ESBOÇO 571
TEMA: A ORAÇÃO
TEXTOS: MATEUS 6 :5-15
A
oração do Pai nosso é feita pelos cristãos há mais de 2000 anos, ela faz parte
de muitas liturgias cristãs, uma oração breve, entretanto tem poder eficaz, ela
foi ensinada por Jesus. Há pessoas por não saberem orar preferem orar o pai
nosso, ela é tão recitada quanto o Salmo 23, porquanto precisamos saber muito
mais sobre ela e seus efeitos em toda história da humanidade, desde a primeira
oração relatada na Bíblia.
1. A oração- modelo
Estando
Jesus reunido com seus discípulos para orar com eles, ao terminar um dos seus
discípulos lhe disse: Senhor; ensina-nos a orar, como também João ensinou aos
seus discípulos (Lc 11:1). A oração judaica era aprendida pelos judeus desde
criança e pelo menos três vezes ao dia eles deveriam orar, a atitude de orar
era passada de pais para filhos, uma amaneira de falar com Deus. No Antigo
Testamento temos um exemplo muito claro, Daniel tinha o hábito de orar três
vezes ao dia voltado para Jerusalém, lugar sagrado (Dn 6:10). Com a chegada do
Messias a oração ganhou uma nova forma, a partir daquele momento não haveria
necessidade de um ritual e uma liturgia padronizada para falar com Deus.
1.1.
Jesus apresentou um modelo de oração baseada em duas partes, a primeira em três
pedidos em relação a Deus (Mt 6:9-13).
1.1.1
A primeira parte.
(a)
Santificado o teu nome; (b) Venha a nós o teu reino; (c) Seja feita a tua
vontade. As nossas
intenções egoístas são invertidas, a natureza humana é egoísta, entretanto
Jesus nos pede justamente o contrário, pois em primeiro lugar está a santidade,
o reino e a vontade de Deus.
1.2.
A segunda parte.
Essa
parte é baseada em três pedidos relacionados às nossas necessidades:
1.2.2.
O pão, o perdão e a proteção. (a) PÃO, aqui se pode ver a provisão de
Deus para nós, quando pedimos o pão de cada dia, então não há porque se
preocupar com o que hás de comeu amanhã, semana que vem..., Deus há de provê
como proveu o maná diariamente para o povo no deserto. (b) PERDÃO, Jesus pede para que peçamos perdão pelas nossas
dívidas, isso nos remete ao pecado que é uma dívida que não pode ser paga, só
Deus pode perdoar, mas também temos que perdoar os nossos devedores, isso tem
relação com as mágoas, as ofensas, aquilo de ruim que os outros nos fazem.
Liberar o perdão é essencial para se ter uma vida contrita com Deus. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai celestial vos perdoará a vós (Mt 6:14). (c)
PROTEÇÃO, peça a Deus para que te livre de situações que te levem ao
pecado, Deus tem todo o poder, e só ele pode prover, proteger, e lhe orientar
para que você possa sair de situações extremas e perigosas.
2. Vigilância através da oração
Jesus
recomendou aos discípulos que fossem vigilantes em oração (Vigiai e orai para
que não entreis em tentação), ele mesmo nos deu exemplo de oração, sempre se
reunia com seus discípulos para momentos de oração. A oração pode ser divida em
três pontos: (1) Como orar (Mt 6:5-8); (2) Pelo que orar (Mt 6:9-13); (3) Uma
condição (Mt 6:11-15).
3. Evitando a hipocrisia na oração
A
oração do hipócrita é reprovada pelo Senhor, os fariseus geralmente eram
indivíduos que pertenciam a uma classe social intermediária, embora eles fossem
uma minoria no Sinédrio, eram indispensáveis e tinham o apoio do povo judeu. A
popularidade deles os levava a muitas conquistas no conselho, eles acreditavam
em vida e recompensa, punição após a morte. Os saduceus geralmente eram ricos e
ocupavam cargos de prestígios, e um dos cargos importantes era o de sumo
sacerdote, eles eram também a maioria no Sinédrio, esse conselho julgava
assuntos da lei judaica e da justiça criminal, tanto na Judéia quanto nas
demais províncias. Os saduceus tinham uma grande preocupação em acatar decisões
de Roma, pois ela dominava Israel nesse período, davam mais importância à
política do que à religião, eles não eram bem vistos pelo povo porque faziam
parte da elite que apoiavam os romanos. Os saduceus
negavam a ressurreição dos mortos, além da existência de anjos e demônios,
enquanto os fariseus aceitavam (Atos 23:8).
4.
A verdadeira oração
Ela
deve ser feita da seguinte maneira: (1) De coração humilde e sincero, se o
indivíduo curvar-se e o coração não, de nada adianta, o fariseu esbanjava toda
a sua grandeza, o publicano fazia o oposto, este possuía um coração totalmente
quebrantado e curvado diante de Deus (Lc 18:9-14). (2) Não usar de vans
repetições, esse tipo de oração não tem poder mágico, quem pede mal nada recebe
(Mt 6:5-7; Tg 4:3). (3) Não duvidar, pedir com fé e confiança. Peça-a, porém,
com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que
é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. “Não pense tal homem
que receberá do Senhor alguma coisa...” (Tg 1:5).
A oração é um
recurso indispensável que foi dado aos discípulos de Cristo, é uma necessidade
universal, Deus quer que todos os seus filhos se apoderem dessa arma muito
poderosa. A oração é a chave que move o
coração de Deus, devemos orar sempre, todos os dias separe um tempo para orar,
ore com fé, seja específico nos seus pedidos, seja perseverante na oração, seja
sincero nas suas orações, use as suas palavras converse com Deus. Na oração encontro calma e paz. Orar a Deus faz bem à
alma, falar com Deus nos satisfaz, é maravilhoso abrir a alma ao Criador e sentir
que os céus estão abertos para nós ouvindo a voz do nosso Deus. As obras feitas
por ele são magníficas, o seu amor não tem limites, em seu perdão encontro paz.
Fale com Deus, pois ele é a fonte de poder. Só nele a vida tem sentido, ele nos
dá forças para viver e vencer nos momentos mais difíceis da vida.
Pr.
Elis Clementino – Paulista -PE
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