COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS

ESBOÇO 502
TEMA: COMUNHÃO ENTRE IRMÃOS
“Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos de misericórdia, completai a minha alegria, de modo que pensei a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento”. (Fp 2.1,2)

A comunhão entre pessoas está ficando cada vez mais escassa, ela é ressaltada nas sagradas escrituras como um meio para que os indivíduos de uma sociedade possam viver bem. Não faz muito tempo que as pessoas tinham um relacionamento mais próximo entre visinhos, parentes e amigos, nas calçadas das casas aconteciam às belas prosas entre eles, brincavam, riam e tudo acontecia naturalmente, era o normal em uma sociedade. Mas com o passar do tempo parece-nos que o individualismo foi isolando as pessoas uma das outras. Atualmente a coisa se agravou com o aumento do isolamento cibernético, onde as pessoas se isolam no mundo da internet deixando de lado o contato mais pessoal com amigos e até a própria família, porém, temos que nos conscientizar que esse avanço tecnológico traz seus benefícios e malefícios. Ou falamos isso hoje ou então conformadamente arcaremos com prejuízos que refletirão na família e consequentemente na sociedade. A comunhão não se limita somente a vida religiosa, mas nos relacionamentos e compartilhamentos.

Significado de comunhão
De maneira resumida é a associação com uma pessoa envolvendo amizade, incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e vivências e a comunhão dos fiéis, união no mesmo estado de espírito: estar em comunhão de idéias com outrem.

Comunhão, relação de respeito
Ela não se refere somente à comunhão de fé, mas também em um estado de espírito, em comunhão de ideias em uma “comunidade, congregação, irmandade e sociedade” havendo respeito entre indivíduos (I Co 1.10). Outros tipos de comunhão como: Direito, comunhão de bens, ou seja, a participação dos cônjuges no patrimônio do casal. Comunhão é muito mais do que um aperto de mão ou um abraço, é um relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns.

A comunhão dos apóstolos
A igreja cristã primitiva, ela desenvolveu o seu potencial através da unidade, onde há comunhão o individualismo não prevalece. A comunhão dos apóstolos resultou no fortalecimento e suprimento da igreja, no entanto essa prática de compartilhamento era natural entre os cristãos (At 2.42; 4.32-34), já no primeiro século com o crescimento da igreja os problemas de relacionamentos foram aumentando trazendo sérias dificuldades para a obra, enquanto a comunhão une, a desarmonia causa contenda e divisão, e quando isso acontece não há espaço para a graça de Deus, dificultando a pregação do evangelho e a permanência dos novos convertidos na igreja (I Co 3.3; 12.13). Essa comunhão nos dias de hoje não deve ser diferente.

A comunhão do crente com Cristo
Quando o indivíduo se dispõe a seguir a Cristo, e ingressando na igreja ele passa a ser um membro dela, a igreja é chamada de “o corpo de Cristo”, sendo ele próprio cabeça desse corpo, os membros dela devem ser saudáveis, pois assim sendo esse corpo cresce, ele descreve também a comunhão dos cristãos usando a analogia do corpo humano da seguinte forma: (1) os membros são diversos (I Co 12.12,13); (2) há harmonia no funcionamento dos mesmos (I Co 12.13,14); (3) A dependência mútua era necessária (I Co 12.21-26); (4) a diversidade dos membros leva-os a fazerem a vontade de Deus (Rm 12. 27-31) Paulo compara com a construção de um edifício (Ef 2.21),

A comunhão entre os irmãos
A comunhão entre irmãos nos leva a participar dos sentimentos, não visualizando propriamente o que é nosso, mas também para o que dos outros, assim como Cristo (Fp 2.4,5). Estamos sentindo a dor do nosso irmão? Estamos chorando com ele? Estamos intercedendo por ele? (Rm 12.15,16). O amor entre irmãos é uma prioridade porque é mandamento do Senhor (I Jo 1.10;2.9-11), não é um amor aparente para se aproveitar de alguma coisa em beneficio próprio, “é o amor Ágape” somos um corpo e todos os nossos membros compartilham uns com os outros, exceto quando alguns estão doentes.

A comunhão entre irmãos é essencial e proveitosa tanto para o crente, quanto a comunidade cristã, pois ela foi quem levou a igreja ao crescimento, foi nessa relação respeitosa que conviveram os apóstolos da igreja do primeiro século (At 2.42,43). Os cristãos devem viver em harmonia, esse não era somente o desejo do salmista (Sl 133.1), mas também de Paulo apóstolo do Senhor.


Pr. Elis Clementino

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