ESBOÇO 1062
TEMA: CRISTO, O TESOURO
QUE ENRIQUECE.
TEXTO: 2 CORÍNTIOS 4:6,7
Cada coisa que existe tem o seu valor, umas mais apreciadas que outras, mas todas têm, em algumas delas existem algo que a enriquece. “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra (2 Tm 2:20). Isso acontece tanto com coisas, quanto pessoas em todos os aspectos, pois é sobre isso que iremos discorrer nesse assunto.
Paulo fala que a riqueza do seu ministério era a excelência do poder de Cristo nele. Ele escreveu a primeira carta à igreja de Coríntios a respeito do duro ministério e da pregação do evangelho com um valor soberano. Porque Deus, que disse que das trevas resplandece a luz, é quem brilhou nos nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo (2 Co 4.6), pois ele considerava essa luz um grande tesouro em algo fraco. Ele cita também na carta dois objetos bem conhecidos entre nós; o tesouro e o vaso, sendo que o vaso era de barro com o objetivo de mostrar a que excelência do poder é de Cristo e não de nós, para que ninguém se glorie em si mesmo (2 Co 4.7). Cristo, o personagem central do ministério de Paulo.
O VASO DE BARRO.
As características desse material indicam a sua inferioridade como algo frágil “vaso de barro”, ele pode ser quebrado devido a sua fragilidade, mas também não significa que ele não sirva, ele tem o seu lugar apropriado, um jarro decorativo é posto em uma sala ou em um lugar de recepção, pode não representar muita coisa se não tiver dentro si algo que o valorize, no entanto quando recebe uma ornamentação de flores eles começam a chamar a tensão aos olhares de todos que adentram naquele ambiente, ou seja, ele recebeu valores que o enriqueceu. Quando Paulo escreveu a Timóteo ele deixou claro que se obreiro ou alguém que faz a obra de Deus e quer ser enriquecido deve se qualificar na excelência do poder de Cristo “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra” (2 Tm 2:21). Quem quiser ser vaso deve abandonar toda iniquidade e buscar uma vida de santidade.
TESOURO.
Coisas preciosas e de grandes valores “joias, prata, ouro e pedras preciosas”. A preciosidade é a mensagem do evangelho confiada aos frágeis e aos falíveis “vaso de barro”. Paulo não estava focalizando algo perecível “o barro”, mas naquilo que o valorizava “o poder de Cristo”. O verbo TER é empregado por Paulo no presente do indicativo e usado na 1ª pessoa do plural, nos dá a ideia de posse (temos), ou seja, ter, possuir, ele sabia que a igreja era um vaso, porém enriquecido pelo tesouro, já a palavra tesouro foi empregado no singular, no entanto entendemos que não é um tesouro qualquer, pois se tratava de algo muito especial, um substantivo abstrato em comparação ao tesouro comum. Referindo-se aos VASOS, o substantivo é empregado no plural, pois se tratava dos que faziam a obra de Deus naquela igreja.
Deus se utiliza das coisas frágeis e vis deste mundo para confundir as que são, para que ninguém se glorie, pois a excelência do poder é de Deus e não de nós (2 Co 4:7; I Co 1:27-29,31; 2 Co 10:17). Portanto o vaso que quiser se gloriar glorie-se no SENHOR, reconheça que a sua capacidade vem dele. (2 Co 3:5). O vaso de barro sem o tesouro é apenas um caco entre outros cacos (Is 45:9), por isso não pode se gloriar em si mesmo, e sim no tesouro que o enriquece (Jr 9:23,24; Is 42:8). Não há poder e exaltação sem essa riqueza, pois Cristo é quem nos tornam ricos, Ele é o tesouro e nós os vasos de barro. Com as riquezas de Cristo em nós não estamos isento dos sofrimentos, turbulências, fraquezas, aflições, tristezas, humilhações, mas o tesouro que temos dentro de nós nos mantém confiantes e encorajados para fazermos a vontade de Deus, porque o tesouro que está em nós, não nos deixa cair ou fracassar na caminhada, o tesouro nos sustenta.
Os vasos enriquecidos em Cristo passam por muitas aflições, mas não abatidos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo (2 Co 4:8,9; 6:10). Mesmo sofrendo, mas mantendo esse grande tesouro em vaso de barro. As aflições e as privações suportadas nessa vida são leves em comparação com a abundância da riqueza e da glória que teremos em Cristo, em parte essa glória já estar sendo presente, mas só no futuro será experimentada de modo pleno (Rm 8:18). Sigamos firmes não atentando para as coisas que se veem, mas para as que não se veem, porque as coisas que se veem são temporárias, mas as que não se veem são eternas (2 Co 4:18; Rm 8:25). A excelência da riqueza de Cristo em nós precisa ser vista através do exemplo de vida conforme o evangelho de Jesus Cristo.
Pr. Elis Clementino
Nenhum comentário:
Postar um comentário