CASAMENTO, UM BEM MAIOR A SER PRESERVADO

ESBOÇO 630
TEMA: CASAMENTO, UM BEM MAIOR A SER PRESERVADO
TEXTO: Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher”. “Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem”. (Mc 10.7,9).

Após a edificação espiritual o casamento é a mais importante das demais edificações, portanto seguir os conselhos Bíblicos é o mínimo que podemos fazer para torná-la ainda mais segura. Alguns pontos devem ser levados em consideração para que essa edificação seja mais consistente. Arrazoaremos sobre o amor afetivo, relacionamento, fidelidade e intimidade.

1. O amor afetivo “Storge”
A primeira coisa que os cônjuges devem fazer é se certificarem da real existência do amor entre eles, pois a ausência do amor impossibilita a continuidade dessa união, é impossível marido e mulher continuarem juntos sem se amarem, pois o amor é o ingrediente principal para a manutenção da união. O Apóstolo Paulo descreve as características do amor verdadeiro diz ele: "O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (I Co 13:4-7).

“Os que amam profundamente, jamais envelhecem; podem morrer de velhice, mas morrem jovens. O amor é a imagem de Deus, mas não uma imagem da vida. É, isto sim, a verdadeira essência de toda a natureza divina, que fulga em bondade.” Martinho Lutero

2. A comunicação
Cada indivíduo possui a necessidade inerente de ser ouvido, isso é muito comum, maiormente entre os cônjuges, mas quando um deles não escuta o outro com os ouvidos e nem o coração se sentira mal amado e, involuntariamente se distanciam um do outro. Existem alguns sintomas na comunicação indicando que ela está em crise.

2.1. A interação
Quando um dos cônjuges nega-se a dialogar ou interagir sobre as suas dificuldades indica que uma crise mais profunda está bem próxima a se instalar entre eles, nesse momento alguns princípios são fundamentais e devem ser ressaltados:

a) Ouvir
Existem pessoas que não sabem ouvir atenciosamente até que a outra pessoa acabe de falar, essa atitude atropela o racionamento e o relacionamento. A Bíblia faz recomendações a respeito dessa atitude. Quem responde antes de ouvir mostra que é tolo e passa vergonha.” (Pv 18:13), sempre é bom prestar atenção no que o seu cônjuge está dizendo, mesmo que um deles ache que o assunto não tenha muita importância.

b) Falar
Ao interagir os cônjuges devem ponderar bem o que ouvem antes de responder ao outro quando necessário. Fale de tal maneira que o outro possa compreender e responder o que você está falando. “Saber dar uma resposta é uma alegria; como é boa a palavra certa na hora certa!” (Pv 15:23,28);  Quem é cuidadoso no que fala evita muitos sofrimentos.” (Pv 21:23); ‘Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.” (Pv 29:20); “Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” (Tg 1:19). Fale sempre a verdade, mas faça-o em amor, não exagere, também não use o silêncio para frustrar o companheiro, mas explique o motivo porque não quer falar. Evitem discussões comprometedoras e não briguem, saiba que é possível discordar sem haver brigas. (Pv 17:14; Rm 13:13; Ef 4:31). Não responda com raiva, mas use a resposta branda e bondosa, uma palavra dura suscita ira, mas a branda desvia o furor (Pv 14:29; 15:1; 25:15; Ef 4:26,31).

A comunicação no casamento não é tudo, mas com certeza uma boa comunicação evitará muitos conflitos entre os cônjuges.


3. Perdoar
a) Saiba que nunca é demais enfatizar a importância do perdão na relação conjugal. Alguém disse que um bom casamento é a união de duas pessoas de sexos opostos que se perdoam. Um casal caminha para a zona de perigo quando se observa as seguintes evidencias:

b) A indisposição em reconhecer o seu erro ou dizer: Sinto muito, eu errei! Quando estiver errado admita o erro e peça perdão (Tg 5:6). Assegure-se de esquecer e não lembrar o fato de vez em quando. (Pv 17:9; Ef 4:32; Cl 3:13; 1 Pe 4:8).

