ESBOÇO 983 A LIBERALIDADE EM PERDOAR



ESBOÇO 983
TEMA: A LIBERALIDADE EM PERDOAR    
 TEXTO: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira.” EFÉSIOS 4:26

                Perdoar é uma das coisas mais difíceis do indivíduo por em prática, principalmente aqueles que de alguma maneira tenha o seu sentimento magoado por alguma razão, e isso tenha gerado alguma raiz de amargura no seu coração. Geralmente as pessoas excessivamente sentimentais sentem mais dificuldades em liberar o perdão, e por conta disso muitas pessoas sofrem angústia na alma e indisposição, embora o mesmo não aconteça com outras pessoas, porque elas não guardam mágoas e facilmente perdoam, e dessa forma elas terão menos possibilidade de adoecerem, porque ligeiramente se desfaz do seu coração aquele sentimento deixado pela mágoa, o ódio ou rancor. Portanto três coisas são importantes; aprender o valor do ato de perdoar, não revidar, ou seja, atirar pedras sobre pedras e liberar perdão.

A generosidade é um dos princípios fundamentais que leva o indivíduo a se doar e sofre em função dos outros, mas isso não é fácil porque exige sacrifício por parte do indivíduo, ele terá que abrir mão de algo que ele está muito apegado, o seu Ego. Por essa razão existem pessoas que tem dificuldade de liberar algo de si para outros, principalmente quando se trata de um perdão, essas pessoas precisam ser ensinadas e trabalhadas para que o ato de perdoar não se torne tão sofrível no seu cotidiano. Algumas vezes o indivíduo sofre e se desgasta por ser generoso para com as outras pessoas. O apóstolo Paulo vivenciou isso e praticou “embora seja menos amado, mas me gastarei e me deixarei gastar por vocês” (2 Co 12:15), amar sem ser amado inclui a generosidade e a capacidade de perdoar, o verdadeiro amor é incondicional (I Co 13:3-7). Quam ama não impôe condições para amar.

A intuição humana é revidar ou atirar de volta, até em maiores proporções às pedras que lhes são arremessadas, pois esse é um sentimento rancoroso, mas é preciso lembrar que Jesus ensinou a agir de maneira diferente para com aqueles que muitas vezes nos machucam e até nos fazem chorar “amai aos vossos inimigos” (Mt 5:43-48), perdoai-lhes, não importar qual seja, e nem o tamanho das feridas causadas pelas pedras. “Quando o ultrajavam, não revidar com ultraje; quando maltratados, não fazia ameaças, mas entregava-se a aquele que julga retamente.” (I Pe 2:23). Nenhum sentimento de gloria haja no teu coração quando o teu inimigo vir a cair (Pv 24:17). Existem pessoas que sentem prazer em ver aqueles que lhe magoaram sofrerem, mas esse não é um sentimento cristão, e sim diabólico, porque é um sentimento de vingança.

O ato de perdoar é um mandamento divino, muitas vezes sentimos dificuldade em remover uma pedra que fora arremessada por alguém que tanto fizemos por ela, mas nada justifica não perdoar. Jesus foi interrogado pelos seus discípulos sobre quantas vezes eles deviam perdoar, porém já foram limitados a um dos princípios bem conhecido entre eles “até sete vezes?”, todavia Jesus respondeu: Não somente sete, mas setenta vezes sete (Mt 18:21-22).

É impossível promover paz sem perdão “Se possível tendes paz com todos.” (Rm 12:18), mas para isso tanto o ofensor quanto o ofendido deve abrir mão da sua personalidade forte, do seu Eu, e se perdoarem. Quando perdoamos alguém reconstruímos ponte sobre o abismo que nos separavam, geralmente o ofendido é mais difícil de ser conquistado, porém, não é impossível, “É mais fácil conquistar uma cidade forte do que um irmão ofendido” (Pv 18:19). Se ofendesse teu irmão vai a ele e reconcilia-te com ele enquanto vocês estão no caminho. Jesus falou sobre duas coisas importantes o PERDÃO e a DISCIPLINA (Mt 5:23-26; 18:15-16).

                Devemos pedir a Deus sabedoria para entrar e sair, aqui fala de convivência no relacionamento, isso foi o que Salomão pediu a Deus em sua oração (2 Cr 1:10). O bom senso é capaz de reverter ou reconquistar amizades rompidas, somente o bom senso pode conduzir o indivíduo a reconhecer seus próprios erros e facilitar o pedido de perdão, com o perdão os incômodos da pessoa ofendida desaparecem. Não devemos atirar pedras sobre pedras, dessa maneira aumentamos o número de inimigos, porque as pedras que remetemos sobre alguém que nos incomoda podem atingir outras pessoas que não tenha nada a ver, as pedras arremessadas são como balas perdidas que acertam pessoas inocentes. Libere perdão não importa quantas vezes, simplesmente perdoe! Perdoe! E perdoe. “...Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós” (Cl 3:13). A ninguém devais, a não ser o amor” (Rm 13:8).

Pr. Elis Clementino

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