A DOUTRINA DO PECADO

ESBOÇO 617
TEMA: A DOUTRINA DO PECADO
Texto: Romanos 5.12

As escrituras põem em destaque dois grandes princípios e qualidades morais: A SANTIDADE e o seu ANTAGONISTA “o pecado”. Podemos dizer que na esfera moral o primeiro corresponde ao bem e o segundo ao mal. Os princípios morais são identificados por um desses princípios. Discorrerei de maneira simples sobre o pecado, suas origens e as consequências.

Significado
Na teologia essa doutrina é chamada de Hamartiologia que no Gr significa hamartia = erro + logos = estudo, ou seja, é a ciência que estuda o pecado, as suas origens e consequências. O Pecado é a transgressão de preceitos religiosos, falta, erros, culpas. Não é um acontecimento fortuito, ou seja, casual, acidental e eventual que não evolva culpa por parte do pecador, também não é um acidente. (Rm 5:12). Há quem ensine que o pecado é acidental; porém, conforme já verificamos no ensino bíblico que o pecado resultou de um ato de desobediência por parte de Adão. “O homem não é pecador porque peca, mas porque é pecador.”

Origem do pecado
No princípio Deus criou o homem perfeito, conforme a sua imagem e semelhança, do homem a mulher para ser-lhe auxiliadora, e depois lhes deu ordens E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.” (Gn 2:9), na ordem expressa de Deus para Adão e Eva não lhes tiravam o poder de escolhas, se comeriam ou não, caberia a eles apenas obedecerem ou não à voz do Senhor, mas havia um grande inimigo de Deus “o diabo” que se transfigurou em serpente para iludir a mulher e convencê-la a desobedecer ao Senhor. Analisemos as estratégias do diabo (Gn 3.1-6). Satanás usou alguns argumentos para poder convencer a mulher (1) Ele pergunta: Não comerás de toda árvore do Jardim? (2) Ele diz a mulher, certamente não morrerás, o mais profundo argumento começa agora: (3) Satanás diz a mulher: Porque Deus sabe que no dia em que comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. Satanás usou as suas artimanhas para tentar o próprio Cristo, Se tu és o filho de Deus, transforma essas pedras em pão (Mt 4.1,2); te darei tudo se me adorares (Mt 4.8-10).

O homem sempre amou e aceitou aquilo que lhe oferece vantagens, principalmente o que estava sendo oferecida a mulher no Edêm, ser como Deus, a mulher viu uma grande vantagem, mas era apenas uma tentação para promover-lhe a queda, não basta muito para o homem ambicionar e se contaminar (Pv 28.21)

As consequências do pecado
Não é mera debilidade da criatura, pela qual o homem não deva ser responsabilizado ou tido como culpado (Jr 17:9; Lm 3:39). Há pessoas que afirmam que o pecado é apenas uma espécie de debilidade ou fraqueza, pelo que somos muito infelizes, porém de modo algum, culpáveis ou condenáveis. Mas essa opinião é contraria a verdade revelada nas escrituras, o pecado na sua realidade gera a morte (Tg 1.15; Rm 6.22,23). É importante saber que o pecado não é uma mera ausência do bem e nem a falta de retidão positiva e não é uma simples negação, basta entender o que Paulo escreveu aos romanos “porque bem sabemos que a lei é espiritual: eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado...” (Rm 7.14-25). Existe o falso culto como Ciência Cristã que afirma que o pecado é uma negação que o mal é a ausência da retidão. Mas isso não é verdade porque existem formas de pecado extremamente malignas. A palavra de Deus afirma que o pecado e o mal têm existência positiva, e que são ofensas contra Deus, no entanto todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei (1 Jo 3.4). O pecado não pode ser entendido como imaturidade, falta de desenvolvimento, ou remanescente de características primitivas, mas como violação dos mandamentos de Deus, e isso o seu preço que pode custar a vida terrena e espiritual.

            O pecado é uma realidade e somente será combatido quando nos entregamos a Deus que é justo e abomina o pecado. Não conformar com este mundo é o resultado de um novo nascimento em Cristo (Jo 3.3; Rm 12.2), é através da rejeição do pecado que somos justificados pela fé nele “Cristo”. Uma vez liberto jamais devemos voltar à escravidão do pecado, mas manter-se cada vez mais distante dele servindo a Deus com uma vida pura e justa e que seja vista como testemunho de uma vida mudada.

Pr. Elis Clementino – Paulista -PE

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