ESBOÇO 1458 * TÍTULO: DESEJANDO O EPISCOPADO.

 

ESBOÇO 1458 *
TÍTULO: DESEJANDO O EPISCOPADO.
“Fiel é a palavra: se alguém deseja o episcopado, excelente coisa almeja” (Tm 3.1).
 
Introdução:
Um Chamado de Excelência e Responsabilidade para os que desejam o episcopado. Almejar posições de liderança é um desejo natural do coração humano, mas quando se trata do ministério cristão, esse anseio carrega um peso muito maior. O apóstolo Paulo afirma que desejar o episcopado é algo excelente (1 Tm 3.1), porém, essa aspiração exige mais do que qualidades naturais ou talentos. O chamado ao episcopado não é apenas um convite à honra, mas, acima de tudo, uma convocação ao serviço, à renúncia e à total dependência de Deus. Este esboço reflete sobre o chamado divino, a escolha soberana de Deus, a capacitação necessária e a conduta exigida para aqueles que almejam servir no ministério cristão. O objetivo é destacar que, embora o episcopado seja uma tarefa sublime, ele exige do obreiro compromisso, humildade e dedicação ao crescimento espiritual e pessoal, para que possa ser um instrumento eficaz nas mãos do Senhor.
 
I.                 Chamado.
Os processos de chamada de um indivíduo começam cedo. Em algumas pessoas, notamos por meio dos seus talentos. O chamado de Deus para a sua obra é bem diferente, ele pode chamar pessoas que julgamos sem talentos, e outras Deus também escolhe pelos talentos “Bezaliel” (Ex 31:1-3). Ele conhece a todos, tanto o que tem talento quanto o que não tem, pois o Senhor conhece a capacidade de cada um. Muitas vezes julgamos e escolhemos alguém pelo seu talento para determinada função, isso é natural, embora em algumas ocasiões nos enganamos.
 
II.                Escolha divina.
Deus escolhe e chama pessoas para a sua obra não pela capacidade e brio, muito pelo contrário, ele escolhe pessoas simples e modestas, como, por exemplo, as chamadas para o ministério profético, homens sem capacidade alguma, contudo foram usados como grandes instrumentos. Paulo, escrevendo a igreja de Coríntios, deixou bem claro sobre a maneira de Deus escolher pessoas para sua obra (I Co 1.26-27). Quando Jesus iniciou o seu ministério no mar da Galileia, chamou homens simples, que, a nosso ver, jamais deveriam ser escolhidos para compor o seu ministério (Mt 4.18). A chamada de Deus transcende a visão humana.
 
Na ótica humana, alguns indivíduos podem apresentar certas características importantes para ocupar uma função ministerial, porém temos que levar em consideração que não devemos escolher pelo que aparenta, eles devem ser primeiro provados, para depois servirem se forem irrepreensíveis (I Tm 3:10). Paulo compreendia que o Senhor é quem dá obreiros à igreja “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11; I Co 12.28; At 20.28). Deus dá obreiro com finalidade, o aperfeiçoamento dos santos.
 
III.              Aptidão para o serviço cristão.
O obreiro deve fazer sua parte, buscar conhecimento para desenvolver com habilidade o seu ministério, mas entendendo que toda capacidade vem de Deus (2 Co 3.5,6; Fp 2.13; Jo 15.5; I Co 15.10). As pessoas simples e modestas também são escolhidas, chamadas e capacitadas para também mostrar a sua importância (I Co 1.27,28), a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus e, se alguém quiser se gloriar, glorie-se no Senhor (I Co 1.29,31). Quanto à capacitação espiritual dada por Deus a alguém, isso não significa que ele deixe de buscar conhecimento, ler a palavra de Deus, bons livros, prestar atenção quando alguém estiver ministrando a palavra, pesquisar, isso é imprescindível, pois o episcopado exige dedicação (Rm 12:7).
 
IV.              Qualificações:
·        Ser irrepreensível (I Tm 3:2; I Ts 5:23; Tt 1:4-9).
·        Marido de uma só mulher.
·        Governe bem a sua casa.
·        Ser sóbrio.
·        Moderado.
·        Hospitaleiro.
·        Apto para ensinar.
·        Não dado ao vinho.
·        Não violento.
·        Cordato.
·        Inimigo de contenda.
·        Não avarento.
·        Não neófito.
a.      Ter bom testemunho (I Tm 3.7; At 22.12; I Ts 4.12).
 
Conclusão:
O desejo pelo episcopado é nobre, mas precisa ser acompanhado de entendimento, dedicação e compromisso com os princípios estabelecidos por Deus. O chamado ao serviço cristão é uma demonstração da soberania divina, que escolhe e capacita de acordo com a Sua vontade e propósito, muitas vezes contrariando os padrões humanos. É essencial que aqueles que aspiram ao ministério busquem viver uma vida irrepreensível, cultivando as qualidades exigidas na Palavra e se dedicando ao estudo, à oração e à prática do evangelho. O episcopado não é apenas uma posição de liderança, mas um serviço que demanda amor, renúncia e fidelidade ao Senhor e à Sua Igreja. Que cada obreiro se esforce para cumprir o chamado com dignidade e zelo, pedindo a Deus sabedoria e capacitação para servir com humildade e eficácia. Dessa forma, o ministério será uma bênção tanto para o servo quanto para aqueles que forem alcançados pelo poder transformador do evangelho.
 
Pr. Elis Clementino.

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