ESBOÇO 906 PARA CASAIS


ESBOÇO 906
TEMA: PARA CASAIS
Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher”. “Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem”. (Mc 10.7,9).

O casamento foi a primeira e a mais antiga instituição humana, Deus o instituiu com a finalidade de promover o bem estar do homem e a mulher, e através dessa união povoar a terra. O casamento é a união durável entre duas pessoas de sexos diferentes, os cônjuges devem se habilitar com legitimação religiosa ou civil.  O casamento é um estado honroso e a mais importante de todas as edificações, para isso são necessários alguns pré-requisitos importantes para a preservação da mesma, como: Relacionamento, o conhecimento dos problemas, o desempenho na relação sexual e compreender as necessidades um do outro.

I. Relacionamento
Quando ponderamos sobre relacionamento compreendemos que há um vasto campo a ser explorado, mas é importante saber que há dois tipos de relacionamentos consideráveis, são eles: o intrapessoal e interpessoal, eu digo que quando as pessoas não vão bem consigo mesma, muito menos irá com as outras, mas existem inúmeros fatores que contribuem para o mau relacionamento entre marido e mulher. Esses têm sido objeto de estudo por muitas pessoas interessadas a melhorar o relacionamento conjugal. Necessariamente os cônjuges devem se sentir valorizados e amados, e com essa atitude demonstrar a pessoa a qual se uniu pelos laços do matrimônio é a mais importante da sua vida.

As palavras amáveis sempre devem ser ditas ao seu, pois o bom relacionamento é importante para os cônjuges, é saudável e constrói, ou seja, não há felicidade entre os cônjuges quando não há relacionamento saudável. Cada pessoa sente a necessidade de ser ouvida, isso é comum, quando alguém, especialmente o nosso cônjuge, não nos escuta com os ouvidos e nem com o coração, sentimo-nos mal-amados e, involuntariamente nos distanciamos um do outro. Os seguintes sintomas na comunicação podem indicar se a ralação é boa ou está em crise. (1) Os cônjuges não devem negar-se a dialogar sobre as dificuldades do casamento; (2) Eles devem ser atenciosos e não responda até que a outra pessoa tenha acabado de falar (Pv 18:13; Tg 1:19); (3) Seja tardio para falar, pense antes, não seja apressado. Fale de tal forma que a outra pessoa compreenda e aceite o que você está dizendo (Pv 15:23,28; 21:23; 29:20; Tg 1:19); (4) Fale sempre a verdade, mas com moderação e amor; (5) Não exagere (Ef 4:15; Col 3:9); (6) Jamais use o silêncio para frustrar o companheiro (a), mas explique o motivo pelo qual você não quer falar naquele momento, e não demonstrando falta de interesse em ouvir o outro; (7) Não se envolva em brigas, é possível você discordar sem elas (Pv 17:14; 20:3; Rm 13:13; Ef 4:31); (8) Não responda com raiva, use a resposta branda e bondosa (Pv 14:29; 15:1; 25:15; 29:11; Ef 4:26,31); (9) Saiba que a comunicação no casamento não é tudo, mas com certeza uma boa comunicação evitaremos muitos problemas; (10) Tenham cuidado! A falta de uma boa comunicação pode comprometer o seu casamento e consequentemente a família.

A palavra de Deus nos ensina que devemos coabitar com as nossas esposas com entendimento (I Pe 3,7), jamais trate a sua esposa como: lavadeiras, cozinheiras, passadeiras, objetos de prazer sexual, e nem a mãe dos seus filhos, pois o nosso tratamento reflete na formação dos filhos. (se queremos o melhor para eles devemos ser exemplo. Os filhos devem ser criados de forma consciente, visando o bem estar deles, o ensino é fundamental, tanto na educação em casa quanto a cristã, por isso os pais não devem discutir na presença dos filhos e nem provocar ira neles). Não culpe ou critique a pessoa que você ama, ao invés disso, restaure... Anime.... Edifique (Rm 14:13; Gl 6:1; I Ts 5:11).

Como pastor eu presenciei vários episódios, mas dois foram constrangedores, perguntaram a um homem que estava ao lado da sua esposa, essa é a sua esposa? Ele respondeu: não, é a mãe dos meus filhos. Outra ocasião eu ouvi um marido dizer em uma conversa sobre o seu casamento, disse ele: eu casei com a minha esposa por falta de opção, foi um momento muito constrangedor para aquela mulher ao lado do seu marido. Que grosseria não é?

II. Os problemas
Já falamos que há diversos problemas que contribuem para um mau relacionamento entre os casais, muitos deles são adquiridos na correria do cotidiano, hoje há um mau que atinge uma boa parte da humanidade o chamamos de estresse “o mau do século”, sintomas depressivos e transtornos do humor, eles afetam diretamente o relacionamento das pessoas, uma pessoa extremamente estressada e mal humorada não ouve e nem fala bem, ela torna-se uma pessoa insuportável. Conviver com pessoas assim pode ser extremamente sofrível, principalmente quando tem filhos menores que se aterrorizam diante das explosões. Fora das crises a pessoa recobra o seu controle, mas frequentemente tenta justificar suas ações por qualquer coisa lhe “tira do sério”. São aquelas pessoas que se dizem “calmas, mas não mexam comigo”. Além do mau-humor, as pessoas depressivas magoam-se com mais facilidade, tendo em vista a sua autoestima rebaixada, elas se tornam inseguras e com tendência ao ciúme, e a sensação que tem é de não serem amadas, entretanto algumas pessoas com depressão atípica “anormal” costumam estar constantemente de mal com a vida, essas pessoas se tornam intolerantes e difíceis.

