ESBOÇO 1343 TEMA: CONTENDO OS DESEJOS.

 

ESBOÇO 1343
TEMA: CONTENDO OS DESEJOS.
TEXTO: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém. Todas as coisas me são licitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma I CORINTIOS 6:12.
 
                Em todos os sentidos da vida o desejo mórbido é ameaçador, pois ele pode induzir uma criatura a tomar decisões extremas para que o seu desejo seja alcançado. Geralmente o individuo que tem esse tipo de anseio não consegue enxergar o desfecho dele. Muitas vezes ele traz para o indivíduo consequências ruins e até tragédias como acontecera com Acabe e a sua mulher Jezabel.
 
1.       Significado.
O desejo é uma forte tensão em direção a conclusão de algo que está no mais íntimo do ser humano, isso é considerado pelo indivíduo uma fonte de prazer ou satisfação. Esse é um anseio, cobiça ou aspirações pelas coisas, infelizmente poucas pessoas conseguem controlar esses impulsos ou desejos doentios, eles têm causado muitos males no mundo inteiro.
 
2.       Os desejos não controlados.
Os desejos não controlados podem se transformar em dramas para o resto da vida. Aqueles desejos não conquistados resultam em ódio e vingança. “Então, Acabe foi para seu palácio, desgostoso e indignado, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe havia falado; pois este lhe tinha dito: Não te entregarei a herança dos meus pais. Ele se deitou na sua cama, virou o rosto e não quis comer” (I Reis 21.4). Esse episódio gerou um ato de vingança contra Nabote (I Rs 21:17-19, 23-24). Davi sentiu forte desejo por Bete-Seba mulher de Urias, pois qualquer pessoa pode ser dominada por um desejo tão terrível como aquele, cujo desfecho foi terrível (2 Sm 11:1-6; 14-17). Absalão, filho de Davi teve um forte desejo em se tornar rei no lugar do seu pai, ele seduzia o povo a porta da cidade afim de conquistar o trono “Absalão dizia, mas: Ah, quem me dera ser constituído juiz na terra! Qualquer um que tivesse uma causa ou questão e a trouxesse a mim, eu lhe faria justiça” (2 Sm 15.4), essa é a estratégia de quem possui esse tipo de desejo.
 
3.       Controlando os desejos.
Tudo na vida tem controle, não há nada que exista fora de controle. Quando Deus criou o homem e lhe deu a capacidade de controlar seus desejos (Gn 2:17), infelizmente o homem não conseguiu segurar mediante a tentação, e quando o desejo é concebido nasce o pecado “Em seguida, esse desejo, tendo concebido, faz nascer o pecado, após ter se consumado, gera a morte (Tg 1:14-15). O homem deve controlar os seus desejos para a sua própria felicidade, o controlar é um fruto do Espírito (Gl 5:22-23). Devemos levar em consideração a fala de Paulo a respeito do seu controle sobre suas vontades “Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas são proveitosas. Todas as coisas me são permitidas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Co 6.12).
 
4.       As consequências.
Quando o homem não consegue controlar seus desejos impreterivelmente ele sofrerá as consequências, Acã desejou o que não lhes pertencia e tomou para si. Muitos dos nossos desejos consumados têm uma grande abrangência sobre outras pessoas, podendo atingir gerações, o pecado de Acã fez Israel dar as costas para seus inimigos (Js 7:1-26). Jezabel pagou o preço pelo que fez com Nabote (I Rs 21:19). Davi pagou pela sua cobiça (2 Sm 12:9-15). A cobiça excessiva e sem controle pelas riquezas também conduz a infelicidade (Pv 28:22; I Tm 6:9,10). A lei da semeadura continua em vigor (Gl 6:7-8).
 
As aspirações do coração do homem são consideradas normais, pois isso faz parte da sua natureza, mas que esses desejos não fujam do seu controle, exemplo: Paulo Diz que desejar o episcopado é desejar coisa boa (I Tm 3:1), mas desde que ele não se torne doentio ou ultrapasse os limites. Segundo Paulo o homem deve contentar-se mantendo o controle das suas aspirações, assim como ele mantinha o controle das suas, ele m
entendia que devia viver dentro da realidade em que ele vivia (Fp 4.11,12). Não devemos ambicionar coisas elevadas que estejam fora da nossa realidade (Rm 12:16). As coisas devem acontecer dentro da normalidade.
 
                Amados, devemos manter o controle sobre os nossos anseios, eles não podem superar a nossa razão, pois precisamos ter os pés no chão, conhecer aquilo que está dentro do nosso alcance ou não, embora busquemos de forma natural e coerente com os padrões éticos para conseguir posições nobres nessa vida. Jesus nos ensinou qual seria o procedimento para um desenvolvimento, ele apresentou a parábola dos talentos (Mt 25.15-18). Muitas pessoas não se contêm em relação a esses desejos e terminam buscando atalhos e alternativas que mais tarde resultarão em sofrimentos e dores, entretanto, há uma coisa que a graça não pode remover, as consequências de um erro, ou pecado, ela remove o pecado, mais não tira as implicações do erro, por isso não devemos almejar de forma doentia as coisas que esteja muito acima das nossas possibilidades para não sermos induzidos ao mal.
 
Pr. Elis Clementino.

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