O SILÊNCIO E O PODER DAS PALAVRAS.

 

ESBOÇO 1185

TEMA: O SILÊNCIO E O PODER DAS PALAVRAS.

TEXTO: JÓ 2:13; 13:5; SALMOS 39:2

O silêncio é o estado de quem se abstém de falar, pois é claro que a maior parte da nossa comunicação é verbal, ou seja, através da fala, embora haja outros métodos pelos quais as pessoas podem se comunicar, principalmente com pessoas especiais, elas se comunicam através de sinais ou libras. Desejo falar nesse assunto apresentando que as nossas palavras devem ser antes de tudo ponderadas e controladas levando em consideração o tempo e o modo (Ec 3:7).

I. A VOZ DO SILÊNCIO.

O silêncio fala por si só, ou seja, através dele o indivíduo manifesta algo em determinados momentos; ele pode ser compreendido como uma resposta; o silêncio pode ser uma maneira de não incomodar alguém, mas também pode ser usado como uma estratégia para alcançar um objetivo (Js 6:10). Do silêncio de alguém podemos extrair algo que desejamos, basta apenas prestar bem atenção ao momento e o tipo de silêncio. Alguns atos por si só já falam, a mulher que lançou perfume aos pés de Jesus, ela sem palavras expressou o seu sentimento (Lc 7:37), o mestre nada indagou sobre aquela mulher, mas o silêncio dela naquele momento também incomodou algumas pessoas.

No âmbito judicial o silêncio pode ser usado como arma de defesa do investigado, ele é orientado pelo advogado de defesa a não falar, isso faz parte do jogo processual, dessa forma o seu cliente não produzirá provas contra si. Em em outros lugares também se usam-se o silêncio, nos hospitais; em momento de profundo em morte de alguém, sentimento por algo ruim que alguém esteja passando, esses momentos geralmente nada temos a dizer como aconteceu com os amigos de Jó (Jó 2:13; 13:5). O silêncio ainda pode ser usado como prudência na presença de inimigos (Js 6:10); quando as circunstâncias requerem (Ec 3:7); em tempos maus (Am 5:13); na casa de Deus (Hc 2:20); na presença de Deus (Sf 1:7; Zc 2:13).

Para determinadas pessoas o silêncio é uma ameaça, principalmente quando se fala com uma pessoa e ela nada responde. O silêncio pode ser usado como uma das provocações, isso frequentemente acontecem com alguns cônjuges, isso o faz com que o interpelador se sinta incomodado. Jesus ao ser questionado na respondeu e isso incomodou algumas autoridades, ante o sumo sacerdote (Mt 26:62,63); na presença de Pilatos (Mt 27:14; Mc 15:3); perante Herodes (Lc 23:9; Jo 8:6) diante de uma mulher que estava sendo acusada poucas palavras resolveu a situação da mulher; seus últimos dias do seu ministério (Jo 14:30). O silêncio de Jesus e suas poucas palavras incomodavam, principalmente as autoridades que tentavam lhe acusar, eles tentavam fazer com que ele tropeçasse nas suas próprias palavras, pois o que eles prestavam atenção era se o que Jesus dizia estava conforme a lei de Moisés ou não. Muitas vezes somos obrigados pelas circunstâncias a não falar ou falar pouco., esse é um princípio de sabedoria (Pv 29:11; 10:19; 21:23).

II. CUIDADO COM AS SUAS PALAVRAS.

As pessoas devem exercer uma grande vigilância sobre o que falar, pois a nossa fala tanto pode nos condenar quanto absolver (Mt 12:36,37; 26:72-73; Jó 15:6). A maneira como expomos a nossa fala é importante, mas é preciso levar em consideração o momento e o modo de como nos expressamos, visto quer a nossa língua exerce um grande poder 

III. O PODER DA LINGUA.

A nossa língua tem o poder tanto para destruir como para edificar, infelizmente muitas pessoas não se ligam nesse detalhe, esse escrito atribuído a Salomão expressa o poder que tem a língua (Pv 18:21. O apóstolo Tiago descreve muito bem a respeito da língua (Tg 3:1-12). Jesus falou que do coração pode sair tanto coisas boas, quanto as más (Mt 15:19; Pv 4:23), a fala tem o poder de revelar o que está no coração. As palavras imprecatórias saem dos corações maus, assim como dos corações bondosos saem as palavras abençoadoras, Tiago disse que não pode sair de uma mesma fonte água doce e salgada (Tg 3:11-12).

As nossas palavras, além de ter poder, elas podem ir muito mais longe do que pensamos, por isso devemos ter o máximo de cuidado com as nossas palavras ou aquilo que pronunciamos, (Ec 10:20). É importante sabermos o tempo e o modo para falar em qualquer demanda. No nosso convívio cristão existem muitas pessoas necessitadas de uma palavra que o edifique, mas somente aqueles cujos os corações estão cheios de boas ações tem a capacidade de ajudar-lhes. Muitas vezes, apenas uma palavra pode ajudar alguém que cuja alta estima, está em baixa, embora essa palavra do profeta esteja direcionada a Cristo, mas podemos pedir a Deus uma boa palavra para aquele que está cansado e oprimido (Is 50:4). A nossa palavra deve ser agradável, temperada com sal, para que saiba como convém responder a cada um (Fp 4:6). Devemos saber como nos comunicar com cada tipo de pessoa, o tempero do sal é o controle, se o sal for em excesso fica salgado demais, se pouco, também não é bom, então o sal deve ser usado com moderação, assim são as nossas palavras.

Pr. Elis Clementino – prelisclementino@hotmail.com

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