ESBOÇO
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TEMA:
O DESEJO MÓRBIDO
“Então Acabe foi para seu palácio,
desgostoso e indignado, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe
havia falado; pois este lhe tinha dito: Não te entregarei a herança dos meus
pais. Ele se deitou na sua cama, virou o rosto e não quis comer” (I Reis 21.4).
Para
todos os sentidos da vida o desejo doentio é ameaçador, pois pode levar uma
criatura a tomar decisões extremas. Geralmente o indivíduo não consegue
enxergar o desfecho daquele desejo que muitas vezes termina trazendo si e a sua
família as consequências e até tragédias, tais como aconteceram com Acabe e Jezabel
sua mulher.
Aspirações
O desejo é anseio, aspiração e cobiça
pelas coisas alheias, isso tem sido a causa de muitos males, infelizmente
poucos indivíduos conseguem controlar essas aspirações, esses tipos de pretensões
não devam ser alimentados. “Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas
são proveitosas. Todas as coisas me são permitidas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma delas” (I Co 6.12). Todo individuo precisa dominar seus desejos. (Gn 4.7).
Exemplos
No Antigo Testamento temos esse exemplo
que serve de despertamento. O Rei Acabe e a sua mulher não conseguia controlar
os desejos de possuir a propriedade alheia, jamais eles imaginariam que o
desfecho daquela ansiedade concluiria em tragédia; a morte de Nabote e as consequentes
punições divinas. (I Rs 21.17-19, 23,24). Outro notável exemplo, Davi e o seu
intenso desejo por Bate-seba, ele a desejou a todo custo, sendo capaz de
cometer um terrível pecado (2 Sm 11.1-6, 14-17). A estratégia para conseguir
seus intentos fora reprovada pelo Senhor, que enviou a Natã o profeta para
dar-lhes a sentença do seu pecado (2 Sm 12.9-15), devemos saber que semear é
opcional, colher é obrigatório (Gl 6.7,8). Absalão teve um desejo ardente em se
tornar rei no lugar do seu próprio pai “Absalão dizia, mas: Ah, quem me dera
ser constituído juiz na terra! Qualquer um que tivesse uma causa ou questão e a
trouxesse a mim, eu lhe faria justiça” (2 Sm 15.4), foi assim que ele tentou usurpar
o trono do pai.
Controlando
os desejos
O Homem deve controlar seus desejos para
sua própria felicidade, quando isso não acontece impreterivelmente sofrerá as consequências,
a cobiça, ou as aspirações excessiva pelas riquezas também levam a infelicidade
(Pv 28.22; 1 Tm 6.9,10). Todo ser humano tem ambição, desejar é algo normal.
Quanto ao episcopado Paulo diz desejá-lo boa coisa deseja (I Tm 3.1), mas que
esse desejo não deve ultrapassar seus limites, na visão de Paulo o homem deve
contentar-se, ele mantinha o controle das suas emoções dentro da realidade em
que vivia (Fp 4.11,12).
Deveremos
manter o controle sobre os nossos desejos, eles não podem superar a nossa
razão, é ter os pés no chão, conhecer aquilo que está ao seu alcance ou não,
embora busquemos de forma natural e coerente com os padrões éticos para conseguir
ou galgar posições nobres na vida, Jesus nos ensinou qual seria o procedimento
para um desenvolvimento (Mt 25.15-18). Muitas pessoas não se contêm em relação
a esses desejos e terminam buscando caminhos que mais tarde resultam em
sofrimentos, entretanto há uma coisa que a graça não pode remover as
consequências de um erro, ou pecado, ela remove o pecado, dá forças, mais não
tira as implicações do mesmo, por isso não devemos almejar de forma doentia as coisas
que esteja muito acima das nossas possibilidades para não sermos induzidos ao
mau.
Pr.
Elis Clementino – Paulista –PE
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