ESBOÇO 486
TEMA:
O OBREIRO DIÓTREFES
“Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura
entre eles a primazia, não nos recebe...”. 3 João 9-11.
A fragilidade humana pode
levar o indivíduo a um comportamento que comprometa a si e as outras pessoas. Isso
tem acontecido naturalmente desde o primeiro homem; atualmente não é diferente,
continuam agindo da mesma maneira, principalmente no meio cristão, onde também
existem pessoas de toda natureza: ambiciosas, egoístas e desobedientes etc. A
Bíblia relata histórias de pessoas com essas qualidades; no entanto, é através
das suas atitudes que extraímos lições para o nosso cotidiano. Tomaremos como
exemplo o comportamento do obreiro Diótrefes.
Quem
era Diótrefes?
Um ambicioso obreiro, cujo
nome significava “alimentado por Júpter” ou Zeus. Estes eram deuses da
mitologia greco-romana, Diótrefes era cheio de superstições pagãs, e ambicioso
por glórias humanas. Ele cresceu orgulhoso, arrogante e cheio de prepotência;
incapaz de respeitar as autoridades, principalmente as da igreja na época. Foi
atraído pelo cristianismo e professou a sua fé em Cristo, e tornou-se membro da
igreja local; ele passou a ter uma grande influência na cidade até chegar a ser
ordenado a Ministro do Evangelho. Elevou-se entre as lideranças da igreja, mas
havia algo que estava guardado no seu coração, o ciúme doentio ao ver a
influência do apóstolo João como líder da Igreja.
Todo indivíduo ciumento adora exercer a primazia. Diótrefes
sempre procurava ter entre eles o primado, estar em destaque; esse era o seu
prazer e jamais pusera em prática os ensinamentos de Jesus (Mc 10.44). Além do
mais ele não estava disposto a sofrer pela Igreja, mas se ufanava através dos
trabalhos fundados pelo outros. Demonstrava defender a justiça social, e com
isso ele promovia a justiça própria e não a divina.
Servia
a si mesma
As pessoas com características de Diótrefes sempre buscam
aquilo que é do seu interesse e da sua família. Esse obreiro também fingia que
estava a serviço de todos, e arquitetava a tomada do poder para sustentar a sua
primazia; para isso ele tinha habilidade, influenciava as pessoas com a
finalidade de alcançar a supremacia. Ele usava a demagogia que se usa nos dias
de hoje, só pensava em si, cuidava dos seus próprios interesses. Diótrefes era o
tipo de obreiro que não comparecia às reuniões que tivessem à frente outra
liderança; e quando estava presente, tratava com descaso quem estivesse
liderando a reunião, como também os trabalhos organizados pelos outros colegas.
Ele desestimulava quaisquer pessoas que estivessem interessadas em ajudar no
desenvolvimento da Igreja e do evangelho. O que ele mais gostava era de ser
louvado; se fosse hoje, seria estar em destaque na mídia: na televisão,
jornais, nas redes sociais, ou seja, nos meios de comunicações sendo aplaudido
por todos. Entretanto, o egoísmo estava arraigado no seu coração, e pessoas
assim não se contentam com nada.
O
desprezo a João
Obreiro egoísta despreza
os colegas, subestima, contrariando todo o princípio cristão. Diótrefes nem sequer
considerava João, mesmo sabendo que ele havia sido discípulo do Senhor, embora
os demais membros da Igreja tivessem uma grande consideração a João como “pai
espiritual”. Com Diótrefes não era assim, principalmente quando o ouvia pregar;
enquanto João pregava, ele resmungava, era um procedimento maligno, não
aceitava os enviados por ele, muito menos o convidava para pregar, nem ao menos
para visitar a igreja. Mas a admirável coragem de João não retrocedia e nem se
intimidava com as atitudes de Diótrefes. João era obreiro de verdade e tinha
convicção de sua chamada.
Devemos ter muito cuidado
para não agirmos da mesma maneira que esse mal obreiro “Diótrefes”. Considere
os homens de Deus, deixe de lado toda arrogância e exaltação, prefira o caminho
da humildade; entenda o que disse o apóstolo Paulo: - “cada um considere o seu irmão superior a si mesmo” (Fp 2.3),
principalmente o ministro, ele tem a responsabilidade dada por Deus para ser
exemplo e cuidar do rebanho. O obreiro Diótrefes era um dominador e brigão, ele
não reconhecia a legitimidade de João como apóstolo de Cristo, pois ele queria
ter a primazia de apóstolo no lugar de
João; em compensação havia na igreja dois obreiros elogiados por João por terem
comportamentos excelentes: Gaio e Demétrio. Estes receberam elogios de João.
Queridos obreiros, o nosso bom exemplo deve contagiar os mais novos.
“Amado, não
sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz mal não tem
visto a Deus”.
“Guardai-vos dos maus obreiros” Fp 3.2
(MINISTRADO NA 10ª E.B.O EM ITAPISSUMA –PE)
Pr. Elis Clementino
– Itapissuma - PE
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