TEMA: APTIDÃO PARA UMA VERDADEIRA ADORAÇÃO

ESBOÇO 366
TEMA: APTIDÃO PARA UMA VERDADEIRA ADORAÇÃO

SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração;” (Sl 15.1,2)

O salmo 15 simplesmente atribuído a Davi é caracterizado didático, pois ele nos fornece instruções espirituais concernentes à verdadeira adoração ao Senhor. Discorreremos neste esboço sobre o contexto histórico, as qualificações morais do adorador, rejeição e a aceitação da adoração.

I. Contexto histórico
Provavelmente esse salmo foi preparado para ser usado no templo como peça da liturgia dos hebreus, mas nem todos os hebreus sabiam distinguir as leis, pois todas as espécies de leis, tanto as morais quanto as cerimoniais, resguardavam a pureza da adoração. A questão seria a entrada ao tabernáculo para participação dos ritos e cerimônias ou do ministério de música. O salmo delimita o caráter do verdadeiro adorador.

II. A importância do tabernáculo
a) Casa de Deus 2 Cr 7:11-16
- Santuário, lugar onde se guardava a arca do Senhor e de meditação espiritual;
- Casa de sacrifício, ofertas e dízimos ao Senhor (2 Cr 7:7; Mc 3:10);
- Lugar escolhido por Deus (2 Cr 7:16; I Rs 9:3; 2 Cr 6:6);
- Lugar de habitação revelação divina;
- Casa de oração (Mc 11:17; Lc 19:46; Jo 2:16).

III. As qualificações morais do adorador
Para se chegar ao tabernáculo, necessariamente os hebreus deveriam conhecer as leis cerimoniais, mas vale salientar que nem todo individuo aproximando-se do tabernáculo tinha o direito de entrar e participar, mas somente aqueles que tivessem condições espirituais. O salmo 15 postula dez princípios fundamentais:

1. Integridade;
2. Pratica a justiça;
3. Não difamar;
4. Não fazer mal ao próximo;
5. Não lançar injúria contra o seu vizinho;
6. Tem por desprezível ao réprobo;
7. Honrar aos que temem ao Senhor;
8. O que jura com dano próprio, e não se retrata;
9. O que empresta o seu dinheiro com usura;
10. Não aceita suborno contra o inocente.

IV. Rejeição da adoração
Não será aceito por Deus qualquer tipo de adoração (Mc 7.6,7; Is 29.13). A hipocrisia é um elemento que está presente nos falsos religiosos e os hipócritas ficarão fora do reino de Deus (Mt 7.21). A aparência externa de justiça era bem visível na vida deles (Mt 23.25-28), assim como o formalismo, entretanto somos advertidos pelas escrituras a não entrarmos por esses caminhos (Is 1.13; Mt 23.23; Gl 4.10,11; 2.20; 2 Tm 3.5). Em nossos dias a irreverência tem sido a causa de entrarmos e sairmos dos cultos vazios, no entanto devemos mudar essa atitude tão destrutiva da nossa adoração.

V. Aceitação da adoração
A adoração só será aceita por Deus se for em espírito e em verdade (Jo 4.23,24), para isso devemos reconhecer o valor da adoração e estar motivados espiritualmente. Quando Deus aceita a adoração há uma moção de alegria através do Espírito Santo que nos causa bem estar espiritual, o louvor, a meditação e as orações fazem parte da vida do verdadeiro adorador.

Considerações finais
Amados, devemos ter um coração desprendido, voltado para uma verdadeira adoração, pois nada pode tirar de nós o espírito de adorador. O nosso culto deve ser racional de forma que venhamos abolir todo tipo de irreverência (Ec 5.1). Devemos sempre oferecer a Deus os nossos corpos em sacrifício vivo e agradável (Rm 12.1).

Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE/Brasil

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