ESBOÇO 669
TEMA: DIÓTREFES, OBREIRO ORGULHOSO
TEXTO 3 JOÃO 1-15
“Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que
procura entre eles a primazia, não nos recebe...”. 3 João 9-11.
A fragilidade
humana pode levar o indivíduo a comportamentos que comprometam tanto a si
quanto as outras pessoas, inclusive a obra de Deus, isso tem acontecido com
muita frequência, principalmente no meio cristão, onde também existem pessoas
de todas as naturezas, boas, ambiciosas, egoístas e desobedientes etc. O
Apostolo João escreve a terceira carta a uma das igrejas do qual ele era
presbítero para tratar de assuntos atinentes aos problemas existentes na igreja.
Trataremos nesse assunto sobre autor da carta, endereço, propósitos e o péssimo
exemplo de Diótrefes. Esse assunto é de grande acuidade para os dias de hoje,
os procedimentos de Diótrefes servem de exemplo para todos que são obreiros e
os que aspiram.
Endereço da carta
A referida foi escrita por
João provavelmente em Éfeso nos anos 90d.C, ao amado Gaio, o qual se mantinha
fiel ao ancião “João” daquela igreja, por essa razão ele recebeu elogios. Três
personagens são citados por João na referida carta: Gaio, Diótrefes e Demétrio.
O propósito da carta
Corrigir problemas existentes
naquela igreja, e enfrentar um obreiro chamado Diótrefes, esse obreiro gozava
de grandes prestígios naquela igreja, mas nele havia algo ruim que precisava
ser corrigido (1) Não considerava a liderança de João; (2) Era egoísta, toda
primazia seria para ele; (3) Não era hospitaleiro para com os professores missionários
que por ali passavam. Na carta João aborda a responsabilidade pessoal
envolvendo falsos ministros.
Quem era Diótrefes?
Não se sabe muito sobre ele, porém Diótrefes era
convertido ao cristianismo e aspirava ser líder da igreja e excluir qualquer
outro que ameaçasse a sua liderança. O significado do seu nome era “alimentado
por Júpter” ou Zeus, deus da mitologia greco-romana. Diótrefes era cheio de
superstições pagãs, e ambicioso por glórias humanas, ele cresceu orgulhoso,
arrogante e apinhado de prepotência, incapaz de respeitar as autoridades,
principalmente as da igreja na época, o apóstolo João foi um deles. Diótrefes
foi atraído pelo cristianismo e professou a sua fé em Cristo e tornou-se membro
da igreja local, ele passou a ter uma grande influência na igreja até chegar a
ser ordenado a Ministro do Evangelho. Elevou-se entre as lideranças da igreja,
mas havia algo que estava guardado no seu coração, o ciúme doentio ao ver a
influência do apostolo João como líder da Igreja, ele aspirava altas
posições na igreja, era indomável, presunçoso e orgulhoso e não aceitava João,
pressupõe que ele era quem aparecia diante das outras pessoas como líder da
igreja e tinha algumas atitudes estranhas e inconvenientes, com essas atitudes
ele prejudicava o bom andamento da obra. A carta endereçada a Gaio pedia-lhe
que houvesse hospitalidade para com os missionários que por ali passassem, já
que Diotrefes não os recebiam, ele era ciumento
gostava exercer a primazia, ele sempre procurava estar em destaque, esse era o
seu prazer, ele não punha em pratica os ensinamentos de Jesus (Mc 10.44), além
do mais ele não estava disposto a sofrer pela Igreja, mas se ufanava através
dos trabalhos fundados pelo outros. Demonstrava defender a justiça social, com
isso ele promovia a justiça própria e não a divina.
As pessoas
com características de Diótrefes sempre busca aquilo que é do seu interesse,
ele fingia que estava a serviço de todos, mas arquitetava a tomada do poder
para sustentar a sua primazia, para isso ele tinha habilidade, influenciava as
pessoas com a finalidade de alcançar a supremacia, usava a demagogia como
muitos usam nos dias de hoje, ele só pensava em si, cuidava dos seus próprios
interesses. Diótefes era do tipo de obreiro que não comparecia as reuniões que tivesse
a frente outra liderança, e quando estava presente tratava com descaso quem
estivesse liderando a reunião, como também os trabalhos organizados pelos
outros colegas, ele desestimulava qualquer pessoa que tivessem interessadas
ajudar no desenvolvimento da Igreja e do evangelho, o que ele mais gostava era
de ser louvado, se fosse hoje ele gostaria de está na mídia, na televisão,
jornais, nas redes sociais, ou seja, nos meios de comunicações sendo aplaudido
por todos, entretanto o egoísmo estava arraigado no seu coração, e pessoas
assim não se contenta com nada.
O desprezo a João
Obreiro
egoísta despreza o seu líder espiritual e subestima os colegas, contrariando
todo o princípio cristão. Diótrefes não considerava João, mesmo sabendo que ele
havia sido discípulo do Senhor, embora os demais membros da Igreja tivessem uma
grande consideração a João como “pai espiritual” menos Diótefes, principalmente
quando o ouvia pregar, enquanto João pregava, ele resmungava, era um
procedimento maligno, não aceitava os enviados de João, muito menos ouvi-lo pregar
e visitar a igreja, mas a admirável coragem de João não retrocedia e nem se
intimidava com tais atitudes de Diótrefes. João era obreiro de verdade e tinha
convicção de sua chamada. O mau comportamento de Diótrefes é de grande valia
para os dias de hoje, principalmente em relação a aqueles que desejam o
episcopado.
Devemos ter muito cuidado
para não agirmos da mesma maneira de Diótrefes. Consideremos os homens de Deus,
deixe de lado toda arrogância e exaltação prefira o caminho da humildade,
apreenda o que disse o apóstolo Paulo: - “cada
um considere o seu irmão superior a si mesmo” (Fp 2.3), o obreiro tem a
responsabilidade de servir de modelo para o rebanho. O obreiro Diótrefes não
tinha atributos para viver em harmonia, era um dominador e brigão, ele não
reconhecia a legitimidade de João como apóstolo de Cristo, pois ele queria ter
a primazia de apostolo no lugar de
João, em compensação havia na igreja dois obreiros que foram elogiados por João
por terem comportamentos excelentes Gaio e Demétrio, estes eram obreiros de
verdade. Os bons obreiros com o seu bom exemplo contagiar os mais novos.
Pr. Elis Clementino
– Paulista – PE
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