ESBOÇO 488
TEMA: NÃO PARODIE O QUE É SAGRADO
“Então, trouxeram
os utensílios de ouro, que foram tirados do templo da casa de Deus, que estava
em Jerusalém, e beberam neles o rei, os seus grandes, as mulheres e
concubinas.” Daniel 5.3
O ser humano tem livre arbítrio para
valorizar e desvalorizar as coisas da vida, inclusive as sagradas, ou seja, as
consagradas a Deus. Quando não valorizamos as coisas pertencentes à vida
terrena, com certeza as perderemos. E quando se trata das coisas sagradas é
muito pior, porque atingimos a santidade divina. Faremos um breve comentário
sobre o banquete nefando do rei Belsazar e as consequências do seu pecado.
Desconsiderando o Sagrado
A
Profanação do sagrado é muito antiga. Muitas pessoas que se dizem religiosas entraram
por esse caminho; a vaidade, prepotência e o orgulho acabam desconsiderando o
sagrado. A embriaguês de Belsazar levou-o a essa prática pecaminosa “Havendo Belsazar provado o vinho” (Dn
5.2). A falta de senso não permite o homem valorizar as coisas importantes da
vida, principalmente o que é sagrado. As pessoas em estado de embriaguês não
sabem medir as consequências daquilo que fazem. O rei Belsazar não tinha a
dimensão do que poderia acontecer a partir daquela decisão, tomar vinho nos
utensílios consagrados que foram deixados por Nabucodonosor “seu pai”. - Essa
expressão é usada não para designar pai biológico, mas no sentido dos seus
ancestrais.
Mantendo o sagrado
Não
remover os limites antigos deixados pelos pais - essa é uma expressão que
denota mudança naquilo que está estabelecido ou uma violação de limites. Necessariamente
devemos conservar o que é importante, sejam, objetos de estimação ou coisas
sagradas deixadas pelos nossos ascendentes (Dt 19.14; 27.17; Jó 24.2; Pv 22.28;
5.10). Há pessoas que não valorizam aquilo que é separado e oferecido ao Senhor,
essas coisas devem ser observadas com profundo sentimento de respeito e adoração.
Atualmente muitas pessoas que dizem servir a Deus, não observam essas verdades
e assim violam os mandamentos do Senhor. Deus exigia santidade, tanto das
ofertas quanto dos ofertantes. Os animais oferecidos teriam que ter qualidades
para tal sacrifício, os sacerdotes deveriam primeiro santificar-se para adentrar
no altar e oferecer a oferta (Lv 16.1-4).
A
santidade sempre foi exigida a todos nos cultos de adoração, maiormente no
lugar santo, onde oferecemos a Deus o melhor das nossas ofertas. Durante os
cultos nos templos Salomão nos aconselhou dizendo: - “GUARDA o teu pé,
quando entrares na casa de Deus; e inclina-te mais a ouvir do que oferecer
sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal. Não te precipites com a
tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma
diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; pelo
que sejam poucas as tuas palavras” (Ec 5.1,2). Estar presente no culto não
é cultuar e nem adorar, muitos estão no culto, mas estão fora dele, por isso a
irreverência acontece, normalmente, como se nada fosse exigido da parte de
Deus. Quando estivermos no culto devemos observar o que Paulo escreve aos
romanos: “ROGO-VOS, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o
vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional” (Rm 12.1). Essa é a base para oferecermos a Deus um culto de
qualidade; esse deve ser um princípio inviolável. O culto racional mencionado
por Paulo é aquele que é feito com o coração, a mente e a alma. Atitudes
irreverentes são vistas em muitos cristãos, como: andar, conversar, sede
exagerada etc. Parece-nos que as consequências da falta de reverência só aconteciam
no ato da santa ceia, como Paulo descreveu (I Co 11.17-22). No entanto, não é
somente nesse ato, mas em qualquer culto oferecido a Deus; isso resulta em
pessoas “fracas e doentes e muitas que dormem”. Nas escrituras encontramos
muitas pessoas que profanaram o sagrado e pagaram até com suas vidas, citamos
anteriormente (Dn 5.2;Nr 10.1,2; I Sm 2.12-17; 4.11-17; Dn 5.5,6,30). Portanto,
tudo que o homem semear, isso ele ceifará (Gl 6.7).
Nosso corpo santuário
Após
a obra expiatória do calvário Jesus passou a habitar no cristão, tornando-o
templo da presença ou morada do Espírito Santo. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita
em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o
santuário de Deus, que sois vós, é sagrado” (I Co 3.16,17). E sendo templo do
Espírito Santo, jamais deveríamos profaná-lo. Não existe templo tão perfeito como o do
próprio corpo humano, temos um altar dentro dele. A nossa vida é o holocausto a
ser oferecido nele, porquanto devemos ter cuidado para que o nosso corpo não
seja entregue as paixões mundanas.
Amados, deixemos qualquer tipo de irreverência,
principalmente na casa de Deus, lugar santo onde oferecemos os nossos sacrifícios.
Deus reprova qualquer atitude irreverente dentro da sua casa, seja quem for.
Jesus teve um profundo zelo pela casa do pai, expulsou os cambistas, vendedores
de pombos e finalmente os negociadores (Lc 19.45-48). Sejamos reverentes,
permitamos que o Senhor receba as nossas ofertas, a fim de sermos
maravilhosamente abençoados por ele.
Pr. Elis Clementino
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