4:6 – “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.”
Salmo 51:17 – “O coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.”
ü  Esvaziar-se é colocar-se diante de Deus com coração contrito.
ü  É admitir fraquezas, confessar pecados, abrir mão da vaidade.
ü  Deus não enche vasos orgulhosos, mas corações quebrantados.
Aplicação: Você quer ser cheio da graça de Deus? Então, curve-se, confesse, reconheça suas limitações e peça para que Ele o molde.
 
4. O Resultado do Esvaziamento: Uma Vida Cheia de Cristo.
Gálatas 2:20 – “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”
Romanos 6:6 – “O nosso velho homem foi crucificado com Ele...”
ü  Quando nos esvaziamos, Cristo passa a ocupar o centro da nossa vida.
ü  A carne perde força, e o Espírito assume o controle.
ü  O resultado é vida abundante, vitória sobre o pecado e comunhão com Deus.
Aplicação: Esvaziar-se dói, porque exige renúncia. Mas o resultado é glorioso: uma vida que reflete Jesus Cristo.
 
Conclusão:
Entretanto, assim como o copo precisa ser esvaziado da água suja para ser cheio de água limpa, nós precisamos ser esvaziados do “eu” para sermos cheios de Cristo.
ü  Jesus é o maior exemplo.
ü  O discipulado exige renúncia.
ü  O coração contrito é o altar que Deus aceita.
ü  O resultado é uma vida cheia da presença e do poder do Senhor.
Hoje o Senhor nos convida a um ato de entrega. Talvez você ainda esteja cheio de si mesmo, preso ao orgulho, à autossuficiência ou ao pecado. Mas se você se esvaziar diante de Deus, Ele promete enchê-lo com Sua graça, Seu Espírito e Seu poder. Após a mensagem, faça um convite a todos, para que entreguem seus corações, dizendo: “Senhor, eu me esvazio de mim mesmo, para que Tu me enchas de Ti.”

 

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