ESBOÇO 477
TEMA: VALORIZANDO A
HERANÇA PARA PRESERVAR OS GANHOS
“Porém Nabote disse
a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu te dê a herança dos meus pais.” I Rs 21.3
Os bens que conquistamos na vida
devem ser conservados: herança, propriedade, etc. Quando valorizamos, sempre
procuramos preservá-los. Tomemos como exemplo Nabote, possuidor de uma vinha
deixada como herança pelos pais. Exporemos que no sentido espiritual acontece o
mesmo, há duas prioridades para os valores que possuímos: guardar e preservar.
A invídia
A
cobiça pode levar pessoas a desejarem os bens alheios, esse desejo ardente de
possuir aquilo que não é seu, muitas vezes termina em alguns dramas. Isso
sempre foi muito comum no passado, e na atualidade não é diferente. A ambição
de Acabe pela vinha de Nabote resultou em desgraça. O homem que valoriza o que tem,
luta para mantê-los. A herança de Nabote era inegociável (I Rs 21.3); em
contrapartida há outros que não valorizam, ou seja, não dão muita importância ao
que têm, e quando perdem não buscam recuperá-los (Gn 28.25-34). Existem bens
estimáveis e ainda mais respeitáveis e inegociáveis. Podemos perder os bens
materiais, porém os atributos morais e espirituais jamais (I Sm 12.1-5). Este é
o maior patrimônio que o ser humano possui.
Sentimento de perda
Ninguém
deseja perder algo de valor na vida, pois o sentimento de perda deixa o indivíduo
totalmente abatido e frustrado, isso pode deixar sequelas à vida inteira. Muitas
vezes a pessoa se sente impotente e indisposta para reiniciar a luta por novas
conquistas, é um trauma que pode desencadear outros acontecimentos, dependendo
de como o indivíduo encara as circunstâncias.
O que fazer quando
perdemos algo importante?
A
perda de algo importante desperta em nós o desejo de valorizarmos ainda mais o
que temos, mesmo sabendo que, se perdermos algo de valor agora poderemos reaver
posteriormente, quem sabe, até mais admiráveis, mas é preciso observar algumas
questões:
(1)
Manter o controle sobre o sentimento de perda, pois uma maneira de reaver,
precipitada, poderá aumentar ainda mais a sua dor;
(2)
Não permitir que a tristeza, a indisposição e o conformismo tomem conta de
você, pois eles lhe manterão com um profundo sentimento de derrota;
(3)
Acreditar no seu potencial. Nem todo perdedor é definitivamente um derrotado. Persistir
na busca dos valores perdidos é imprescindível (Lc 15.8,9);
(4)
Depositar a sua confiança, sobretudo, em Deus. Ele, na sua multiforme maneira
pode realizar em nós aquilo que lhe apraz e recuperar tudo aquilo que nós perdemos
(Jó 42.10-12).
Resultado da busca
Todos
os esforços que praticamos para reencontrar os valores perdidos não são vãos,
basta meditar na maneira de como a dracma perdida foi encontrada: a mulher foi
estrategista, acendeu a candeia e varreu a casa diligentemente até encontrá-la;
depois de encontrá-la fez questão de mostrar aos seus vizinhos a moeda achada
(Lc 15.8,9).
Os valores que possuímos, por
mais desejados que sejam por alguém, não podem ser arrancados de nós. A vinha
de Nabote era uma herança intransferível. Para ele não era o valor monetário,
mas o valor sentimental. Os invejosos tentam arrancar de nós aquilo que temos
de mais precioso, e nada pior do que o sentimento de perda; mesmo assim, se você
vier a perder algo de grande importância não se desespere, tente reavê-lo. Faça
como a mulher que foi em busca da dracma, reacenda o seu candelabro, use a
estratégia, mas faça isso também no sentido espiritual. Repare alguns valores
deixados para trás, e, com certeza você terá a alegria de tê-lo de volta,
porque Deus é poderoso para lhe conservar em vida e restaurar-lhe a alegria.
Pr. Elis Clementino
- Itapissuma
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