O SENTIMENTO DE DERROTA

ESBOÇO 501
TEMA: O SENTIMENTO DE DERROTA
“E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que os meus pais”  I Rs 19.4.

Qualquer indivíduo está sujeito a enfrentar momentos tão difíceis que parecem não serem superados, infelizmente nessa ocasião nasce o pressentimento de derrota, impossibilitando-o ver um desfecho feliz. Esses episódios podem deixar a pessoa totalmente estressada e consequentemente depressiva a ponto de levá-las a desejar a morte. Alguns homens de Deus viveram circunstâncias semelhantes.

Elias, um profeta frustrado
Há momentos que parecem estarmos sós, principalmente quando os projetos estão indo de água a baixo, quando tudo anteriormente dava certo, depois tudo começa a retrogradar, é nessa ocasião que o desespero toma conta e começamos a ver que não há mais saída. Dessa forma, muitas pessoas não suportam e aniquilam as suas próprias vidas. A situação de Elias é bastante privilegiada por ser um profeta de Deus, mas não importa, seja servo de Deus ou não, todos estão sujeitos a enfrentarem problemas. O que mais lhe frustrou foi saber que era servo de Deus e chegar à situação que chegou “ao fundo do poço”, como se diz, quando as pessoas se sentem prejudicadas por alguma coisa considerável e sem saída. “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que os meus pais” I Rs 19.4.

Moisés, e o sentimento de impotência
Durante a condução do povo no deserto e a responsabilidade que pesava diante dos seus ombros Moisés pediu a Deus que o matasse para ele não ver a sua ruína.  “E se assim fazes comigo, mata-me, eu te peço, se tenho achado graças aos teus olhos; e não me deixes ver o meu mal”. (Nr 11.15). Há alguns desejos, principalmente nos momentos de desespero que Deus não leva em consideração, por conhecer as nossas limitações. “Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó.” (Sl 103.14).

O sentimento de Mefibozete
O sentimento de derrota leva a pessoa a duvidar até da sua restauração e sucesso. Mefibozete jamais acreditaria no que ele estava ouvido e vendo, o convite do rei para ser honrado, o seu sentimento de
impossibilidade era tão grande que disse:  - “Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para tu teres olhado para um cão morto tal como eu?” (2 Sm 9.8) quantas pessoas estão como Mefibozete além de estar esquecido é coxo dos pés (2 Sm 9.3), jamais ele acreditaria que comeria à mesa do rei. Sentimento de inferioridade faz com que as pessoas nunca tenham a perspectiva de um futuro promissor, ela nunca se olha como útil, mais para as impossibilidades, e não no que Deus possa fazer por ele.

O Profeta Jeremias
Esse profeta do Senhor frustrou-se ao limite, quando não viu acontecer tudo quanto o Senhor havia lhe falado na sua chamada (Jr 1.5,8, 10,19), logo ao exercê-la padeceu muitos sofrimentos como: Esbofeteado, preso, chicoteado, amarrado em um cepo, jogado em uma cisterna entre outros. Esses acontecimentos levaram o profeta a dizer: “Não me lembrarei mais de ti, nem falarei mais no teu nome” (Jr 20.7-9). Há coisas que desejamos em nossos corações que não são aceitas por Deus, Jeremias estava querendo vingança imediata, e não era isso que Deus queria. Devemos saber que os caminhos e pensamentos de Deus são diferentes dos nossos (Is 55.8,9). A palavra pregada por ele teria o seu cumprimento no tempo certo (Is 55.10,11). Ele devia ser calmo e cumprir a sua missão.

O sentimento de derrota deixa a pessoa incapaz de pensar, agir, acreditar em si mesma e no seu potencial, sobretudo em Deus, nesse momento ela ver pela frente somente derrotas (1 Rs 19.4; Rt 1.21; Lc 7.13; Jz 7.7; 2 Cr 20.15). Esse sentimento de impotência tem prejudicado muitas pessoas, pois ele não ver saída, ou seja, sente-se ilhada vivendo uma vida de amargura, (Rt 1.20). Esse sentimento produz dúvida na execução das tarefas, e falta de confiança no que faz, sendo uma pessoa totalmente insegura (Mc 11.23; Mt 14.26). Somando todas essas coisas surgem à debilidade física e psicológica, o estresse e a angústia que consequentemente leva a pessoa a um estado de depressão ao ponto de ter vontade de morrer, como aconteceu com o profeta (Nr 11:15; I Rs 19:4). Jonas no seu descontentamento; pediu para morrer (Jn 4:1,3,8). Nós não somos melhores do que esses homens, eles eram sujeitos as mesmas paixões que nós (Tg 5:17). Cuidado para que a frustração não rasgue todos os seus sonhos e planos. Deus nos dará o escape necessário para a vitória (Fp 4.13).



Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE *

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