O IRMÃO MAIS VELHO

ESBOÇO 391
TEMA: O IRMÃO MAIS VELHO
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio e chegou perto de casa, ouviu a musica e as danças” Lc 15.25.

Introdução

Lucas descreveu no capitulo 15 uma parábola de Jesus sobre o filho pródigo, cujo conteúdo ressalta o filho desobediente que saiu de casa, sua volta, o pai amoroso e perdoador, e o insurgente irmão MAIS VELHO. Essa é uma lição importante para a nossa vida diária.

I. O Filho desobediente

1. O filho mais novo, “falta de maturidade”
Ele abandonou a casa do pai, e pediu parte da sua herança, talvez esse fosse o principal alvo daquele filho (Lc 15.12). As pessoas inexperientes não levam muito a sério as consequências daquilo que faz ou as decisões que tomam, o egoísmo pode levar um filho a desprezar a família em busca dos prazeres da vida, na vida cristã acontece o mesmo, o filho abandona a casa do pai, “Deus” deixa a comunhão da família para experimentar os prazeres do pecado, para o filho pródigo o convívio familiar não era mais interessante, e sim novas amizades. “As novas amizades exigem muito mais cuidado do que as antigas” (CLEMENTINO, Elis) e sobre isso ele não pensou, pediu a parte da sua herança e retirou-se, granjeou amigos, mulheres, bebida, dança, finalmente aproveitou bem, mas há alegrias que duram pouco e o que ele pensava ser sucesso tornou-se fracasso.

2. Longe de casa

Partiu para uma terra longínqua, distante do convívio e a comunhão familiar, o filho se tornou vulnerável, os “amigos” foram os únicos beneficiados com a herança que o moço tinha em mãos. O texto diz que ele desperdiçou a sua fazenda (herança), vivendo dissolutamente, ou seja, aquilo que contraria o bom costume, devasso, libertino (Lc 15.13). As consequências não demoraram, as sementes plantadas começaram a brotar.

3. As consequências

Nada pior do que as consequências daquilo que se semeia, após ter desperdiçado tudo, houve naquela terra uma grande fome. Os nossos erros muitas vezes culminam com a realidade do momento, além de não ter mais dinheiro o povo estava vivendo uma crise econômica, e o filho liberal começou a padecer necessidade, desejando comer até as bolotas que os porcos comiam, porque ninguém lhe dava nada (Lc 15.15,16).

4. A sua volta

Somente quando a pessoa admite o erro, e reconhece o seu pecado, surgem novas oportunidades, entretanto ele disse: “Quantos trabalhadores de meu pai tem abundância de pão, e eu aqui padeço de fome!” (Lc 15.17). A atitude é o ponto de partida, sem ela ele não chegaria a lugar algum, “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti.” Muitas vezes os nossos pecados não afetam somente aos nossos familiares, mas a igreja e a Deus. “Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.” ele estava disposto até ser empregado do pai (Lc 15.18,19).

II. O pai amoroso

Voltando para casa, o pai avistou de longe e se moveu de íntima compaixão, e correndo lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou (Lc 15.20-24). “Mas disse aos seus servos: Tragam a melhor roupa, e ponde-lhe um anel no dedo, e sandálias para os pés, trazei bezerro cevado e matem, vamos celebrar, porque esse filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. Quantas vezes pensamos que Deus nem mais nos aceita mediante tantas coisas que praticamos, mas “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).

III. O irmão mais velho

O irmão mais velho “incompreensível” parecia ter razão em esboçar a reação de não aceitar à volta do irmão mais novo, com todos os privilégios, após gastar a parte da herança que lhe pertencia. Mas aquele filho sabia que teria outra oportunidade enquanto o pai estivesse vivo, por isso resolveu voltar, a decisão seria do pai de recebê-lo ou não, e não do irmão mais velho, para ele, aquele irmão nunca deveria ter outra oportunidade. Na vida cristã acontecem às mesmas coisas sempre reagem com indignação e orgulho para com aqueles que resolvem voltar à casa do pai “Deus”, principalmente quando têm as suas atividades reabilitadas. O irmão mais velho sempre tem argumentos de rejeição, e às vezes expressam: Eu estou aqui há tanto tempo e não tenho tido o privilégio que esse irmão teve. Para o irmão mais velho as disciplinas devem ser intermináveis, seus conceitos são excessivamente justos; tem como característica não perdoar (Lc 15.28,29).

Considerações finais

Irmãos, jamais aceitem que o caráter do irmão mais velho permeie os vossos corações, e sim, a atitude do pai que abraçou o seu filho lhe dando outra oportunidade. Deus é um pai que oferece aos seus filhos grandes oportunidades, por isso não deveis rejeitá-las, entretanto o irmão mais velho deveria entender o amor do pai e amar o seu irmão, independente das circunstâncias. Voltar para casa foi à maior atitude do filho pródigo, pois ele queria restabelecer a sua comunhão, perante Deus e a sua família.

Pr. Elis Clementino, Itapissuma - PE/Brasil



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