TEMA: O JULGAMENTO DIVINO

ESBOÇO 355

TEMA: O JULGAMENTO DIVINO

“Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço”. (Ez 18.30)

As nossas atitudes e ações, na maioria das vezes são avaliadas e julgadas pelos nossos semelhantes. Deus sempre teve interesse de ver o bem estar do seu povo, mas para isso é necessário que o ser humano guarde os seus mandamentos (Dt 28.1-14). As maldições são frutos da desobediência do homem ao seu criador, Deus não julga ninguém pela aparência, mas segundo os caminhos. Discorreremos nesse mote sobre o julgamento divino e as suas exigências.

1. Julgamento humano e divino

O ser humano faz julgamento de acordo com as atitudes, postura, entre outros, Deus não olha simplesmente para a postura exterior, ele não vê como o homem vê, mas vai muito além, o coração e as imaginações (Jr 17.10; I Sm 16.7; I Cr 28.9; 29.17), por isso o julgamento de Deus é perfeito. Israel ante o iminente castigo deveria voltar-se para Deus cumprindo as suas exigências (Ez 18.30b). Jamais devemos pensar que Deus não seja bom e nem misericordioso, ele não é tentado e a ninguém tenta (Tg 1.13), ele não usa de maldade com ninguém, qualquer punição divina em relação ao homem é puro ato de justiça. “Justiça e juízo são as bases do teu trono; misericórdia e verdade vão diante do seu rosto” (Sl 89.14), com justiça Deus através do seu filho há de julgar o mundo (At 17.31)

2. As exigências divinas

Deus estava exigindo de Israel, conversão, desviar-se das iniqüidades, lançarem fora a idolatria, criar um coração novo e um espírito púbere.

2.1. Convertei-vos, somente uma conversão verdadeira era aceita por Deus, pois Ele não aceita meio termo, Israel achava que os caminhos de Deus não eram perfeitos (Ez 18.29) a perversão estava arraigada nos corações deles e não podiam ver os retos caminhos do Senhor, realmente não é isso que acontece em nossos dias? Quantos crentes perverteram totalmente os seus caminhos e acusam até a própria igreja do Senhor de erros? Quando o homem está na prática do pecado todos estão errados, somente ele está certo, Israel estava nessa situação. Deus disse para eles, vocês é que estão errados, os vossos caminhos são tortuosos e não os meus (Ez 18.29b).

2.2. Desviei-vos de tudo aquilo que compromete a nossa comunhão com Deus. As transgressões são abomináveis aos olhos de Deus, e as de Israel era grande (Ez 18.30).

Israel estava como um leão enjaulado e uma videira arruinada (Ez 19). Devemos nos desviar de todo caminho mal.

2.3. Lançar fora todas as iniqüidades e purificar-se, a santidade é um atributo moral de Deus, ele exige que todo o seu povo seja santo (Ez 20.7, 8). Israel persistia em continuar na prática do pecado, não há nada pior que a ingratidão. Deus deu a Ezequiel a tarefa de denunciar a rebelde casa de Israel e predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um grupo ainda maior de seus habitantes, seis anos após, as palavras de Ezequiel foram cumpridas, Deus oferece oportunidades a todos se arrependerem das suas iniqüidades antes de entrar com juízo, mas se o homem não se arrepender certamente ele executará juízo (Ez 20.35)

2.4. Criar um coração novo, Deus exige mudança, deixar o velho e buscar um novo, novo começo, nova vida, nova comunhão. (Deus age de acordo com as circunstâncias). Quando o ser humano se arrepende o Senhor desvia a sua ira (Jr 18.8; 26.3; Ez 18.21; Jn 3.10).

2.5. Renovar um espírito reto, tudo que se renova passa a ter vida, principalmente quando se trata de uma mudança do interior para o exterior. Davi, no (Sl 51.10) expressa essa verdade espiritual através de um profundo arrependimento.

3. O julgamento

Na Bíblia Deus é visto como juiz, ele pronunciou juízos, nos tempos antigos, contra Israel e também contra as nações. No fim desta era, Ele continuará sendo o justo juiz, só que o juízo será realizado através do seu filho, pois “o pai a ninguém julga, mas deu ao seu filho todo juízo” para que todos honrem o filho. (Jo 5:22,23; 2Tim 4:8). Todos os ímpios mortos serão ressuscitados para enfrentarem o juízo final independentemente de classe, cor, etnia, se grande ou pequeno (Isa 26:19-21; Dn 12:2; Mt 25.46; João 5: 28,29; Ap 20:11-15).

Necessitamos compreender a diferença entre julgamento divino e humano, sem, contudo esquecer as suas reais implicações, tanto no âmbito humano quanto no espiritual. Deus é bom, porém é justiça, e a sua justiça não depende de concepção humana, mas viabiliza o melhor para o cristão. Devemos ter muito cuidado para não pensarmos que estamos aprovados, estando já reprovado por Deus. Todos os inimigos de Deus serão destruídos (2 Ts 2.9; AP 20.10, 12 a15; 21.8). Todos nós temos oportunidade de ser perdoados por Deus (I Jo 2.1).

Pr. Elis Clementino – Itapissuma - PE

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