III. Desenvolvimentos tecnológicos
Atualmente com o desenvolvimento tecnológico, muitas pessoas não sabem ainda conviver com esse avanço, vamos destacar “as redes sociais”, muitos casais estão deixando de lado os momentos íntimos entre eles para estarem no celular e nos computadores durante as madrugadas, isso tem gerado muitas crises no casamento, muitos pastores estão ouvindo reclamações de ambas às partes, em algumas ocasiões os casos evoluem tanto que se tornam impossíveis reverter o quadro, com essas atitudes defraudam uns aos outros, isso é perigoso e pode até levar a infidelidade conjugal, dependendo do tipo de relacionamento nas redes sociais.

Fidelidade sexual – Implica no cumprimento básico de que o cônjuge deve suprir as necessidades sexuais do seu parceiro ou parceiras. Necessidades não supridas têm sido as causas de muitas crises e até separação.

A vida conjugal pura e ética é aquela que está dentro dos padrões estabelecido por Deus (Hb 13.4), e a prática sexual deve ser realizada no tempo certo, na hora certa e com a pessoa certa. Na intimidade do seu casamento, e na privacidade do seu quarto, o homem e a mulher aprendem gradualmente o significado do casamento tornando-se os dois numa só carne. E nesse processo de aprendizado eles vão aperfeiçoando seu relacionamento descobrindo como ajudar no prazer sexual um do outro. A manifestação física do próprio organismo “orgasmo” não é vergonhosa e nem antiético, antiético é o marido ficar devendo a mulher o prazer no ato da relação sexual, no entanto o marido deve estar preocupado com a satisfação e prazer da sua esposa. O marido deve estar ciente que a sua esposa considera o ato sexual como parte de um relacionamento total com ela, o marido não pode somente pensar em si. Há muitos casais que se sentem proprietário um dos outros, por isso eles não se sentem na posição de conquistadores. O que você tem feito ao longo da sua vida conjugal para conquistar sua mulher ou seu marido? Será que a sua forma de conquistar tem tido êxito?

IV. O desempenho no relacionamento sexual
O desempenho de uma relação sexual depende muito do preparo psicológico e do estado emocional, preparar-se é imprescindível porque você irá satisfazer a pessoa mais importante da sua vida, bem como fisicamente. O prelúdio é importante ele é o responsável pelo sucesso do ato. Não podemos esquecer que o maior bem a ser compartilhado é o amor e nada deve por em risco o desempenho desse ato.

V. 10 causas que podem comprometer o ato sexual
(1) Uma palavra desagradável de um dos cônjuges; (2) A recordação de algo ruim do passado de um dos cônjuges, estes e outros são motivos de bloqueio durante o ato; (3) evitar qualquer ação grosseira nessa hora; (4) O Silencio no ato da relação sexual; (5) A não correspondência de caricias; (6) O choro de uma criança que requer cuidado; (7) Uma chamada telefônica de alguém; (8) Uma pessoa batendo na sua porta; (9) Um cão latindo próximo a janela do seu quarto; (10) Um ambiente desfavorável.

VI. Compreender as dificuldades um do outro
Além das dificuldades já mencionadas ainda existem outras que devem ser compartilhadas, os problemas físicos como: Falta de apetite sexual, pode ser uma (disfunção hormonal, próstata); Falta de lubrificação – (dificuldade na excitação, reposição hormonal); Dificuldade no relaxamento sexual – presença do orgasmo; Recomenda-se depois do ato sexual haja comentário, beijos, caricias, para que o seu parceiro ou parceira sinta-se valorizado. O casamento silenciosamente amargurado e invasivo, sem sexo, pode ter dois caminhos: Continuar sem gosto, sem sal, sem sexo, sem afeto ou uma separação amigável.

O casamento foi instituído por Deus é uma sociedade entre duas pessoas de sexo diferentes (Mc 10:7,9), onde o primeiro bem a ser compartilhado é o amor, portanto deve-se evitar qualquer tipo de ações que venham comprometer a união. Devemos realizar todos os esforços para manter um bom relacionamento, além de buscar a ter um bom desempenho conjugal compreendendo as dificuldades entre si. Vale apena reunir todos os esforços para manter o seu casamento, porque não há nada que compense a destruição dele. Aconselho aos casais terem muito diálogo antes de tomar qualquer atitude precipitada, sobretudo buscar a direção de Deus e a graça para vencer, sem deixar de pensar no melhor para a sua família.


Entre os cônjuges o maior bem a ser compartilhado é o AMOR.

Pr. Elis Clementino


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