ESBOÇO 579
TEMA: A SOBERBA PRECEDE
A RUÍNA
TEXTO:
PROVÉRBIOS 16:18
Há um dos males que tem atingido muitas pessoas,
principalmente aquelas que obtiveram fama ou renome, esse mal sobrevém desde o
começo da humanidade e tem se desenvolvido até a contemporaneidade. Esse mal é
o crescente orgulho no coração humano. A altivez de espírito vem conduzindo
muitos indivíduos a sede e a fome de querer mais e mais e nunca se fartar,
tanto fama quanto riquezas. Eu quero destacar nesse mote um personagem da
Bíblia que através das suas atitudes aprenderemos grandes lições
Contexto
histórico
O Rei Uzias foi o
décimo rei de Judá, ele começou a reinar por volta de 792 a.C. Aos dezesseis
anos de idade. A sua história estão registrados nos livros (2 Cr 26; 2 Rs)
reinou em lugar do Amazias seu pai, porém nos primeiros anos do seu reinado fez
o que era reto aos olhos do Senhor, pois ele estava debaixo de uma proteção
espiritual do sacerdote Zacarias, este era um homem de visões e revelações
divinas. Uzias foi um contemporâneo de Isaias no exílio, ele foi um grande
guerreiro e fez grandes obras de engenharia fez armas poderosas para lançar
pedras a distancia, possuía fazendas, gostava de agricultura, construiu
reservatórios de água, fortificou torres e edificou uma cidade chamada Elate,
venceu grandes batalhas de forma que a sua fama voou até chegar ao Egito.
Qualquer criatura pode desenvolver as suas potencialidades, isso é normal, mas
de maneira humilde, justa e honesta. O coração do homem é como uma caixa preta
nunca se sabe o que tem dentro dele, somente Deus (Jr 17:9-10; I Cr 28:9). Do
coração pode sair coisas boas e más (Mt 12:35; Lc 6:45), o perigoso não é se
fortificar, mas como a pessoa se comporta diante dessa fortificação, ou seja, o
perigo não está em chegar ao topo da fama, mas como ele se mantém nela. Há um
dito popular que diz: “quer conhecer um homem dê poderes a ele”. Poder, fama e
dinheiro são três extremos perigosos, somente a humildade pode fazê-lo entender
que essas coisas são passageiras e nada é.
A
conquista gananciosa e antecipada de uma herança não terá um final abençoado!
(Pv 20:21). Diante de Deus quem pensar ser alguma coisa engana a si mesmo (Gl
6:3). Se atentarmos para o que escreveu Salomão em (Ec 3:1) veremos que todo
PODER e GLÓRIA passam, por isso precisamos ponderar bem e valorizar a cada
oportunidade que temos na vida, isso em quaisquer situações por mais privilegiadas
que tivermos, porém há coisas que jamais deveremos pensar em nossos corações
quando estivermos no alto de uma liderança e fama: (1) Achar que pode tudo, ou
seja, achar que o seu poder prevaleça sobre tudo e todos; (2) Ser arrogante;
(3) Não querer ouvir conselheiros. Nas escrituras temos um exemplo que podemos
aplicar, destacamos o Rei Roboão (2 Cr 10:1-19). Melhor é o jovem pobre e sábio
do que o rei velho que não quer aprender (Ec 4:13). Há muitos líderes que
envelheceram não na idade, mas na arrogância e prepotência, porém um líder que
não reconhece as suas falhas ele não está apto para liderar, além disso, ele
estar à beira do fracasso; Roboão não quis ouvir conselhos dos mais velhos e
sim dos mais novos; (4) Olhar para as pessoas e vê-las como miniaturas; (5) Ser
dominadores, principalmente o líder espiritual Cristão (I Pe 5:2,3). Geralmente
essas pessoas vão se aprofundando cada vez mais na proporção que seus corações
vão sendo massageados por aqueles que estão em volta delas, daí para frente
nada de bom podemos esperar dessas pessoas, a não serem coisas ruins.
A
audácia de Uzias
Quando o indivíduo perde a simplicidade torna-se
arrogante e dominador de tal maneira que até as funções sacerdotais o que não
lhes pertenciam ele praticou “a queima de incenso no altar” (2 Cr 26:16-20), os
sacerdotes tentaram impedir aquela pratica, mas sem sucesso, o orgulho de Uzias
prevaleceu. O homem de coração duro é
arrogante e não aceita conselhos, o poder sega, e os tornam insensíveis. As
grandes obras realizadas pelo homem não impressiona Deus, isso não lhe faz
encobrir os seus pecados e fiquem impunes, quando
o homem endurece o coração Deus entra em ação para efetuar julgamentos de
justiça.
A punição
divina, a lepra de Uzias
Uzias não sabia que estava tão próximo
de se tornar leproso, a lepra foi apenas o resultado do seu orgulho (Gl 6:7),
ele foi ferido com a lepra na testa pela sua desobediência aos princípios
estabelecidos por Deus em coisas que eram restritas apenas aos sacerdotes, pois
queimar incenso no templo era oficio dos sacerdotes conforme a lei de Moisés.
Os últimos dias de vida de Uzias foi isolamento vivendo a margem do poder
porque era leproso. Quando os nossos
corações se enchem de orgulho não sabemos que estamos tão próximo da ruína. (Pv
16:8).
Com
a atitude de Uzias aprendemos grandes lições, principalmente em relação ao
orgulho e a glória humana. Disse Pilatos a Jesus: Não falas a mim? Não sabes tu
que tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra
mim, se de cima não te for dado; (Jo 19:10,11). Diante de Deus não há grande
nem poderoso que contraia toda glória para si, Deus não dá a sua glória a
ninguém e quem assim procede terá um resultado triste. Todos quantos se
orgulharem terminarão na ruína, esse é o destino de quem se afasta da Deus com as
suas atitudes pecaminosas (Pv 8:36). A soberba
precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que
repartir o despojo com os soberbos. (Pv 16:18,19). O SENHOR nos guarde
que a soberba contamine os nossos corações.
Pr. Elis Clementino – Paulista -PE
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