ESBOÇO 1525 TEMA: CUIDADO COM A IRA.

 

ESBOÇO 1525 *
TEMA: CUIDADO COM A IRA.
TEXTO: ECLESIÁSTES 7:9; PROVÉRBIO 14:29; EFÉSIOS 4:26.
Autor: Pr. Elis Clementino
 
Introdução
A natureza humana é a única coisa que não é mudada; o homem é dotado de algo como o sentimento ou emoções, ele reage conforme as circunstâncias devido à sua fragilidade e sensibilidade, ele se desgasta mentalmente e fisicamente, dependendo de como ele lida com as suas emoções, por isso faz-se necessário os devidos cuidados para que ele não perca totalmente o seu controle.
 
I. A composição humana
A Bíblia apresenta o ser humano como um ser tricotômico, formado por espírito, alma e corpo. O apóstolo Paulo reconhece essa estrutura ao escrever: “Que o próprio Deus da paz vos santifique completamente; e que o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5:23).
 
Cada dimensão tem sua função específica na existência humana:
ü  O corpo nos conecta ao mundo físico;
ü  A alma é o centro das emoções, pensamentos e vontade;
ü  O espírito é a área da nossa consciência e comunhão com Deus.
Dentro da alma existe um conjunto de emoções próprias da natureza humana, tradicionalmente compreendidas como vinte e sete, entre elas está a ira, que precisa ser compreendida e administrada à luz da Palavra.
 
II. O controle das emoções.
O homem é dotado de sentimentos, ele sente alegria, tristeza e prazer, ele está sujeito a irar-se e agir conforme as circunstâncias; isso faz parte da sua natureza pecaminosa (Romanos 7:18-21, 24, 25).
 
Cada indivíduo reage de acordo com a sua natureza; no entanto, ele tem a capacidade dada por Deus para controlar os seus sentimentos e seus impulsos.
 
Os problemas causados pelo homem são devido à falta desse controle emocional, pois todo homem precisa controlar ou governar as suas emoções.
 
Melhor é o homem paciente do que o guerreiro; mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade forte” (Provérbios 16:32). “...melhor o longânimo do que o altivo de coração” (Eclesiastes 7:8). Quanto a ira, é melhor está pronto para ouvir e tardio para falar (Tiago 1:19).
 
III. O sentimento de ira.
Podemos definir a raiva como um sentimento de protesto de frustração, insegurança contra alguém ou alguma coisa, fazendo-o se sentir ferido ou até mesmo ameaçado.
 
A ira se abriga no seio dos tolos; estes não têm a capacidade para controlar a sua ira (Eclesiastes 7:9).
 
“O versículo nos ensina que a paciência e a sabedoria são virtudes importantes para lidar com as adversidades da vida.”
 
O intenso sentimento de ódio, rancor por alguma razão, não deve prevalecer sobre as nossas emoções.
 
As pessoas rancorosas têm a capacidade de armazenar ira no seu coração por longos anos e frustram os propósitos divinos para elas, para o cristão é muito ruim, porque pode privá-lo da graça divina (Hebreus 12:15). O sentimento de ira não deve prevalecer nos corações: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26). Quando a ira é pecaminosa, é pior ainda; temos o exemplo Caim, que matou o seu irmão.
 
IV. As consequências da ira
A ira quando é alimentada e guardada no coração produz consequências sérias, tanto no corpo quanto na vida espiritual. No aspecto físico, ela pode desencadear diversas enfermidades, como problemas gastrointestinais, dificuldades de memória, além de aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral.
 
No aspecto espiritual, a ira compromete nossa comunhão com Deus e enfraquece a vida devocional. Jesus ensinou que ela interfere até na adoração, pois impede que nossos sacrifícios sejam aceitáveis diante do Senhor (Mateus 5:23-24). Ele ainda adverte com firmeza: “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão será réu de juízo” (Mateus 5:22).
 
V. Como lidar com a ira e o perdão.
A ira muitas vezes é gerada por uma palavra dura fora de tempo: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15:1). Por isso, toda raiz de amargura, toda cólera, ira e toda espécie de malícia sejam tiradas de entre vós (Efésios 4:31-32).
 
O perdão é a faxina da mente e do coração, pois é a única maneira de dissipar a ira e a mágoa do coração; a partir daí a pessoa passa a ter paz interior. “O perdão tira a alma da prisão.” “O perdão é gratuito, o preço é alto.”
 
Há um custo, a renúncia do eu e do orgulho. Existem pessoas que guardam ira, mágoa por muitos anos, como falei anteriormente; elas se definham fisicamente e espiritualmente, não perdoam, mas também não são perdoadas por Deus (Mateus 6:14; Efésios 4:32).
 
Conclusão
Portanto, devemos ter muito cuidado, não deixemos que a ira se instale em nossos corações, causando em nós inúmeras sequelas.
 
Para que possamos ser libertos da ira, há dois caminhos: libertar-se dela por meio da palavra de Deus e da oração. Ressentimentos pecaminosos têm cura:
 
Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá em desgraça” (Provérbios 28:13,14).
 
Devemos ter cuidado com a ira. Irei-vos, mas não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira (Efésios 4:26).
 
Sabeis disto, meus amados irmãos; mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para irar-se; porque a ira do homem não opera a justiça de Deus” (Tiago 1:19-20).

Nenhum comentário:

Foto