DISSENSÕES NA IGREJA

ESBOÇO 376
TEMA: Dissensões na Igreja
Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós” I Co 1.11.

Introdução

Dissensões, discórdias e divergências se encontram em todos os seguimentos da sociedade, elas acontecem pelas diferenças existentes nos indivíduos, eles são diferentes em número, gênero e grau, mesmo assim temos a possibilidade de nos relacionar bem uns com os outros, embora isso dependa de outros fatores, bem como o reconhecimento dos valores sociais. O ser humano é o único que não consegue viver em sociedade sem conflitos, pois os problemas estão presentes em lugares que jamais pensaríamos que houvesse “na igreja”. Paulo recebeu informações que na igreja de Corinto havia algumas questões a serem resolvidas, inclusive grupos de cristãos disputando liderança (I Co 1.12).

Gravidade das contendas

Na igreja de coríntios havia dissensões, mas para alguns cristãos era apenas uma liberdade de escolha, porém Paulo observara isso com bastante gravidade, por isso escreve uma carta, expressando com firmeza assuntos doutrinários referentes à conduta e pureza, extensivo a toda congregação. - “Quero dizer; com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas. E eu, de Cristo” (I Co 1.12).

Esses problemas nunca deixaram de existir, mas ultimamente a situação tem se agravado, as disputas por: títulos, rebanhos, poderes, domínio por território e notoriedade, vem gerando preconceito, discriminação e exclusivismo, como que Cristo fosse apenas de um grupo religioso “Está Cristo dividido?” (I Co 1.13). Amados, deixemos de lado toda hipocrisia, prepotência e falta de humildade, não devemos liderar a igreja de Cristo como se fosse propriedade nossa, muito menos excluir crentes por serem de outra designação cristã, não foi isso que o apóstolo Pedro nos recomendou- “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2,3).

Exclusivismo
Os discípulos evitavam que as pessoas se aproximassem de Jesus, excluíam até as crianças, como se Jesus fosse exclusivamente deles (Mt 19.13,14) além de não admitirem que Jesus falasse ou entrasse em casa de pessoas que não o seguiam (Lc 19.7). Hoje é assim você não pode entrar na igreja de fulano e nem de sicrano, você não canta aqui e nem prega ali! Eu tenho poder sobre você, ou você faz o que eu quero ou excluo do rol de membro, e o pior que muitas vezes são igrejas com a mesma sigla, que tipo de obreiro está à frente do rebanho? (I Pe 5.3). A essa altura as ovelhas, vivem oprimidas com medo de tudo e de todos. Deus não está se agradando de tais atitudes. O relacionamento cordial é imprescindível entre irmãos, não importa qual a denominação, isso faz parte da educação cristã (Sl 133.1). Jesus está ao alcance de todos, não podemos determinar quem o merece ou não (Lc 19.7).

Considerações finais

Não devemos ter comunhão com os crentes devassos, desobedientes que não vivam a luz do evangelho, destes, Paulo recomenda se afastar (Rm 16.17; I Co 5.11), mas essa é uma situação bem diferente, em relação aos crentes que muitas vezes são ignorados no momento de uma apresentação por serem de outras denominações cristãs, ou segmentos religiosos, principalmente por obreiros despreparados, esses são os piores exemplos para igreja e sociedade a qual devemos dar todo exemplo deixando de lado as diferenças e apresentá-los com dignidade. Qualquer pessoa que adentrem no templo lugar de cultos, ou qualquer lugar deve ser considerado, entretanto quero vos dizer que isso é questão de educação e não de santidade. Devemos deixar toda impostura e ser exemplo para os fieis, como Paulo ensinou a Timóteo (I Tm 4.12), considerar as pessoas não significa compartilhar com seus pecados, mas ser educado é um dos princípios fundamentais, usarem de hospitalidade é considerar os exemplos deixados pelo nosso grande Mestre Jesus Cristo (Mt 5.44-48). As pessoas independentemente de classe social, religião, são tão importantes quanto nós, “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Fp 2.3). Dissensões; falta de consideração, discriminação e preconceito, não combinam com a fé que confessamos.

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Pr. Elis Clementino – Itapissuma – PE/Brasil

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