OBREIRO CRISTÃO; FRUTO DE UMA ESCOLHA DIVINA

ESBOÇO 494
TEMA: OBREIRO CRISTÃO; FRUTO DE UMA ESCOLHA DIVINA
Não escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei...,” (Jo 15.16).

Os propósitos de Deus para um homem pode ter iniciado ainda no ventre da sua mãe, não é regra, mas é uma escolha de Deus, não sabemos como esse desejo de Deus se processa até se consolidar (Ec 11.5). Deus não escolhe como o homem, ele contraria todas as expectativas humanas, Moisés julgou-se incapaz; (Ex 3.10); Gideão pertencia ao clã mais fraco de Manasses e era o menor da casa do seu pai (Jz 6.15); Saul reconhecia a sua incapacidade (I Sm 9.21); Davi era o menor dos seus irmãos (I Sm 16.1); Isaias incapaz de ver a glória de Deus (Is 6.5); Jeremias disse sou como uma criança (Jr 1.6); Paulo se intitulou o menor dos apóstolos (I Co 15.9). As escolhas são inquestionáveis, tem finalidade, o escolhido tem compromisso e os sofrimentos desses escolhidos.

Escolhas inquestionáveis
Jamais devemos interpelar a Deus pelas escolhas que faz, ele conhece a capacidade de cada um (Mt 25.15), ele tem a pessoa certa para o momento e lugar certo, porque indagar a Deus dizendo: o que fazes? O Senhor é o oleiro (Rm 9.20,21). A escolha de Deus contraria a mentalidade humana, ele escolhe coisas simples, inermes, desprezíveis, as que não são "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele" (I Co 1.17-29).

Escolhidos com finalidades
Deus não nomeia para promover o orgulho humano, por isso ele escolhe as coisas fracas para que o homem não se glorie em si (2 Co 4,7), se tiver de se gloriar nalguma coisa, glorie-se nele “Deus” (I Co 1.31), porque não temos capacidade alguma para nos gloriar (2 Co 3.5). Somos vasos enriquecidos pelo tesouro “Cristo” para poder sermos usados por Deus. Não devemos esquecer que a loucura de Deus é mais sabia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens (I Co 1.25). Jamais se considere altamente competente para atender o chamado de Deus, pois não é dos que correm e de quem quer, mas de quem o Senhor se compadece (Rm 9.16). “Você foi escolhido para dar fruto”

Não escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça...,” (Jo 15.16).

Os escolhidos têm compromissos
O homem que é chamado por Deus para o seu Santo Ministério não deve está apenas envolvido com ele, mas totalmente comprometido em quaisquer circunstâncias, sobretudo valorizando a chamada, não levando em conta o tipo de serviço executado para Deus. Na mente humana as funções de destaque são as mais desejadas, mas sobre isso Paulo escreveu dizendo que quem deseja o episcopado excelente obra deseja (I Tm 3.1), esse desejo não deve ser excessivo, doentio e desmedido, muitos não querem trabalhar, mas usufruir dos frutos dos trabalhos dos outros, mas devemos plantar com muito trabalho e afinco, sem olhar o tipo de tarefa. Na saída do povo de Deus do Egito, José fez recomendações a respeito do transporte dos seus ossos (Gn 50.24,25), esse era um dos serviços mais pesado e penoso, não para os israelitas, mas para nós hoje, conduzir esses ossos voluntariamente seria motivo de recusa, sendo difícil encontrar pessoas que quisessem fazê-lo, mas era tão necessário como qualquer outro ofício. O apóstolo Paulo mesmo sabendo que haveria de enfrentar dificuldades, desejava cumprir à carreira que lhe estava proposta (At 20.24). Talvez para ele carregar os ossos de José seria o mínimo, o pior seria enfrentar os vitupérios e os sofrimentos causados pela obra de Deus.

Os sofrimentos dos escolhidos na obra
Há de se observar nas escrituras que muitos dos nossos pais e heróis da fé, suportaram os maiores vitupérios e até mortes, homens dos quais o mundo não era digno, errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hb 11.33-37), entretanto o apóstolo Pedro nos trás uma palavra consoladora dizendo: “Se pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus (I Pe 4.14). Os sofrimentos fazem parte do contexto ministerial, é impossível desvincular da obra de Deus as consternações, temos que aprender a conviver sem retroceder “porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas”. “O qual quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente (I Pe 2.21,22).

            Necessitamos de fortalecer os nossos alicerces, principalmente numa época em que se deslumbram as perseguições que até pouco tempo eram veladas, para suportarmos os sofrimentos como um bom soldado de Cristo (2 Tm 2.3), na esperança de alcançarmos a vitória final, como expressa Paulo na sua confiança “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quanto amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8).

"Sem corr"
Pr. Elis Clementino – Itapissuma - PE



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