c) Não culpe ou critique o seu cônjuge, ao invés disso, restaure, Anime e edifique (Rm 14:13; Gl 6:1; I Ts 5:11).  Se alguém o atacar verbalmente, criticar ou culpar um ao outro não revide da mesma maneira. (Rm 12:17,21; I Pe 2:23; 3:9). Tente compreender a opinião do outro e não deixe espaço para as contendas. Preocupem-se com seus interesses (Fl 2:1-4; Ef 4:2). Entre os cônjuges pode haver discórdias, mas sem brigas.

d) Rever valores deixados para trás é fundamental, cabe aos cônjuges reavaliarem sobre os valores expressivos que foram olvidados e tentarem recuperá-los, para isso faz-se necessário um ou outro abrir mão de algum ressentimento guardado no coração. “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto revestiu-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Cl 3:13,14

4. Fidelidade
“A deslealdade ou falsidade, infidelidade”, acontece no casamento quando ele já está comprometido, esse é um dos piores momentos para os cônjuges, mas para que isso viesse a acontecer houve um caminho percorrido pelos cônjuges, principalmente quando o suficiente é ignorado e o insuficiente valorizado, a valorização entre os cônjuges em todos os sentidos reforça a fidelidade. “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço. Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os seus ribeiros pelas praças? Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos. Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela.” (Pv 5:15-19).

5. Intimidade
O casamento é uma sociedade entre duas pessoas, onde o primeiro bem a ser compartilhado é o amor, embora haja muitos casais que se sentem proprietário um dos outros, por isso eles não se sentem na posição de conquistadores, porém o que você tem feito ao longo da sua vida conjugal para conquistar sua mulher ou seu marido? Será que a sua forma de conquistar tem sido correta? Procure reavaliar. Uma pessoa conquistada e valorizada será facilmente seduzida para uma relação mais profunda, mas para isso são necessários alguns requisitos:

a) A boa afinidade sexual é aquela que vem sendo trabalhada e preparada emocionalmente, pois os cônjuges devem estar cientes que o maior prazer será satisfazer a pessoa mais importante da sua vida, por isso o dialogar sobre o assunto é importante. O homem se sentirá preparado pelo que vê, e a mulher pelo que ouve. O preparo é responsável pelo tempero do ato, por isso calma, a boa aparência e cheiro fazem parte desse contexto, pois a ausência desses princípios dificulta o relaxamento e conseqüentemente a ausência do que é mais precioso para a mulher “o orgasmo”, dessa forma ela será a mais prejudicada. Após o ato sexual é recomendável que haja comentários beijos, caricias, para que o seu parceiro ou parceira sinta-se valorizado (a), o que chamamos de “poslúdio amoroso” que é um termo usado na música “é um trecho da musica executado após uma cerimônia.” Os cônjuges devem ter muito cuidado para não negar o direito do outro (I Co 7:3-6), muitas vezes um dos cônjuges usa como pretexto um tipo santificação exagerada para negá-lo, mas também pode ser que haja problemas hormonais que precisa ser tratado a tempo.

b) A idade
É importante levar em consideração os desgastes físicos e psicológicos, eles são inevitáveis, no entanto os cônjuges devem compartilhar, pois a idade avançada não impede, e dentro das possibilidades os cônjuges podem ter boa qualidade de vida conjugal atendendo as necessidades um do outro, pois as experiências adquiridas entre eles durante o tempo facilitam a satisfação, pois devemos levar em consideração que os corpos envelhecem, mas o AMOR NÃO.

O casamento é uma benção divina, por isso devemos valorizar e dar prioridade a ele, pois casamento é uma sociedade entre duas pessoas onde o primeiro bem a ser compartilhado é AMOR. O inimigo tem tentado de várias formas de alcançar o seio familiar para enfraquecer ainda mais a sociedade. Não podemos deixa para trás valores importantes relacionados ao casamento, caso alguns deles tenha sido olvidado tente restaurar fazendo como fez a mulher em busca da drácma perdida, os valores da família partem dos cônjuges, muitas vezes um deles têm que abrir mão de algo para preservar a família. Em uma guerra conjugal não existe ganhadores, ambos sairão perdendo e o pior é quando envolve crianças pequenas. Devemos fazer a nossa parte e pedir a Deus que nos ajude a vencermos os obstáculos encarando-as com firmeza e determinação, finalizando com renovação de votos e oração pelos casais.

Pr. Elis Clementino, Paulista – PE


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