ESBOÇO 555
TEMA: A EXCELÊNCIA DE CRISTO EM
NÓS
TEXTO:
2 Coríntios 4:6,7
Qualquer
coisa que existe tem o seu valor e ocupa o seu lugar, umas são mais valorizadas,
outras menos, mas para que algumas delas tenham um valor mais expressivo é
necessário que se ponha nela alguma coisa que a valorize. Um jarro só será mais
valorizado e enriquecido se tiver algum ornamento; um guarda jóia não terá
valor se não tiver jóias, portanto existem muitos tipos de vasos, mas todos
eles por mais fracos que sejam tem a sua utilidade. “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro
e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para
desonra (2 Tm 2:20). Paulo fala
que a riqueza da seu ministério era a excelência do poder de Cristo nele.
A excelência de
Cristo
Paulo
escreveu a primeira carta a igreja de Coríntios a respeito do duro ministério e
da pregação do evangelho com um valor soberano. Porque Deus, que disse que das
trevas resplandece a luz, é quem brilhou nos nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo (2 Co 4.6), pois ele
considerava essa luz um grande tesouro em algo fraco. Ele cita também na carta
dois objetos bem conhecidos entre nós; o tesouro e o vaso de barro
com o objetivo de mostrar a que excelência do poder é de Cristo e não de nós,
para que ninguém se glorie em si mesmo (2 Co 4.7).
O vaso de barro
As
características desse material indicam a sua inferioridade como algo frágil
“vaso de barro”, ele pode ser quebrado devido à fragilidade, mas também não
significa que ele não sirva, ele tem o seu lugar apropriado, um jarro
decorativo em uma sala ou em um lugar de recepção, pode não representar muita
coisa se não tiver dentro si algo que o valorize, mas quando recebem flores
eles começam a chamar a tensão aos olhares de todos que adentrarem naquele
ambiente, ou seja, ele recebeu valores que o enriqueceu. Quando Paulo escreveu
a Timóteo ele deixou claro que se obreiro ou alguém que faz a obra de Deus quer
ser enriquecido deve se qualificar na excelência do poder de Cristo “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas,
será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para
toda a boa obra” (2 Tm 2:21). Quem quiser ser vaso deve abandonar tudo aquilo
que é iniquidade, e buscar uma vida de santidade.
O tesouro
Coisas preciosas e de grandes valores “jóias, prata,
ouro e pedras preciosas”. A preciosidade é a mensagem do evangelho confiada aos
frágeis e aos falíveis “vaso de barro”. Paulo não estava focalizando no vaso perecível
“o barro”, mas naquilo que o valorizava “o poder de Cristo”. O verbo TER
é empregado por
Paulo no presente do indicativo e usado na 1ª pessoa do plural, nos dá a idéia
de posse (temos), ou seja, ter, possuir, ele sabia que a igreja era um vaso, porém
enriquecido pelo tesouro, já a palavra tesouro foi empregado no singular, no entanto entendemos que não é um tesouro
qualquer, pois se tratava de algo muito especial, um substantivo abstrato em
comparação ao tesouro comum. Referindo-se aos VASOS, o substantivo é
empregado no plural, pois se tratava dos que faziam a obra de Deus naquela
igreja. Deus se utiliza das coisas frágeis e vis deste mundo para confundir as
que são, para que ninguém se glorie, pois a excelência do poder é de Deus e não
de nós (2 Co 4:7; I Co 1:27-29,31; 2 Co 10:17). Portanto o vaso que quiser se
gloriar glorie-se no SENHOR, reconheça
que a sua capacidade vem dele. (2 Co
3:5). O vaso de barro sem o tesouro é apenas um caco entre outros cacos (Is
45:9), por isso não pode se gloriar em si mesmo, e sim no tesouro que o
enriquece (Jr 9:23,24; Is 42:8).
Não há poder e exaltação sem essa riqueza, pois Cristo é quem nos tornam ricos,
Ele é o tesouro e nós os vasos de barro. Com as riquezas de
Cristo em nós não estamos isentos dos sofrimentos, turbulências, fraquezas, aflições,
tristezas, humilhações, mas o tesouro que temos dentro de nós nos mantém
confiantes e encorajados para fazermos a vontade de Deus, porque o tesouro que está em nós, não nos deixa
cair ou fracassar na caminhada, o tesouro
nos sustenta.
Os
vasos enriquecidos em Cristo passam por muitas aflições, mas não abatidos; como contristados, mas sempre
alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo
tudo (2 Co 4:8,9; 6:10). Mesmo sofrendo, mas mantendo esse grande tesouro em vaso
de barro. As aflições e as privações suportadas nessa são leves em
comparação com a abundância da riqueza e da glória que teremos em Cristo, em
parte essa glória já estar sendo presente, mas só no futuro será experimentada de
modo pleno (Rm 8:18). Sigamos
firmes não atentando para as coisas que se vêem, mas para as que não se
vêem, porque as coisas que se vêem são temporárias, mas as que
não se vêem são eternas (2 Co 4:18;
Rm 8:25). A excelência da riqueza
de Cristo em nós precisa ser vista através da nossa maneira de viver e na
pregação das boas novas do evangelho.
Pr.
Elis Clementino – Paulista - PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário