ESBOÇO 1144
TEMA: UNÇÃO E EMOÇÃO.
TEXTO: I CORINTIOS 14:15
Estamos vivendo uma época em que as emoções estão fluindo na flor da pele. Muitas pessoas são bastante sentimentais e sensíveis, elas são capazes de terem seus metabolismos alterados em determinadas situações, essas reações ocorrem em muitas áreas da vida. No mundo religioso cristão muitos não sabem identificar as diferenças entre unção e emoção, até mesmo nas pregações, tratando a emoção como unção de Deus. Não se assustem com o que eu vou falar, mas ministrem a palavra de Deus, ela será a estrutura dos cristãos da sua igreja.
A FÉ E A RAZÃO
Paulo disse: “Orarei com o espírito, mas ao mesmo tempo com a mente; cantarei em espírito, mas igualmente com a razão” é natural que muitos não consigam alinhar essas duas coisas a fé e a razão. Há acontecimentos que somente terão valor no momento certo e se estiverem nos seus devidos lugares. A fé e a razão se completam, assim como a razão e a emoção, no entanto há de se entender que tudo o que excede ou vai além do normal não é bom, outrossim quando formos pregar, ou expor algo em público tenhamos cuidado, porque podemos ser traído palas nossas emoções e levarmos para o lado espiritual quando na realidade não é. Paulo apresentou a igreja em Roma sobre o culto racional ou aquele que é oferecido com entendimento (Rm 12:1-2), portanto não vos deixeis enganar, pois quem tem a unção do Santo, ele ensinará (I Jo 2:20). No sentido espiritual essa unção existe vem de Deus com o intuito de exercer influência na sua vida espiritual, ela tem o poder de esclarecer sobre o que vimos e ouvimos.
A FÉ SEM A RAZÃO.
No meu ponto de vista uma fé sem a razão é cega e pode ser destruída pela emoção. Ultimamente tenho visto muitos pregadores emocionados, mas se o ambiente não estiver favorável aos seus manejos eles inventam qualquer coisa para emocionar as pessoas, isso é perigoso porque afasta a possibilidade de que o povo seja fortalecido pela palavra de Deus, conforme Paulo, isso é coisa de menino e que precisa ser afastado (I Co 13:11). O crente é aperfeiçoado pela palavra e não através de movimentos humanos. Eu estava presente em um determinado culto que o pregador da noite não leu a palavra e começo a falar em línguas, em seguida deu dois pulos, só bastou isso para toda igreja começar a pular e se emocionar, isso não é o normal.
O QUE ESTAMOS ENSINADO?
A igreja é acrescentada todos os dias, novos crentes ingressão nela, no entanto muitos líderes não aplica um ensinamento fundamental cristão aos novos crentes, vejamos o que Paulo disse em relação alimento do cristão (I Co 3:2-4). Qual a estrutura que tem um novo convertido que ingressa na igreja sem ensinamento, ele com certeza se tornará um crente sem raiz. A doutrina de Paulo era solida e capaz de nutrir espiritualmente. Na visão de Paulo o crente também não podia continuar sendo alimentado com leite toda vida, mas a partir do momento que ele se solidificasse já podiam receber alimentos mais sólidos.
O PODER DA PERSUAÇÃO
Muitas pessoas recebem instruções para adquirir habilidade para extrair algo das pessoas através das suas emoções, muitas delas quando religiosas usam essa maneira como se fosse unção espiritual, no entanto não passa de uma ação motivadora acompanhada de eloquência ao fazer exposição da sua bela oratória, a arte de falar não é unção. eloquência não é espiritualidade, há muito barulho e pouca ou quase nada de espiritualidade, ou seja, barulho não é unção força de expressão, corda vocal forte também não é. Oratória é a arte de falar em público de forma clara e objetiva, quando um indivíduo expõe uma mensagem através de uma bela oratória ele consegue persuadir e transmitir credibilidade para seus ouvintes, ela é importante, mas não deve ser confundida com unção espiritual. A homilética está concatenada a hermenêutica que consiste no emprego de técnica para explicar algum texto, mas também não deve ser confundida com unção divina, embora não temos a capacidade de julgar quem é mais ou menos espiritual e nem quem tem unção e quem não tem. Muitas vezes julgamos ser espiritual pela expressão, isso é um grande equívoco.
Amados, devemos ter muito cuidado, pois a saúde espiritual da sua igreja depende do ensinamento que ela recebe, pois muitos pregadores pregam as suas mensagens e vão embora, mas os problemas ficam com o obreiro local. Geralmente os pastores sabem sobre a saúde da sua igreja, independentemente de quantitativo, ele deve preservar a fé sem, contudo, ela seja levada pela emoção de certos pregadores. Cuidado com o rebanho que Deus te confiou, tu irás prestar contas ao bispo das vossas almas (Hb 13:17).
Pr. Elis Clementino – prelisclementino@hotmail.com
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