ESBOÇO 448
TAMA: A MAIOR
OFERTA
“Viu
também uma viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas” Lc 21.2
O ser humano sempre está voltado
para as coisas apreciáveis, aquelas que causam impressão pelo seu volume
ou tamanho, mediante isso o individuo tem um sentimento que somente as coisas
volumosas surtem efeitos, entretanto elas podem não trazer efeito algum, mas
impressiona pela forma como ela é apresentada. Isso é muito natural nos nossos
dias, às vezes as pequenas e simples são mais importantes, enquanto as
vultáveis nem sempre representa o que é real, e devido a isso as coisas consideráveis
pequenas são desprezadas.
Não desprezeis as
coisas pequenas
As
coisas pequenas muitas vezes nos surpreendem, em certas ocasiões subestimamos
porque ela não tem aquela aparência que chame atenção, podemos ver essa
realidade em vitrines de algumas lojas, ficamos impressionamos pelo markting
dos produtos, mas finalmente o conteúdo deixa a desejar. Não devemos avaliar e
valorizar tudo pela aparência, cuidado! Porque as coisas simples nos
surpreendem. “Os pequenos investimentos podem se tornarem em grandes empreendimentos”.
Um
fato que nos chama atenção é a respeito da reconstrução do novo templo no lugar
do que fora construído por Salomão. Na quinta visão do profeta Zacarias, o anjo
lhe mostra o valor das coisas pequenas, só havia escombros do antigo templo,
Zorobabel foi encorajado para reconstruí-lo. A nova construção do templo seria
menor que o construído por Salomão, mas que ninguém deveria ficar desanimado,
mas que era da vontade de Deus e ninguém deveria desprezar “Quem despreza o dia
das coisas pequenas?” (Zc 4.10). Para o Senhor o importante não seria o tamanho
do novo templo, o profeta Ageu lembra o passado triste da destruição do grande
templo e mostrava que a glória da segunda casa seria maior que a da primeira,
não devemos ficar impressionado com as coisas grandes e apreciáveis, como que
somente elas fossem importantes. Atualmente muitos têm essa mesma visão.
Alguns
discípulos de Jesus Cristo tinham a impressão que seria mais importante os
lugares de destaque, ser o maioral entre eles e posição no céu, no entanto
Jesus mostrou-lhes que nada daquilo seria tão importante (Mt 20.20-23). Na
visão de Paulo não devemos ambicionar as coisas vultosas, mas atentar também
para as humildes “Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos as humildes” (Rm
12.16). A ambição pelas coisas leva o individuo a depreciar os pequenos
começos.
Muitas
pessoas talvez pudessem ficar impressionadas com a atitude daqueles ricos que
depositavam as suas volumosas ofertas no gazofilácio fazendo questão que os
olhares se voltassem para o barulho ou tinindo das pratinhas umas as outras
chamando a atenção de todos, eles davam o que lhes sobravam, outros
davam grandes quantias mostrando que eram os maiores ofertantes
capazes de impressionar os seus líderes espirituais. Jesus nunca se
impressionou com essas atitudes, “nem mesmo com a bela oração do fariseu” (Lc
18.9-14). Ele Julgou importante a oferta daquela pobre viúva não pela quantia
que ela havia depositado, mas pelo que lhe havia restado “nada”, ela
deu tudo quanto tinha, e nesse desprendimento deu mais que todos. Porquanto
ela teve uma atitude de voluntariedade, caridade, amor e comprometimento com
Deus (Lc 21.1-4). Aquela viúva certamente entendia que Deus cuidaria do seu
sustento, “muitas vezes damos pouco e ruim pensando que estamos dando muito e
bom”, esperando receber muito mais do que damos, Deus não se engana com esse
tipo de oferta. Quando abrimos o nosso coração para ofertar ao Senhor, lhe
entregamos de coração, e aquilo que fazemos de coração não há reservas, mesmo
que não tenha tanto para dar, o mínimo sendo de coração é tudo para Ele.
A
falta de desprendimento, não permite que se dêem ao Senhor aquilo que ele
merece, a nossa visão está mais focada em receber do que dá, os discípulos de
Jesus demonstraram essa preocupação mais em receber do que dá, pensavam apenas no
que haviam de receber (se te servimos
aqui o que receberemos), comer, vestir e calçar, no entanto o Mestre
deu-lhes uma grande lição, mostrando-lhes que não deviam estar preocupados com essas
coisas. Os desprendimentos das coisas materiais nos levam a servir melhor a
Deus (Mt 6.25-34). Jesus sabia que eles necessitavam de tudo aquilo, mas que
eles não deviam achar que fosse o tudo.
O nosso dinheiro não é a garantia
de sermos aprovados por Deus, o que fazemos para impressionar as pessoas e até
pensando em impressionar a Deus estamos enganados, Ele está atento aos mínimos
detalhes daquilo que fazemos. As nossas ações e atitudes são observadas e
recompensadas da maneira dele e quando vir em nós humildade de coração. Jamais
toque alarido para chamar a atenção das pessoas para aquilo que você oferta
para a obra de Deus, isso não será importante para Deus.
Pr.
Elis Clementino – Itapissuma -PE
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