A COBIÇA , O PECADO DOS OLHOS

ESBOÇO 358

TEMA: A COBIÇA, O PECADO DOS OLHOS

De ninguém cobicei a prata, nem o ouro” At 20.33

A cobiça sempre esteve presente no coração do homem e tem sido a causa de muitos males, a concupiscência foi a origem da queda de Lúcifer (Isa 14.12-14; Ez 28.11-18) baseado nesse texto o rei de babilônia Tiro é comparado a Lúcifer que encheu o coração de cobiça. Esse mal passou ao primeiro homem, dessa forma se vinculou a todos (Rm 5.12). Ponderaremos sobre a cobiça, as consequências, domínio próprio e as recomendações bíblicas.

Cobiça

Desejo intenso pelas coisas que parecem satisfazer os nossos anseios; ambição desmedida por riquezas, fama; é a ganância do ter sem medir as consequências. A cobiça é despertada pelos olhos, é por eles que o ser humano tem interesse por aquilo que ver (Js 7.21). O homem é engodado e tentado pela ambição, sendo capaz de fazer qualquer tipo de negócio, enganar e até furtar e matar (Gn 4.1-7), essas coisas são resultados de corações cobiçosos. Os discípulos tiveram os seus corações afetados pela cobiça a buscarem posições privilegiadas (Lc 22.24).

As consequências

A cobiça nunca permitirá que o homem esteja satisfeito (Ec 6.7), por essa razão as consequências são inevitáveis, em contrapartida o ser humano não sabe mais controlar os impulsos dos seus desejos, tornando-os cada vez mais excessivos, já não se busca algo para o seu próprio bem dentro da normalidade, ninguém quer mais começar do pequeno. Ora! Um edifício nunca se começa de cima para baixo, muitas pessoas não consideram os pequenos começos (Zc 4.10), além do mais somos imediatistas e isso pode trazer sérias esfinges, inclusive a tentação (Tg 1.14,15). Entendemos que quando buscamos conquistar alguma coisa importante na vida, essa conquista deve ser bem ajuizada, sem a necessidade de atropelar ninguém, temos um grande exemplo, o de Absalão (2 Sm 15.2-6).

Domínio Próprio

O domínio próprio (temperança), conforme Paulo escreveu aos gálatas é um fruto do Espírito (Gl 5.22), esse é imprescindível, isso em todos os aspectos, controlar os nossos impulsos é uma das tarefas mais difíceis, pois implica certo equilíbrio. Jesus falou sobre a tarefa de negar-se a si mesmo, essa verdade alude em abster-se de algo que nos levem a cobiça ou a ganância (Lc 9.23). “Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa seu espírito do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32). “Como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não pode conter o seu espírito” (Pv 25.28).

Recomendações bíblicas

Biblicamente a cobiça é reprovada pelo Senhor (Ex 20.17; Jr 6.13; Mq 2.2; Hc 2.9; Lc 12.15). As escrituras tratam a cobiça como uma ameaça a fé (I Tm 6.10; Tg 1.14,15). Eva, tentada pela serpente foi atraída pela cobiça (Gn 3.6); Acã pela sua própria concupiscência que gerou e deu a luz ao pecado resultando em sua morte (Js 7.21, 25,26). Esses maus exemplos devem ser advertidos, avaliados e não seguidos.

Há um grande combate envolvendo a cobiça, a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne (Gl 5.17; Tg 4.1-7). Nessa peleja não devemos fracassar, mas sermos resistentes a todo tipo de tentação que nos levem as concupiscências da carne, sem, contudo acrescentar a vida espiritual (I Jo 2.17), pois "Se perguntassemos a sansão sobre tentação ele diria: uma noite de prazer não vale uma vida inteira de cegueira" Mike Murdock, por isso devemos tomar como ponto de partida o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.16).

Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE/Brasil

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