A CONFISSÃO DOS PECADOS E O PERDÃO DIVINO



ESBOÇO 469
TEMA: A CONFISSÃO DOS PECADOS E O PERDÃO DIVINO
O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia” Pv 28.13.

A auto incriminação e a confissão dos pecados são atos de reconhecimento das ofensas praticadas contra as leis divinas. As ações pecaminosas praticadas contra Deus serão julgadas por ele, por isso devemos estar conscientes que mesmo sendo esses pecados perdoados não deixaremos de sofrer as suas consequências. Davi recebeu o perdão divino quando reconheceu o seu grave pecado, mas não ficou isento das consequências. Discorreremos um breve comentário sobre esse episódio.

A falta de vigilância de Davi
A falta de atenção pode levar o indivíduo a cometer delinquências. Muitas vezes facilitamos e damos ocasião para que tais fracassos aconteçam. Tomamos nesse mote um grande exemplo “Davi”, que, por não vigiar cometeu graves pecados: adultério, mentira, engano, embriagou Urias, além de perpetrar um homicídio contra um dos seus valentes, “Urias”. “Os grandes fracassos começam com pequenos fracassos”. “Um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7).

Chamada, sucessos e fracassos
 Davi foi ungido pelo Senhor para reinar sobre Israel no lugar de Saul, moço de quem o Espírito do Senhor se apoderou (I Sm 16.13); ele era um homem de coragem e determinado, assim levava Israel a ter vitória diante dos filisteus (I Sm 17.50). Havia nele um coração cheio de temor; apesar da sua valentia ele respeitou a autoridade de Saul (I Sm 26.8,9). Davi era um escolhido, homem com quem Deus fez um concerto (Sl 89.3), mas nada disso o impediu de pecar contra o Senhor. “O homem que derrotou o maior inimigo de Israel foi derrotado por uma paixão carnal”. Quantos valentes têm sido derrotados atualmente? Tantos que lutaram e venceram as grandes batalhas, mas pereceram nos braços da concupiscência.

A ociosidade de Davi
A ociosidade pode levar à queda. Ao invés de Davi estar no campo de batalha, ou orando a Deus para que guardasse seus soldados valentes deixou-se vencer pela ociosidade, passeando no terraço da casa real (2 Sm 11.1,2). A desocupação o levou a ser atraído e dominado pela cobiça. “Mas cada um é tentado, quando atraído é engodado pela sua própria concupiscência.” (Tg 1.14), o resultado é que a concupiscência dá à luz o pecado (Tg 1.15).

O Adultério
Davi deu lugar à tentação, se deixou levar pela concupiscência da carne (Gl 1.16). (ainda que ela possa vir, mas não necessariamente através da pratica do sexo, mas existem outras maneiras que facilite a prática do pecado, Davi se deixou levar pela concupiscência da carne (Gl 1.16)). A bíblia nos adverte que devemos resistir às tentações. O inimigo, “o diabo”, nos tenta para destruir os planos de Deus para o homem. “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;” (I Pe 5.8: I Ts 5.6; Lc 21.34). O adultério de Davi com Bate Seba, mulher de Urias, foi terminante para acender a ira divina sobre ele, pois se tornara um homem cheio de astúcia. Vejamos o que ele foi capaz de fazer para esconder o seu pecado: (2 Sm 11.10-12). Matou Urias covardemente pondo-o na fileira à frente da batalha; Urias era um servo valente, que daria a sua própria vida a serviço do rei. “Para o indivíduo que perde a sua sensibilidade nada é mais precioso para ele. O espírito de covardia se apoderou dele, somente o homem vazio de Deus é capaz disso.”

A Perda da Comunhão e a repercussão escandalosa
1. Perdeu a comunhão divina. Davi era um homem de estreita comunhão com o Senhor, mas perdeu e ficou sem a presença de Deus (Sl 51.10-12)
2. Uma repercussão escandalosa. Todo escândalo tem a sua dimensão, principalmente quando parte de quem tem status; quanto mais famoso, maior o escândalo. Não tente esconder os seus pecados, Deus revela (2 Sm 12.12; Dn 2.22; Hb 4.13).

A repreensão divina
Após o pecado consumado, Davi foi repreendido por Deus, através do profeta Natã, homem de coragem (2 Sm 12.1-9). Deus não se deixa escarnecer, tudo o que o homem semear também ceifará (Gl 6.7). Deus não compartilha com pecados de ninguém, cada um responderá perante ele (Rm 14.12). Pois o que tem em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? Que comunhão há entre o crente e o descrente? Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: “Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.  Por conseguinte “saiam do meio deles e separem-se”, diz o Senhor. “Não toqueis em coisas impuras, e eu os receberei” (2 Co 6.14-18). Deus requereu de Davi o seu pecado, usando de misericórdia para com ele.

A sentença divina
a) “Não se apartará jamais a espada da tua casa”. Essa sentença custou muito caro para Davi e (a) sua família. Leia: (2 Sm 12.10,14; 13.28,29; 18.9-17; I Rs 2.24,25), veja o tamanho da destruição.
b) “Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti...” (2 Sm 12.11; 13.10-15;16.21,22).

Arrependimento
Após a repreensão divina Davi caiu em si e confessou “Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12.13a); daí em diante se iniciou uma maratona de culpa e confissão (Sl 32.5), ele suplica por restauração com os seguintes pedidos:
1. “Cria em mim, ó Deus, um coração puro” (Sl 51.10);
2.  “Não me lances fora da tua presença” (v11);
3.  “Não retires de mim o teu Espírito Santo” (v11b).
4. “Torna a dá-me a alegria da tua salvação (v12).

            Nada é mais prazeroso para os inimigos do que a queda de um líder, principalmente de um guia espiritual, porém, quando ele se arrepende como fez Davi, o SENHOR pela sua infinita misericórdia concede-lhe o perdão. O desejo de Davi era restaurar a pureza do coração, não sair da presença de Deus e receber de volta a alegria da salvação.

Pr. Elis Clementino – Itapíssuma - PE

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